Pular para o conteúdo principal

Argentina, Macri atrai os melhores profissionais para seu governo

O presidente da Argentina, Maurício Macri, e seus ministros recrutados com a ajuda de um headhunter. Com eles, Macri promete um choque de gestão no governo argentino (Foto: ÉPOCA)
presidente da Argentina, Mauricio Macri, formou-se no setor privado. A partir dos 23 anos, dedicou-se a administrar as companhias do pai, Francisco Macri, um dos empresários mais ricos do país, dono de um conglomerado de empresas com atuação nos setores de automóveis, coleta de lixo, construção e correios. Em 1995, quatro anos após ter sido vítima de um sequestro, Macri largou as empresas do pai para assumir a presidência do Boca Juniors, o clube de futebol mais popular de Buenos Aires. Para a administração do Boca Juniors, Macri importou os mais modernos métodos de gestão empresarial. Deu certo. Em 12 anos, o Boca Juniors ganhou 17 títulos – inclusive dois Mundiais de Clubes. O sucesso futebolístico abriu-lhe as portas da política. Na prefeitura de Buenos Aires, ele imprimiu seu estilo executivo à administração pública. Deu certo novamente.  Agora na Casa Rosada, passou a agir como se fosse o CEO de um país inteiro que tenta livrar a máquina pública da pesada contaminação ideológica imposta por 12 anos de populismo kirchnerista.
Para montar o primeiro escalão de seu governo, Macri não deu prioridade às tratativas políticas – apesar de seu partido, o PRO, com pouco mais de dez anos de vida, ser minoritário noCongresso argentino, dominado pelos peronistas. Ele recorreu a um headhunter para selecionar seus ministros entre executivos de grandes empresas privadas. Muitos aceitaram o convite. Oministro da Economia, Alfonso Prat Gay, é ex-executivo do banco de investimentos JP Morgan. A ministra das Relações Exteriores, Susana Malcorra, dirigiu a IBM e a Telecom argentina. Isela Costantini, brasileira de pais argentinos, trocou o comando da General Motors na Argentina, Uruguai e Paraguai pela presidência da estatal Aerolíneas Argentinas. A mesma estratégia foi usada para nomear ministros nas áreas de Energia, Finanças, Produção e Transporte.Se o ministério de Macri parece um conselho de administração de uma multinacional focada em obter no balanço anual os melhores números, a administração de Dilma Rousseff, pelos mesmos critérios, faz esquálida figura no Brasil. “O Macri determinou suas prioridades e tem objetivos claros a cumprir”, diz Luis Felipe D’Ávila, diretor do Centro de Liderança Pública. “Essa visão não existe no governo Dilma. Ninguém sabe o que ela quer. Ela não tem plano de voo claro, e essa é a maior dificuldade para recrutar gente talentosa para o governo.” O deputado federal Celso Pansera chegou ao estratégico Ministério da Ciência e Tecnologia sem nehuma experiência na área. Seu currículo inclui a gestão do restaurante Barganha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Pansera tem o aval do PMDB do Rio de Janeiro, cujo apoio é fundamental para o Palácio do Planalto barrar o processo de impeachment de Dilma. Ao assumir o Ministério do Esporte, um ano e meio antes da realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o deputado federal George Hilton, de Minas Gerais, confessou candidamente “não entender profundamente de esporte”. Mas ele é pastor evangélico da Igreja Universal do Reino de Deus, que controla o PRB, partido com 20 deputados na Câmara dos Deputados.
Um governo recheado de bons quadros técnicos não significa isenção de polêmica – nem garantia de êxito. As escolhas de Macri, por ele ter relegado a segundo plano as negociações com os políticos, suscitaram controvérsia na Argentina. Um dos motivos é que a história é repleta de casos de fracassos governamentaispor excesso de tecnocracia e falta de oxigenação política. No passado, o senso comum dizia que cabia aos políticos decidir e aos técnicos administrar. Nas democracias modernas, a política não deve ser contraditória com a racionalidade técnica. O político deve se cercar dos melhores quadros técnicos para que suas políticas sejam bem fundamentadas e executadas – e os técnicos têm de saber lidar com as questões políticas e os conflitos de interesse. Achar o balanço da boa política amparada por excelentes quadros técnicos nem sempre é fácil de alcançar. Mas o Brasil já teve governos recentes que alcançaram esse equilíbrio, sem ceder a barganhas políticas ditadas pelo mais puro fisiologismo, e conseguiram atrair para o primeiro e segundo escalão grandes nomes do setor privado e da academia – uma prática comum nos governos dos Estados Unidos, sejam eles republicanos ou democratas (leia o quadro ao fim desta reportagem).  