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Montadoras, deterioração do mercado faz empresas repensarem decisões de negócios





 A partir da esq.: Vilmar Fistarol (CNH Industrial), Roberto Akyiama (Honda), Miguel Fonseca (Toyota) e Helder Boavida (BMW) (Foto: Ruy Hizatugu)

A deterioração do ambiente econômico está obrigando as montadoras a repensarem suas estratégias e manter a cautela nas operações a fim de se adequarem a esta nova realidade do mercado nacional, cuja demanda segue em queda livre. Neste contexto, os desafios enfrentados por BMW, Honda, Toyota e CNH Industrial foram tema do último painel no VII Fórum da Indústria Automobilística realizado na segunda-feira, 28, por Automotive Business no Golden Hall WTC em São Paulo.

O conservadorismo e o cuidado imperam nas empresas de origem japonesa. No caso da Toyota, a companhia decidiu postergar o início da produção do Corolla na unidade de Sorocaba (SP) onde é feita a família Etios. Em dezembro de 2015, a montadora anunciou investimento de R$ 30 milhões para aumentar sua capacidade e receber o Corolla (leia aqui), que atualmente é produzido apenas em Indaiatuba, também no interior paulista.

“Havíamos identificado uma demanda maior que a oferta para o Corolla o que nos levou a decidir pela sua produção também em Sorocaba, que é uma fábrica bastante flexível, mas ainda está em stand by”, afirma Miguel Fonseca, vice-presidente executivo da Toyota.

Também em modo de espera está a nova fábrica de motores da companhia localizada em Porto Feliz (SP) para a qual a empresa destinou R$ 1 bilhão. Segundo Fonseca, a nova unidade é legitimamente uma filha do Inovar-Auto e a intenção da empresa é torna-la uma base exportadora uma vez que a unidade possui tecnologias únicas de manufatura. No entanto, se mantém cautelosa quanto ao prazo dado anteriormente, de que abriria suas portas ainda neste primeiro semestre.

Além disso, a Toyota desistiu por ora da produção do Prius no Brasil: “Houve a intenção, discutimos o tema, mas pelas circunstâncias atuais não houve construção ou finalização do projeto”.

Por sua vez, o vice-presidente da Honda Automóveis, Roberto Akyiama, explica a decisão que deixou o mercado perplexo em outubro de 2015 ao anunciar o adiamento da inauguração da nova fábrica em Itirapina (SP), cuja capacidade é de 120 mil unidades por ano em dois turnos (leia aqui).

“Se o mercado não está apto para absorver a produção [de Itirapina] por que vou produzir? Foi uma decisão extremamente difícil”, afirmou Akyiama.

O executivo acrescentou que ao produzir acima do volume que o mercado aceita alguém paga a conta. “Embora não tenhamos inaugurado, a fábrica de Itirapina não saiu do seu cronograma e segue com testes de maquinário. Ela está devidamente pronta e preparada para quando o mercado estiver mais estável e não apenas com alguma reação mais pontual”, acentuou. “Como Sumaré tem a mesma capacidade, nós preferimos fazer hora extra lá do que iniciar as operações em Itirapina.”

Por outro lado, afirma que a empresa está reavaliando as alternativas para aumentar sua competitividade na América do Sul a fim de elevar as exportações impulsionadas pelo efeito do câmbio. Ele adianta que o novo Civic que chega no segundo semestre virá com a nova caixa de câmbio CVT, projeto que faz parte do plano de aumentar de 70% para 80% o índice de nacionalização da empresa no Brasil. “Há dois anos investimos em P&D para elevar nossos índices, mas por enquanto não faz parte produzir o CVT aqui”, alerta.

Passada a euforia de sua entrada no segmento de SUV a partir do lançamento do HR-V, a Honda passou a sentir os efeitos do mercado contraído. “A situação do primeiro trimestre já é bastante diferente do que vimos em 2015. O diálogo muito próximo com a rede tem sido fundamental para readequar e reduzir os volumes de acordo com a demanda real.”

Akyiama reforça que com uma capacidade maior que a demanda, a indústria deve repensar o modelo de negócio a partir de uma reflexão profunda, e isso inclui a rede de concessionários. “Já estão em curso alternativas como os negócios de usados e pós-venda na composição da rentabilidade, porque será muito difícil manter os níveis de ganhos dos últimos 10 anos com a venda de novos, que está cada vez mais difícil.”

Em sua participação durante o painel, o presidente da BMW no Brasil, Helder Boavida, prevê 3 anos ainda duros pela frente. “O desafio é encontrar a forma de enfrentar este período. Como um todo, o Brasil ainda é muito focado no mercado interno”, ponderou. 

Ele lembra que embora a unidade de Araquari (SC) tenha sido projetada para baixos volumes e ainda dependente de muita importação, ainda é vantagem produzir aqui mesmo com o câmbio desfavorável. Acrescenta que foi o Inovar-Auto que trouxe a fábrica da BMW para o País e que mantém a expectativa de um novo modelo do programa a partir de sua renovação pós-2017. 

“Pensando a longo prazo, a BMW acredita no potencial do mercado brasileiro. Apesar da queda do mercado na ordem de 14%, conseguimos manter o market share. Ainda neste ano deveremos incluir mais um produto em Araquari, o sexto modelo em linha”, revelou. Atualmente a unidade fabrica os BMW Série 1, Série 3, X3, X1 e o Mini Countryman. 

BENS DE CAPITAL

Para o presidente da CNH Industrial, Vilmar Fistarol, que também participou do debate, os desafios e dificuldades para o setor de bens de capital são os mesmos quando comparado com a indústria em geral. Embora sob a ótica da agroindústria a situação é um pouco melhor, sendo ela responsável por 25% do PIB, a velocidade de reação é mais lenta e o setor já se deu conta de que não pode esperar ajuda do governo. 

“Temos uma nova expectativa de safra recorde, mas o setor continua patinando. O que falta? Confiança. Se conseguir separar um pouco a economia e a política, acredito que teremos números mais interessantes para a agroindústria. É um setor que carece de empurrão para continuar investindo”, afirmou. 

Fistarol alerta que só mecanizar não atende toda a necessidade do setor e que o foco se volta agora para a produtividade. “Ser mais produtivo é necessário tanto para o grande quanto para o médio e pequeno produtor. As janelas de intervalos entre plantio e safras são cada vez menores. Só tem um caminho, ser mais produtivo”. 

Para isto, o executivo aponta que no geral para trazer tecnologia para o País precisa de algum incentivo. “Acredito que o Inovar-Auto foi sim um programa acertado, porque por algum lugar se deve começar, mas existem maneiras de fazer diferente e distribuir melhor o resultado. O desafio é elencar quais elos necessitam mais e permitir não só a importação, mas dar condições de se produzir mais por aqui. Localizar continua interessante e exportar é importante, mas a volatilidade é muito grande. Isso impacta na qualidade e na logística”, defendeu. 

Ele declara que a experiência do Grupo CNH tem sido muito positiva na América do Sul desde a mudança de estrutura da companhia que mantém sob sua alçada os diferentes segmentos da indústria de bens de capital, como caminhões (Iveco), máquinas agrícolas e de construção (Case e New Holland), motores diesel e transmissões (FPT). 

“É um trabalho conjunto apesar de estruturas independentes que têm gerado sinergias importantes. Não é fácil, mas nestes 2,5 anos de reestruturação, uma aprende com a outra apesar de concorrentes entre si [caso da Case e New Holland] e com as melhores práticas.”



fonte:http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23695/montadoras-mantem-cautela-nas-operacoes

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