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Copa 2014: As ameaças ao hexa, as seleções que assustam o Brasil

AS ARMAS DE CADA EQUIPE 1. Luiz Gustavo marca o mexicano Giovani dos Santos. Ele é a arma defensiva brasileira 2. Messi comemora seu golaço contra  a Bósnia. O craque acordou 3. Balotelli no jogo contra a Inglaterra. Ele fez um gol e quer mais 4. Khedira  (Foto: Marcelo del Pozo / Reuters, Victor R. Caivano/AP, Fabrizio Bensch / Reuters  e Ben Stansall/AFP)
Foi um começo de gala para o principal torneio de futebol do planeta. Média de gols alta, craques em ascensão, seleções brilhando, torcidas do mundo todo enchendo os estádios. A cada jogo que passa, a Copa do Mundo do Brasil prova que pode se tornar o melhor Mundial da história. Os números ajudam a comprovar a expectativa. Fazia tempo que uma Copa do Mundo não começava com tantos gols. Muito tempo. Desde 1958, a média de um Mundial não superava a marca de três gols por jogo. Considerado o período em que a Copa do Mundo passou a contar com 32 seleções divididas em oito grupos, em 1998, isso nunca acontecera (leia mais no quadro abaixo). Em 2014, a primeira rodada trouxe nada menos que 49 gols – em 2010, foram apenas 25.
O gol é o detalhe mais importante do futebol, mas não apenas ele faz desta Copa a melhor em décadas. As partidas têm sido emocionantes, e as viradas corriqueiras. Foram seis na primeira rodada – um recorde histórico em Copas. Brasil, Holanda, Costa do Marfim, Suíça, Costa Rica e Bélgica saíram atrás no marcador para vencer no apito final. Nos últimos quatro Mundiais, isso acontecera apenas uma vez na primeira rodada. A alta frequência de viradas é resultado de seleções jogando de maneira ofensiva. Os gols saíram mais rapidamente: dos primeiros 60 gols da Copa, 15 vieram em 30 minutos. Resultado: os adversários buscam a virada até o fim – e 25 gols saíram na meia hora final do jogo.
Um começo inesquecível (Foto: reprodução)


Um começo inesquecível (Foto: reprodução)

A qualidade do futebol até agora apresentado nesta Copa é um motivo real de preocupação para a Seleção Brasileira. Para sermos campeões, precisaremos passar por adversários que têm jogado bem melhor que o Brasil – sobretudo o Brasil hesitante que empatou em zero a zero com México na última terça-feira, em Fortaleza. Nenhuma lista de favoritos à taça poderia excluir os donos da casa, ainda mais quando são os únicos pentacampeões mundiais. Mas outras quatro seleções despontam como ameaças ao sonho do Hexa: Holanda, Alemanha, Itália e – naturalmente –Argentina.
O melhor exemplo do futebol ofensivo na Copa vem da Holanda de Arjen Robben e Robin van Persie. Os oito gols marcados em dois jogos, cinco contra a atual campeã Espanha e trêscontra a Austrália, foram mais do que se esperava de uma equipe que, apesar de tradicional, chegou pouco badalada ao Brasil. O técnico Louis van Gaal armou o time no contra-ataque. O objetivo era atrair o adversário e dar liberdade para seu ataque. O meia Sneijder e os rápidos Robben e Van Persie ficaram livres e não precisaram se preocupar tanto com a marcação. Deu certo. Seis dos oito gols saíram dos pés da dupla de ataque. Aprendiz de Rinus Michels, o treinador da revolucionária seleção holandesa dos anos 1970, apelidada de Laranja Mecânica, Van Gaal é um apaixonado pelo futebol ofensivo – mesmo que, no papel, seu esquema pareça defensivo.
SUPERCRAQUE O holandês Van Persie comemora seu gol contra a Austrália. Muitas das estrelas da Copa do Mundo já provaram seu valor em campo (Foto: Martin Meissner/AP)

