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Cientistas descobrem superbactéria brasileira, conheça as cinco principais



Cientistas brasileiros e americanos encontraram no Brasil uma nova superbactéria do tipo VRSA (Vancomycin Resistent Staphylococcus aureus). Além de ser multirresistente a antibióticos, o que é inédito nessa variante é seu material genético, herdado de bactérias encontradas fora de hospitais. A descoberta foi publicada na última semana em um artigo no periódico The New England Journal of Medicine.Batizada de BR-VRSA (Vancomycin Resistent Saphylococcus aureus), a bactéria foi encontrada na corrente sanguínea de um paciente de 35 anos internado em agosto de 2012 no Hospital das Clínicas de São Paulo. O homem sofria de um tipo de câncer de pele e, pouco tempo depois, foi infectado pela Staphylococcus. Os médicos do hospital perceberam que ele tinha a versão resistente da bactéria, chamada MRSA (Methicillin Resistant Staphylococcus aureus). Ao usarem o tratamento mais comum para essa bactéria, um antibiótico chamado vancomicina, o paciente não respondeu. Foi quando os cientistas perceberam que ele estava infectado com um tipo ainda mais resistente da bactéria, a VRSA. Tratado a tempo com medicamentos alternativos, a infecção foi vencida. Quatro meses depois, o paciente morreu por outras causas.
Ao analisar o material genético da bactéria, os cientistas viram que estavam diante de uma nova variante da VRSA, um micro-organismo raro, descrito pela primeira vez nos Estados Unidos em 2002. Até então, os 13 micro-organismos desse tipo detectados em todo o mundo vinham de infecções de pele, a doença mais comum causada pela bactéria, e seu material genético era herdado de micro-organismos hospitalares. A BR-VRSA, por sua vez, foi encontrada em uma infecção da corrente sanguínea e seu DNA está relacionado a micróbios encontrados fora de hospitais."Isso ainda não tinha sido visto em nenhuma parte do mundo. Uma das possibilidades para o surgimento dessa variação é que ela tenha adquirido o gene de resistência de uma bactéria chamada Enterococcus, que está se tornando comum nos pacientes hospitalizados no Brasil", diz Flávia Rossi, uma das autoras do estudo.
Mais estudos — Para descrever a nova bactéria, os pesquisadores brasileiros buscaram universidades americanas que possuem pesquisas relacionadas à MRSA na América Latina. Além da Universidade de São Paulo, o estudo envolve cientistas da Universidade do Texas e da Universidade Columbia, nos Estados Unidos. Em conjunto, os cientistas pretendem entender como a nova bactéria apareceu em São Paulo. O micro-organismo provavelmente não viajou no corpo do paciente, como aconteceu com a NDM-1, mas se desenvolveu aqui, agregando diferentes tipos de resistência de outros micro-organismos.
Os pesquisadores indicam no artigo que o aparecimento da nova superbactéria mostra que a resistência microbiana no país é uma questão de saúde pública. Em todo o mundo, os piores tipos de resistência surgiram em bactérias associadas ao ambiente hospitalar. "É um alerta. Essa nova resistência deve gerar estudos de vigilância microbiológica para que possamos monitorar novos casos e ter informações sobre eles", afirma Flávia.
No Brasil, ao contrário de outros países, não há um laboratório para centralizar ações epidemiológicas, a exemplo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC, na sigla em inglês). Isso faz com que ainda não haja informações nacionais sobre o número de infecções por bactérias resistentes ou o desenvolvimento dos casos existentes.
"Esse é um tipo muito raro de bactéria, pouco comum em todo o mundo. Como ela foi descrita há alguns anos, há opções para o seu tratamento", explica a infectologista Ana Cristina Gales, pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e uma das autoridades no país no estudo de resistência bacteriana. "No entanto, é importantíssimo conhecer essas novas variantes e saber como elas funcionam."
Causas — Entre os fatores que podem ter levado ao surgimento da nova bactéria está o uso abusivo de antibióticos no país — muitas vezes esse medicamento é receitado para doenças causadas por vírus. Isso faz com que, pouco a pouco, bactérias mais resistentes sejam selecionadas pelos remédios e seu tratamento se torne mais difícil. Além disso, ainda há falta de conhecimento do mecanismo de resistência bacteriana por médicos e pela população e a pouca infraestrutura de laboratórios hospitalares.
"Precisamos que os laboratórios estejam sempre equipados e contem com pessoas competentes, a todo o momento, para realizar a análise das bactérias encontradas na população. Só assim poderemos agir a tempo e evitar a morte dos pacientes", afirma Flávia.
Conheça as cinco principais superbactérias

MRSA (Methicillin Resistant Staphylococcus aureus)

Encontrada na pele e responsável principalmente por infecções de pele, a bactéria Staphylococcus aureus foi a primeira a apresentar resistência à penicilina, nos anos 1950. Hoje, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC, sigla em inglês) estima três quartos da sua versão MRSA seja ultrarresistente e não responda a vários tipos de antibióticos.

Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC)

Klebsiella pneumoniae está presente nos intestinos e pode causar pneumonia e infecção do trato urinário. Sua versão mais resistente a antibióticos, a KPC, causa sintomas como febre, prostração, tosse e dores no corpo. No Brasil, ela costuma causar surtos desde 2010, quando 18 pessoas morreram em Brasília e no Paraná. Em 2013, seis dos onze pacientes com KPC no Hospital Celso Pierro, em Campinas, morreram. Em março deste ano, pelo menos sete pessoas que passaram pela Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, na cidade de Americana, em São Paulo, foram infectados pela bactéria.

Escherichia coli

Assim como a Klebsiella pneumoniae, a Escherichia coli é comum nos intestinos humanos. É uma das maiores causadora de infecções urinárias e as primeiras evidências da sua resistência foram identificadas nos anos 1970. Estudos brasileiros mostram que até 25% das Escherichia são resistentes ao grupo de antibióticos chamado quinolonas, o principal remédio receitado para a doença.

Multi Drug Resistant Tuberculosis (MDR-TB)

Essa é a variável da Mycobacterium tuberculosis resistente a mais de um antibiótico. Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado em 20 de março estima que até o próximo ano, 2 milhões de pessoas podem ser infectadas por essa versão multirresistente. Existe ainda uma forma menos intratável que a MDR-TB: a Extensively Drug Resistant (XDR-TB), que responde a ainda menos antibióticos e já foi encontrada em 92 países – nos Estados Unidos foram encontrados 63 casos entre 1993 e 2011, de acordo com o Sistema Nacional de Vigilância de Tuberculose (NTSS, na sigla em inglês).

New Delhi Metallobetalactamase (NDM-1)

O NDM-1 é uma enzima que foi identificada nas bactérias Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Vinda da Índia, foi descoberta em 2009 e se espalhou para a Europa, Austrália, Estados Unidos e América Latina. No ano passado, cinco pacientes do Rio Grande do Sul foram infectados por essa versão, que torna as bactérias resistentes a vários antibióticos, inclusive a classe dos carbapenemas, que trata infecções causadas por micro-organismos resistentes.

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