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Guerra declarada, arrastões RJ, lutadores dispostos a “quebrar os marginais”.









Mas só no Rio de Janeiro existe o arrastão de praia. Só na Cidade Maravilhosa um carioca, brasileiro ou estrangeiro é assaltado por uma turba violenta naquele momento em que se bronzeia na areia, brinca de baldinho com o filho, toma água de coco com amigos ou passeia no calçadão, extasiado com a vista do mar e das montanhas.
Nos metrôs de Paris, Londres e Barcelona, alto-falantes alertam para os pick-pockets nos trens e plataformas. São adolescentes, exímios ladrões de celulares e carteiras. Você só percebe o roubo tempos depois. Perdeu, otário. Você é turista e isso está escrito em sua testa. Os bandos de ladrões costumam ser de imigrantes, ou filhos e netos de imigrantes. Muitos árabes, negros ou mestiços. Têm benefícios do Estado social. Mas são pobres. Moram na periferia.
Quais as maiores diferenças? Na Europa, a maioria age com discrição e sem armas. No Rio, é o inverso: agem com ostentação e com canivetes, paus, pedras, porretes, armas de fogo. Uma turista inglesa, vítima dos arrastões no Rio 40 graus, disse aos prantos: “É o fim das minhas férias. Tinha fotos, filmes. Todas as nossas memórias foram roubadas. Eles bateram no meu irmão. Foi horrível. Nunca mais quero voltar”. Darling, meu celular com fotos e filmes já foi roubado em Londres. E continuo voltando. Mas eu compreendo você.
Porque o problema, no Rio, é a violência e a dimensão. Bateram no irmão da turista na frente dela. Aí é duro. É duro ver ao vivo, na praia, hordas de assaltantes, a maioria menores, perseguindo e espancando vítimas, como urubus atacando carniça, às gargalhadas, sem repressão. Você está desarmado duplamente, praticamente nu, de sunga ou biquíni, o espírito leve. Curte o lazer mais sagrado do Rio. E, de repente, é atacado. Protege os filhos com os braços. Não pode gritar ou reagir porque se arrisca a perder a vida.
A gurizada chega à praia tocando o terror, na linha de ônibus 474, apelidada de quatro-sete-crack. Não paga a passagem, pula a catraca, assalta pedestres nos pontos, constrange as moças, rouba de passageiros pobres como eles, fuma, vandaliza, debocha, grita, toca funk com apologia às drogas. Enfim. Eles zoam. Sem medo de nada. Estão protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e por juízes que impedem revistas policiais em ônibus ou detenção de suspeitos fora de flagrante.
O Rio é talvez a cidade brasileira que mais mistura pobres e ricos, negros e brancos, geograficamente. É uma cidade em que a cultura negra é historicamente valorizada. Tinha tudo para não ser tão dividida, se o poder público cumprisse seu papel. O fracasso retumbante e histórico de governadores e prefeitos em relação à urbanização das favelas e à educação dos carentes contribui para o ódio social que hoje toma as ruas.
O prefeito Eduardo Paes diz que o problema é policial e não social: “Não pode chamar jovem que sobe em teto de ônibus de vulnerável. É delinquente”. O secretário de Segurança José Mariano Beltrame diz que o problema é social e jurídico e não policial. Os juízes dizem que o problema não é deles, porque só se pode deter alguém em flagrante. Como o problema não é de ninguém, surgiram os justiceiros, lutadores dispostos a “quebrar os marginais”.
As redes sociais destilaram todo tipo de preconceito. Racista e social. Preconceito contra negros. Contra brancos. Contra favelados. E contra moradores de Copacabana e Ipanema. Quem rouba iPhone não passa de um injustiçado? Quem tem iPhone é “playboy” e merece ser roubado?
O bancário Jerônimo Oliveira veio de Rio das Ostras para visitar a família no Rio. Foi cercado, agredido e roubado no calçadão. “Senti puxarem meu cordão. Virei para trás e fui derrubado. Eram mais de dez em cima de mim, me batendo e enfiando as mãos nos meus bolsos.” É esse o principal espaço democrático do Rio?
Para evitar uma “tragédia maior” ou um “linchamento”, Beltrame anunciou que praia agora será tratada como “grande evento” na Segurança. Homens dos Batalhões de Choque circularão na orla em trajes de praia. Assistentes sociais acompanharão policiais nas revistas a ônibus. A PM montará duas grandes tendas nas areias e torres de observação. Terá apoio de comandos móveis, quadriciclos, câmeras em helicópteros.
Para repelir os justiceiros, um coletivo convocou um “farofaço” na Praia de Ipanema. Em vez de paus, pedras e facas, todos devem levar “frango, farofa, refrigerante, douradores de pelo corporal, isopores, piscina pro pagodão no fim da tarde, e um radinho pro pancadão!!!”. A propaganda diz: “O bagulho é curtir uma praia bolada em um domingão”.
