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Executivos da indústria automotiva no Brasil, "crescimento só após 2017"



Grande parte dos executivos da indústria automotiva no Brasil espera que 2016 seja o último ou penúltimo ano de queda nas vendas antes da recuperação, com retorno docrescimento, ainda que em ritmo modesto, a partir de 2017 ou 2018. É o que pensam 86% dos 514 integrantes do setor que responderam às 54 questões da terceira edição da Pesquisa de Perspectivas realizada com exclusividade pela consultoria internacional Roland Bergerentre os leitores de Automotive Business

O estudo foi conduzido entre dezembro e janeiro passado e observou substancial avanço de 60% no número de participantes em relação a 2015, com a captura da visão sobre o futuro do segmento de atividade de executivos com alto nível de senioridade (55% deles com mais de 20 anos de experiência no setor) e no topo da escala de comando – quase 50% têm cargo de presidente ou diretor. A pesquisa ouviu todos os principais atores do setor: a maioria dos participantes (243) atua em fornecedores de primeiro nível (tier 1), 89 trabalham nos fabricantes de veículos, 77 estão em empresas da cadeia de fornecimento tiers 2, 3 e 4, os demais são prestadores de serviços, concessionários e membros de associações representativas da indústria. 

No curto prazo, a pesquisa Perspectiva da Indústria Automotiva 2016 Roland Berger/AB detectou que para o mercado de veículos leves existe uma divisão quase equânime entre aqueles que projetam retração leve de 5% a 10% nas vendas este ano (40%) e os que esperam por estagnação (35%) em relação a 2015, com variação para cima ou para baixo não maior do que 5%. Para o segmento de veículos comerciais a divisão é parecida: 35% dos executivos ouvidos previram queda moderada e 33% projetam estabilidade. Na opinião dos pesquisados, os principais fatores que impactarão ambos os mercados são o desenvolvimento econômico nacional, o crédito e as políticas tarifárias/regulação, conforme já havia sido observado no estudo em 2015. 

Em relação ao volume de veículos leves exportados, é esperado crescimento leve (5% a 10%), sendo que os executivos apontam o câmbio favorável como principal fator determinante. 

RETOMADA

Sobre a expectativa de retomada pós-crise, nova divisão quase equânime: 44% avaliaram que o crescimento volta em 2017, enquanto 42% esperam isso para 2018. Mais pessimistas, 12% dos entrevistados acreditam que a recuperação ocorrerá somente mais tarde, a partir de 2019. E apenas 2% enxergam alguma expansão das vendas em 2016. 



Para 54% dos executivos, a volta ao pico histórico do mercado de veículos leves (3,6 milhões de unidades emplacadas em 2012) somente ocorrerá no médio prazo, entre 2018 e 2020, e 43% avaliam ser necessário um período mais longo para atingir esse patamar, somente a partir de 2021. 

MEDIDAS PARA SUPERAR A CRISE

Como principais medidas implementadas para superar a crise em 2015 foram mencionadas a redução da capacidade de produção e mão de obra (67%), a redução de despesas (overhead) da área administrativa (54%) e o aumento das exportações (46%). 



Como medidas a serem adotadas em 2016 para encarar o cenário de crise, foram citadas aumento das exportações (55%), redução de despesas (overhead) da área administrativa (43%) e a corte da capacidade de produção e mão de obra (43%). 

Os executivos que participaram da pesquisa também elencaram medidas internas necessárias para fazer a indústria retomar seu vigor. A grande maioria apontou o aumento da produtividade da força de trabalho (62%), a revisão dos processos (53%) e a revisão/renovação do portfólio de produtos (49%) como pontos essenciais para melhorar os resultados. 



Na opinião dos executivos da indústria automotiva, um programa de renovação da frota (65% das respostas), redução de impostos e encargos (57%) e facilitação de acesso ao crédito (55%) são as medidas do governo que mais poderiam afetar positivamente o mercado e antecipar a retomada do crescimento no setor. 

MONTADORAS

Ao apontar os principais desafios a serem enfrentados em 2016, conforme já observado nas pesquisas realizadas em 2014 e 2015, a capacidade ociosa e a lucratividade são apontadas como principais desafios das montadoras no momento. As estratégias esperadas para este ano são guerra de preços e expansão para novos mercados. 

As principais tendências tecnológicas de 2016 para os veículos leves são o desempenho dos motores, com a continuação do movimento de downsizing (redução de tamanho) e mais eletrônica embarcada/conectividade. Para os veículos pesados os executivos colocam a redução de emissões atmosféricas e a melhoria do desempenho dos motores como principais objetivos. 

FORNECEDORES

Entre os fabricantes de autopeças, 39% dos executivos ouvidos esperam que o relacionamento dos fornecedores com as montadoras fique ainda mais deteriorado em comparação com 2015, outros 39% esperam que tudo fique igual. 

Assim como em 2014 e 2015, a lucratividade é vista como principal preocupação dos fornecedores em 2016, seguida pela crescente ociosidade das linhas de produção. O insourcing, com maior número de atividades e produtos feitos dentro da própria empresa, é visto por 61% dos pesquisados como principal tendência esperada no mercado de fornecedores tier 2, seguida por um movimento de consolidação (59%), com redução do número de companhias. 

A infraestrutura logística (63%), o custo das matérias-primas (62%) e da mão de obra (60%) são apontados como principais barreiras para aumentar a competitividade internacional e assim elevar a exportação de autopeças. 

Quanto à eficácia dos incentivos do governo para a competitividade da cadeia de fornecedores, é possível avaliar que a maioria dos executivos considera que serão insuficientes em 2016 (conforme em 2015). 

CONCESSIONÁRIAS

Os principais desafios a serem enfrentados pelo setor de distribuição de veículos em 2016 são os mesmos apontados pelos concessionários em 2015: pressão sobre as margens nos negócios de veículos novos (80%), volume reduzido de vendas de zero-quilômetro (78%) e aumento de estoques (33%). 

As regiões Nordeste (31%) e Centro-Oeste (27%) devem apresentar maior crescimento do número de concessionárias. A região Sudeste (65%) deve apresentar a maior redução no número de pontos de venda. 

As perspectivas futuras em relação à consolidação dos grupos de concessionárias em 2014 apontavam entrada de investidores internacionais; para o ano de 2015 e 2016 os executivos esperam pela realização de novas consolidações. 

CONSUMIDORES

Para 53% dos executivos participantes da pesquisa, a lealdade do consumidor em relação às marcas de veículos deve se deteriorar. Outros 43% acreditam que a lealdade deve ficar igual. 

O ar-condicionado novamente foi considerado como o opcional mais valorizado pelos clientes brasileiros (conforme em 2015), seguido pelo câmbio automático/automatizado. O segmento de carroceria mais procurado nos próximos anos deverá ser o SUV.



fonte: http://www.automotivebusiness.com.br/noticia/23463/para-executivos-crescimento-volta-somente-apos-2017

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