Em seu segundo mandato, Fernando Henrique Cardoso conseguiu tirar o economista Armínio Fraga de uma sociedade com o megainvestidor George Soros e atraí-lo para a presidência doBanco Central em meio à crise da desvalorização do real em 1999. Fraga deixou de receber ganhos milionários em Wall Street para erigir alguns pilares da política monetária que foram institucionalizados na atuação do Banco Central: a política de metas de inflação e a criação do Comitê de Política Monetária (Copom). Em 2002, o primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirou da Fundação Getulio Vargas (FGV) oeconomista Marcos Lisboa, um dos formuladores da Agenda Perdida, um documento com propostas de reformas na economia brasileira, para a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. No governo, Lisboa criou políticas que ajudaram a melhorar o ambiente de negócios, fomentaram o crédito e ajudaram a impulsionar o crescimento da economia brasileira nos primeiros anos do PT no poder.
O que explica um executivo do mercado financeiro ou um acadêmico renomado abandonarem carreiras bem-sucedidas para ir para o governo, que paga, nos escalões superiores, salários bem mais módicos que o setor privado? “Muitos vão porque sabem que depois terão algum benefício em sua carreira pessoal. É puro currículo”, diz o economista Nelson Marconi, professor da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, especialista em administração pública. “Isso não é um problema em si. O indicado pode se dedicar e fazer um bom trabalho. Mas, se ele vai pautado apenas por esses interesses, pode haver um problema sério.”  E aí chegamos ao cerne do problema da falta de bons quadros técnicos no governo Dilma.
Ninguém quer colocar no currículo que participou de um governo sem um plano de voo seguro. Os governos Macri, na Argentina, Fernando Henrique e o Lula do primeiro mandato, no Brasil, tinham esse ponto em comum: todos tinham um rumo. Macri, depois de 12 anos de políticas protecionistas e atrasadas promovidas pelo kirchnerismo, quer reinserir a Argentina na economia global. Fernando Henrique elegeu-se na esteira doPlano Real e tinha como meta controlar a inflação e estabilizar a economia brasileira. Lula, em seu primeiro mandato, queria manter a estabilidade da economia e ampliar o alcance das políticas sociais.
“O que me seduziu foi ter a chance de fazer política com base em uma agenda clara, em cima de um projeto de ideias. Não era uma política oportunista”, diz Marcos Lisboa, hoje presidente do Insper, escola de economia e negócios em São Paulo. “Construímos um projeto de política econômica e social ao longo de dois meses de discussão e o lançamos para a discussão da sociedade.” Lisboa teve a sorte de trabalhar com um político com influência, poder e capacidade de sustentar os projetos de seus subordinados: o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. “Palocci é um gestor de mão-cheia que não desqualificava ninguém. Ele era pragmático. Os secretários tinham a autonomia para escolher suas equipes. Mas ele cobrava resultados de perto e sabia da agenda de cada um. Discutíamos juntos os projetos. Ele tinha ainda a vantagem de que entendia tudo rápido”, diz Lisboa.
Esses exemplos mostram que um rumo claro para um país ainda é o melhor chamariz para atrair os melhores quadros para a administração pública. Essa direção não existe hoje em Brasília. O horizonte do governo Dilma limita-se ao de sua própria sobrevivência até 2018, a data do final de seu mandato. E dessa “agenda perdida” nenhum grande nome quer participar.