Não sei qual é seu bagulho, mas desejo feliz domingão a todos.Há furtos, roubos e assaltos em todas as grandes cidades do mundo. Mas só no Rio de Janeiro existe o arrastão de praia. Só na Cidade Maravilhosa um carioca, brasileiro ou estrangeiro é assaltado por uma turba violenta naquele momento em que se bronzeia na areia, brinca de baldinho com o filho, toma água de coco com amigos ou passeia no calçadão, extasiado com a vista do mar e das montanhas.
Nos metrôs de Paris, Londres e Barcelona, alto-falantes alertam para os pick-pockets nos trens e plataformas. São adolescentes, exímios ladrões de celulares e carteiras. Você só percebe o roubo tempos depois. Perdeu, otário. Você é turista e isso está escrito em sua testa. Os bandos de ladrões costumam ser de imigrantes, ou filhos e netos de imigrantes. Muitos árabes, negros ou mestiços. Têm benefícios do Estado social. Mas são pobres. Moram na periferia.
Quais as maiores diferenças? Na Europa, a maioria age com discrição e sem armas. No Rio, é o inverso: agem com ostentação e com canivetes, paus, pedras, porretes, armas de fogo. Uma turista inglesa, vítima dos arrastões no Rio 40 graus, disse aos prantos: “É o fim das minhas férias. Tinha fotos, filmes. Todas as nossas memórias foram roubadas. Eles bateram no meu irmão. Foi horrível. Nunca mais quero voltar”. Darling, meu celular com fotos e filmes já foi roubado em Londres. E continuo voltando. Mas eu compreendo você.
Porque o problema, no Rio, é a violência e a dimensão. Bateram no irmão da turista na frente dela. Aí é duro. É duro ver ao vivo, na praia, hordas de assaltantes, a maioria menores, perseguindo e espancando vítimas, como urubus atacando carniça, às gargalhadas, sem repressão. Você está desarmado duplamente, praticamente nu, de sunga ou biquíni, o espírito leve. Curte o lazer mais sagrado do Rio. E, de repente, é atacado. Protege os filhos com os braços. Não pode gritar ou reagir porque se arrisca a perder a vida.
A gurizada chega à praia tocando o terror, na linha de ônibus 474, apelidada de quatro-sete-crack. Não paga a passagem, pula a catraca, assalta pedestres nos pontos, constrange as moças, rouba de passageiros pobres como eles, fuma, vandaliza, debocha, grita, toca funk com apologia às drogas. Enfim. Eles zoam. Sem medo de nada. Estão protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e por juízes que impedem revistas policiais em ônibus ou detenção de suspeitos fora de flagrante.
O Rio é talvez a cidade brasileira que mais mistura pobres e ricos, negros e brancos, geograficamente. É uma cidade em que a cultura negra é historicamente valorizada. Tinha tudo para não ser tão dividida, se o poder público cumprisse seu papel. O fracasso retumbante e histórico de governadores e prefeitos em relação à urbanização das favelas e à educação dos carentes contribui para o ódio social que hoje toma as ruas.
O prefeito Eduardo Paes diz que o problema é policial e não social: “Não pode chamar jovem que sobe em teto de ônibus de vulnerável. É delinquente”. O secretário de Segurança José Mariano Beltrame diz que o problema é social e jurídico e não policial. Os juízes dizem que o problema não é deles, porque só se pode deter alguém em flagrante. Como o problema não é de ninguém, surgiram os justiceiros, lutadores dispostos a “quebrar os marginais”.
As redes sociais destilaram todo tipo de preconceito. Racista e social. Preconceito contra negros. Contra brancos. Contra favelados. E contra moradores de Copacabana e Ipanema. Quem rouba iPhone não passa de um injustiçado? Quem tem iPhone é “playboy” e merece ser roubado?
O bancário Jerônimo Oliveira veio de Rio das Ostras para visitar a família no Rio. Foi cercado, agredido e roubado no calçadão. “Senti puxarem meu cordão. Virei para trás e fui derrubado. Eram mais de dez em cima de mim, me batendo e enfiando as mãos nos meus bolsos.” É esse o principal espaço democrático do Rio?
Para evitar uma “tragédia maior” ou um “linchamento”, Beltrame anunciou que praia agora será tratada como “grande evento” na Segurança. Homens dos Batalhões de Choque circularão na orla em trajes de praia. Assistentes sociais acompanharão policiais nas revistas a ônibus. A PM montará duas grandes tendas nas areias e torres de observação. Terá apoio de comandos móveis, quadriciclos, câmeras em helicópteros.
Para repelir os justiceiros, um coletivo convocou um “farofaço” na Praia de Ipanema. Em vez de paus, pedras e facas, todos devem levar “frango, farofa, refrigerante, douradores de pelo corporal, isopores, piscina pro pagodão no fim da tarde, e um radinho pro pancadão!!!”. A propaganda diz: “O bagulho é curtir uma praia bolada em um domingão”.
Não sei qual é seu bagulho, mas desejo feliz domingão a todos.

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