O rol de favoritos ao título que arrasaram na primeira rodada inclui a Alemanha. Considerada favorita por dez entre dez analistas esportivos antes da Copa, a seleção alemã mostrou que havia mesmo motivo para tanto otimismo. No indiscutível 4 a 0 contra Portugal de Cristiano Ronaldo, os alemães fizeram tudo o que vinham fazendo nos últimos meses. Jogaram um futebol simples, baseado em troca de passes rápidos e objetivos. Não se veem lances de efeito em campo. A defesa é firme e desarma com facilidade. Os dois ótimos volantes, Khedira e Lahm, dão excelente saída de bola para a equipe. Uma linha formada por Özil, Götze e Kroos garante que a bola chegue com frequência a Müller, um falso centroavante que fez três gols logo na estreia. A equipe ainda se dá ao luxo de ter no banco jogadores como Schweinsteiger, Podolski e Klose, que só precisa de mais um gol para igualar Ronaldo como o maior artilheiro da história das Copas. 
A sempre perigosa Itália, do técnico Cesare Prandelli, superou uma rápida e jovem Inglaterra no temido calor de Manaus. Famosa por seu excessivo zelo defensivo, a Azurra venceu os ingleses por 2 a 1. A filosofia de Prandelli destoa do histórico da Itália. Em vez de jogar no contra-ataque, a equipe prefere manter a posse de bola e trocar passes. A Itália foi a seleção com o melhor índice de acerto de passes na primeira rodada e a terceira seleção a mais trocar passes na Copa. Uma escolha filosófica que já valeu um apelido: Tiki-Itália, referência ao ameaçado tiki-taka da Espanha campeã do mundo e eliminada da Copa. As trocas de passes dão vazão às três principais opções ofensivas da Itália: as chegadas à linha de fundo de Candreva, pela direita, à procura do centroavante Balotelli, as infiltrações de Marchisio e a bola parada do veterano Pirlo.
A Argentina, como sempre, também impõe medo. Não estreou bem contra a Bósnia-Herzegóvina, mas conta com um ataque de fazer tremer qualquer defesa. Di Maria, Messi e Agüero são as peças principais do esquema tático do técnico Alejandro Sabella. Na estreia,  com a entrada do atacante Higuaín no lugar de Maxi Rodriguez, o esquema passou a beneficiar Lionel Messi, que se sente melhor jogando pelo meio. O ponto fraco do time é a defesa.
Diante de seleções jogando tão bem, com tamanho potencial ofensivo, o Brasil terá de jogar muito mais do que jogou nos dois jogos da primeira fase para ser campeã (entenda como o Brasil pode parar as favoritas no quadro abaixo). Em sua segunda partida na Copa, o Brasil enfrentou um adversário que tem complicado a vida da Seleção nos últimos anos e, dessa vez, surpreendeu de novo. Com uma defesa bem postada, o México trouxe dificuldades para nosso ataque. O meio-campo brasileiro não funcionou como na Copa das Confederações, principalmente devido à queda de rendimento de Paulinho. A criação ficou dependente da inspiração de Neymar e Oscar. A Seleção exigiu milagres do goleiro mexicano, Ochoa.
 
Alemanha e Argentina (Foto: Reprodução)

Holanda e Itália (Foto: Reprodução)
Desde os anos 1990, a Copa sofre as consequências da crescente internacionalização do futebol e do inchaço do calendário esportivo. Os principais craques mundiais se tornaram estrelas e têm de jogar cada vez mais por seus clubes. Chegam ao torneio mundial esgotados, após temporadas extenuantes. À beira de arrebentar fisicamente, jogam mal ou são poupados. Com craques baleados e sem tempo de treinar e aprimorar jogadas, as seleções ficam enfraquecidas. Isso costuma resultar numa queda brutal na qualidade técnica – os “joguinhos chatos”. Muitos acreditavam que a Copa do Brasil seguiria roteiro similar. Craques como Franck Ribery, da França, ou Falcão Garcia, da Colômbia, foram cortados às vésperas do torneio. Outros, ainda mais importantes, como Cristiano Ronaldo, de Portugal, e Bastian Schweinsteiger, da Alemanha, chegaram em recuperação de contusões. Ao contrário dos prognósticos, os “joguinhos chatos” não vieram. As seleções têm jogado para a frente, e os craques têm feito diferença. “É surpreendente a velocidade, a qualidade técnica e a vontade de jogar das equipes nesta Copa”, afirma o ex-jogador e comentarista Paulo Roberto Falcão. “As equipes estão saindo para o jogo, em busca de gols.” O índice de passes certos aumentou quase 15% em relação a torneios anteriores. Mais que isso, os passes ficaram mais incisivos: em 2010, as seleções davam 2,9 passes para fazer um gol; em 2014, dão 2,6. Isso mostra que as equipes chegam ao ataque mais rápido. O número de cruzamentos e de bolas longas caiu. Elas chegam ao gol adversário com passes mais eficazes e pressionam o time adversário no campo de ataque. Tem funcionado: 75% dos gols aconteceram dentro da grande área.
A tendência no futebol mundial é ter defensores que saibam sair jogando, rechear o meio de campo de jogadores com qualidade técnica e chegar ao gol mais rápido – sem correr o risco de perder a bola com lançamentos longos ou cruzamentos. É a valorização da posse de bola, aliada à incisividade no ataque. O ranking dos 100 melhores jogadores do mundo da revista britânica FourFourTwo comprova. Em 2007, dez dos 30 melhores da lista eram defensores. Agora, há quatro – e o melhor deles, Philipp Lahm, passa a maior parte de seu tempo no meio-campo. A Copa brasileira mostra que o mundo vive uma era de ouro para o ataque. Táticas mais ofensivas, filosofia de jogo mais ofensiva e as superestrelas do futebol que mais nos assustam nesta Copa: Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Andrea Pirlo, Luis Suárez, Thomas Müller, Robben e Van Persie.

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ELAS

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