Quadro com exemplos de profissionais respeitados que trabalharam em governos no Brasil e nos Estados Unidos (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA, Valor/Folhapress, Estadão Conteúdo e AP (2))

Comentários

ᘉOTÍᑕIᗩS ᗰᗩIS ᐯISTᗩS

URGENTE: Morre humorista Batoré em SP

  Nesta segunda-feira, 10, a luta do humorista Batoré contra o câncer chegou ao fim. Ivanildo Gomes Nogueira, o histórico comediante da "A Praça é Nossa" Batoré, infelizmente faleceu. O humorista nasceu em Pernambuco e se mudou para São Paulo ainda criança. Antes de se tornar ator, jogou futebol nas categorias de base em times paulistas. Fez história e marcou época na TV Brasileira. Na web, internautas estão lamentando a morte do artista e desejando conforto aos familiares. fonte: Jornal da Cidade online

Prepare o seu bolso, gasolina sobe no próximo domingo 1º de fevereiro

A tributação sobre os combustíveis será elevada a partir deste domingo (1º), conforme o decreto presidencial publicado no "Diário Oficial da União". Segundo o Fisco, o impacto do aumento será de R$ 0,22 por litro para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. O governo espera arrecadar R$ 12,18 bilhões com a medida em 2015. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sindipetro), José Alberto Paiva Gouveia, afirma que a expectativa é que as distribuidoras repassem o valor total da cobrança aos postos já a partir de domingo. "Se elas repassarem, vamos elevar os preços integralmente já no domingo, porque senão já não teremos margem para comprar mais combustíveis na segunda-feira", explica o executivo. O Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) informou que a decisão de repassar ou não o aumento é de cada distribuidora, não havendo posicionamento oficial do...

Homenagem a Chapecoense direto da Colômbia na íntegra, assista

fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0cT2w8K6UF4

AO VIVO - TV Senado - Assista à nossa programação - 24/07/2017

fonte: youtube

Novo Cruze x Sentra x Focus Fastback x Corolla, supercomparativo sedãs médios

Se o ano passado foi dos SUVs compactos, 2016 ficará marcado pela estreia de novos sedãs médios no mercado brasileiro. E isso acontece justamente numa época em que o Corolla nada de braçada no mercado, chegando a vender mais que os concorrentes somados. Pois a GM já trouxe o novo Cruze para a briga, e ele chega mais forte do que nunca – literalmente, por conta do motor turbo. Por sua vez, a Nissan deu uma repaginada no Sentra e aproveitou para rechear seu sedã com equipamentos. Em breve vem mais: no fim de julho chega o novo Honda Civic e, um pouco depois, a nova geração do Hyundai Elantra. Mesmo ainda aguardando o Civic, a estreia do Cruze merecia uma recepção de gala. Por isso, nós do CARPLACE  escalamos nada menos que o líder Corolla, o renovado Sentra e a referência em dinâmica Focus Fastback para um encontro com a novidade da Chevrolet. Todos na versão topo de linha, com preços variando entre R$ 96 mil e R$ 107 mil. Qual deles é o sedã médio ...

Renault Kardian é o Carro do Ano 2025

O   Renault Kardian  é o grande vencedor do  Carro do Ano 2025 . O modelo concorreu contra   BYD Dolphin Mini ,   Citroën Basalt ,   Hyundai Creta   e   Peugeot 2008   na categoria principal da premiação mais importante da indústria A 58ª edição do Carro do Ano contou ainda com   outras seis categorias de carros e três de motores . Os   finalistas do prêmio   foram escolhidos por indicação direta de 26 jurados especialistas no segmento, seguindo os critérios de modelos pré-finalistas classificados pelo Comitê Gestor. O   limite foi de cinco finalistas por categoria , e apenas um modelo por marca pode ser classificado em uma mesma classe,   conforme previsto no regulamento . Vale lembrar que a auditoria do Carro do Ano 2025 foi feita pela   EY .  automotiva brasileira. Essa é a primeira vez que a   Renault   — e uma fabricante francesa — vence o prêmio.  O   Renault Kardian é o grande venc...

