Cerca de 370 metalúrgicos da Eaton iniciaram nesta terça-feira (29) uma paralisação de 24 horas na unidade da empresa em São José dos Campos. Durante a assembleia, houve confusão entre sindicalistas e policiais militares na frente da fábrica.
O tumulto aconteceu durante a manhã na portaria da fábrica. Houve discussão e, em seguida, a polícia usou gás de pimenta para retirar os sindicalistas que bloqueavam a portaria. Um policial tentou tirar uma bandeira das mãos do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros, e um novo tumulto foi formado. Depois de imobilizado, o presidente do sindicato ainda ficou um pouco sentado no chão, mas foi liberado.
Ao todo, mais de dez viaturas foram deslocadas para a portaria da fábrica, além do helicóptero Águia, que sobrevoou o local. O Sindicato dos Metalúrgicos considerou que a polícia tentou impedir o direito de greve, e informou que vai oficializar a reclamação.
Por nota, a Polícia Militar informou que foi acionada por funcionários da empresa que alegaram terem sido agredidos por sindicalistas ao tentar entrar para trabalhar. No local, a PM afirmou que tentou negociar com o sindicato, que teria permanecido irredutível, e, por isso, decidiu fazer um cordão para garantir a entrada de funcionários que não queriam aderir à greve.
No cordão, a PM informou que os sindicalistas agrediram policiais e funcionários, o que causou a confusão. Três policiais, um segurança e dois funcionários da empresa se lesionaram durante o tumulto. Um boletim de ocorrência foi registrado no 3°DP.
No cordão, a PM informou que os sindicalistas agrediram policiais e funcionários, o que causou a confusão. Três policiais, um segurança e dois funcionários da empresa se lesionaram durante o tumulto. Um boletim de ocorrência foi registrado no 3°DP.
Campanha salarial
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação tem o objetivo de pressionar o grupo patronal do setor de autopeças a avançar nas negociações pela campanha salarial. Os metalúrgicos reivindicam 13,59% de reajuste, o que representa 3,38% de aumento real.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação tem o objetivo de pressionar o grupo patronal do setor de autopeças a avançar nas negociações pela campanha salarial. Os metalúrgicos reivindicam 13,59% de reajuste, o que representa 3,38% de aumento real.
Por nota, a Eaton informou que está trabalhando com o sindicato patronal (Sindipeças) para oferecer um reajuste salarial que seja favorável ao funcionário e à empresa. A Eaton informou ainda que o Sindipeças já apresentou propostas de aumento salarial ao sindicato e que irá cumprir os termos da lei.
A Eaton produz em São José dos Campos válvulas para veículos (mercado interno e externo) e possui 370 funcionários.
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