Executivo da Chevrolet confirma, Novo Cruze Hatch estréia no Salão de Automóvel

Confirmada a estreia da nova geração do Cruze no Brasil para junho (a apresentação na Argentina já aconteceu), as atenções se voltam agora para o lançamento da versão hatchback. Em entrevista concedida ao site  Auto Blog Argentina , Ignacio Pierrez, executivo da Chevrolet no país vizinho, adiantou que a chegada do modelo ao mercado acontecerá poucos meses depois da carroceria sedã. De acordo com Pierrez, a apresentação pública da novidade será durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro. Apresentado na edição deste ano do Salão de Detroit, o Cruze Hatch chama atenção nesta segunda geração pela pegada esportiva e jovial do visual. Internamente terá o espaço interno como grande atrativo, mantendo os 2,70 metros de entre-eixos do sedã e tendo capacidade para acomodar 524 litros (padrão norte-americano). O modelo também herdará do sedã a lista de equipamentos bem recheada, que deve incluir MyLink II, sistema de estacionamento automático, Start/Stop e o...

Confusão em baile funk termina com nove mortos em Paraisópolis

Um baile funk em Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo, terminou ao menos com nove pessoas mortas, após um tumulto na madrugada deste domingo (1º), com a chegada de policiais militares que perseguiam suspeitos na região. Entre as vítimas, uma mulher e oitos homens - dois deles de 16 anos. A polícia diz que não houve disparo de arma de fogo pelos policiais.  De acordo com a corporação, policiais do 16º Batalhão Metropolitano que faziam patrulhamento na Operação Pancadão no bairro reagiram após dois homens em uma moto efetuarem disparos de arma de fogo.  Houve perseguição e os agentes, que também estavam de moto, seguiram os homens até o baile funk que acontecia na comunidade e reunia, por volta das 4h, cerca de 5.000 pessoas. A PM afirma que os criminosos continuaram atirando enquanto fugiam.  Ainda de acordo com a PM, frequentadores do baile funk atiraram objetos, como pedras e garrafas nos policiais, que solicitaram reforço à Força T...

Quanto é o salário de engenheiros, técnicos, mecânicos e outros funcionários da F1, confira

Quando se fala em salários da Fórmula 1, você logo pensa nas cifras milionárias recebidas pelos pilotos. Caras como Hamilton, Vettel e Alonso chegam a ganhar mais de 15 milhões de euros por temporada, mas pouco se sabia sobre os salários pagos aos funcionários mais mundanos da categoria, como mecânicos e engenheiros de pista. Ao menos até agora. Cada equipe de Fórmula 1 emprega, em média, 90 pessoas, divididos em funções técnicas e administrativas. Da secretária aos motoristas de caminhão, passando por mecânicos, gerentes de marketing e engenheiros de pista, os salários são pagos de acordo com o nível de responsabilidade da função, como em qualquer empresa “comum”. O  site esportivo Marca , da Espanha, conseguiu reunir o  salário anual  médio das equipes intermediárias da Fórmula 1 como Lotus e Force India. Segundo a lista dos espanhóis, os salários das funções administrativas são: Gerentes de Contas Publicitárias — 70.000 euros Assistente de Conta — 50.000 euros...

Cansou do Facebook? 50 outras redes sociais que estão bombando

  "Ninguém mais vai àquele lugar. É muito lotado.” A frase célebre, dita pelo jogador de beisebol Yogi Berra sobre um restaurante badalado de Saint Louis, nos Estados Unidos, sintetiza um comportamento típico do ser humano. Gostamos de estar na moda e de frequentar ambientes descolados. Quando todos descobrem a novidade, o prazer de estar lá perde a graça e sentimos que precisamos descobrir novos lugares. Chegar antes da multidão é muito mais divertido do que fazer parte dela. A regra de Yogi Berra vale também para o mundo virtual. Nos anos que se seguiram à fundação do Facebook em Harvard, em 2004, não havia lugar mais legal na internet. Todos queriam descobrir o que fazia a cabeça dos universitários americanos. Hoje, é difícil pensar num site mais banal. Os jovens de Harvard foram seguidos por crianças e adolescentes de todas as partes do mundo, que volta e meia esbarram em seus pais e avós na mesma rede. Ter um cadastro no Facebook não diz absolutamente nada sobre a pe...