Pular para o conteúdo principal

Ameaça da GM de deixar o Brasil não passa de blefe, dizem especialistas

Fabricante líder de vendas alarma mercado ao levantar a possibilidade de sair do país. Até que ponto isso deve ser levado ao pé da letra?

Caiu como uma bomba a notícia, repercutida no fim da semana passada, de que a General Motors estaria cogitando deixar o Brasil.
Tudo começou com uma frase da presidente global da fabricante, Mary Barra, repercutida pelo jornal Detroit News. Barra declarou que a companhia estaria revendo suas operações na América do Sul, incluindo o Brasil, porque não quer “investir para perder dinheiro”.
O presidente da companhia na América do Sul, Carlos Zarlenga, emitiu então um comunicado interno destacando o posicionamento da líder mundial. Na carta, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o executivo afirma que a empresa vive “momento muito crítico” e que os prejuízos registrados no Brasil nos últimos três anos “não podem se repetir”.

Blefe ou risco real?

Seria só um blefe, loucura ou corremos real risco de ver a dona da Chevrolet, atual marca mais vendida do país, abandonar o mercado nacional?
QUATRO RODAS ouviu especialistas e partes envolvidas no caso, e todos foram unânimes em acreditar que se trata de não mais do que uma cartada agressiva para forçar reduções de custos em diferentes frentes e aumentar, assim, a rentabilidade.
“A GM saiu da Europa, é verdade. Mas no Brasil isso é muito mais difícil de acontecer, porque nosso mercado tem um potencial altíssimo de crescimento, muito maior do que Europa ou Estados Unidos. As fabricantes não querem perder oportunidades”, analisa Antonio Jorge Martins, coordenador acadêmico de cursos automotivos da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Joel Leite, especialista em mercado automotivo e presidente da agência AutoInforme, acrescenta: “Eles acabaram de anunciar uma linha inteiramente nova de produtos. Desenvolveram uma plataforma nova voltada a mercados como o Brasil. Vão sair justamente nesse momento? Isso parece mais terrorismo para forçar distribuidores a reduzirem preços”, diz.
Mesmo quem tem envolvimento direto com a GM carrega a mesma sensação. “É algo que acredito que esteja muito longe da realidade”, opina Decio Farah, superintendente executivo da Abrac (Associação Brasileira de Concessionários Chevrolet).
“Ainda não temos como nos manifestar concretamente, porque fomos pegos de surpresa, mas entre os trabalhadores o sentimento geral é de uma justificativa para tirar direitos”, comenta Aparecido Inácio da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul (SP), onde está uma das fábricas da companhia no país.
 




Linha de montagem do Chevrolet Onix em Gravataí (RS)

Por que o prejuízo?

Difícil assimilar como a marca que mais comercializa automóveis no Brasil, com 17,58% de participação em 2018, e que também possui o carro mais vendido entre todos, o Chevrolet Onix, esteja fechando as contas no vermelho, não é mesmo? Os especialistas também têm dificuldade de entender como isso acontece.
Para Antonio Jorge Martins, da FGV, fabricantes como GM e Ford estão sofrendo hoje no Brasil, apesar de ainda possuírem percentuais expressivos de participação no mercado, porque demoraram a se adaptar à nova realidade do mercado brasileiro a partir dos anos 2000.
“Durante quase 60 anos quatro montadoras atuaram sozinhas. Com a chegada de novas concorrentes e, principalmente, com a forte queda nas vendas a partir de 2014, hoje a pressão por competitividade está muito mais elevada. É preciso buscar novos parâmetros de competitividade e nova visão estratégica”, avalia.
Outro erro, em sua visão, é que o foco da GM, apesar dos altos volumes de vendas, está quase integralmente voltado a uma única família de modelos compactos, Chevrolet Prisma e Onix, cujo tíquete médio e, consequentemente, as margens de lucro são mais baixos.
 




Onix garante volume e fatia de mercado à GM, mas não tanto a rentabilidade
“Nos tempos atuais é preciso ter produtos fortes em todos os segmentos de atuação, pois isso garante solidez e retorno rápido dos investimentos. Isso vale especialmente numa época em que os ciclos de atualização dos carros estão cada vez mais curtos, demandando investimentos cada vez mais periódicos”, explica.
É por isso que os modelos derivados da plataforma GEM terão tamanha importância.
Eles marcarão uma investida incisiva da Chevrolet em segmentos de maior valor agregado, como o de compactos premium – novos Onix e Prisma -, os de SUVs compactos e compactos-médios – novo Tracker e um modelo inédito a ser feito na Argentina – e o de picapes compactas-médias. É sobre eles que estará a pressão por vendas consistentes e rentabilidade.
 




Substituto do Tracker será feito no Brasil e chega com a pressão de ter que vender bem

Negociações agressivas

Seja um blefe a estratégia da GM ou não, QUATRO RODAS consultou fontes e constatou que a fabricante já iniciou sua ofensiva para reduzir custos em quatro frentes: concessionários (margens e comissões mais enxutas); trabalhadores (flexibilização de cargas de trabalho e direitos); fornecedores (pressão por preços mais competitivos); governos (incentivos e reduções tributárias).
Em relação a revendedores uma mudança já foi adotada. Nossa reportagem soube que na última quarta-feira (16) a companhia divulgou aos lojistas uma nova política de comissões, com redução de um ponto percentual em todos os canais de venda. Antes, a comissão média orbitava a casa de 5%. Agora, ficou reduzida a cerca de 4%.
Decio Farah, da Abrac, admitiu que a entidade “já tomou conhecimento” das novas políticas. Entretanto, não quis entrar em detalhes quanto às readequações, ponderando que o novo posicionamento da fabricante deve ser encarado como algo “absolutamente normal”.
“Nenhum empresário de bom senso entra num negócio para perder dinheiro. Já houve conversações a respeito [de mudanças nas precificações], até porque eles têm direito legal de estabelecer suas margens, assim como as concessionárias em relação ao consumidor. No fim, quem determina tudo isso é o mercado”, defendeu.

fonte: Quatro Rodas

Comentários

ᘉOTÍᑕIᗩS ᗰᗩIS ᐯISTᗩS

Você anda de carro só com cheiro de combustível? Fique atento com rico da pane seca

Você é daqueles que   costuma andar de carro só com cheiro de combustível? Se sim, não faça mais isso. Você pode estar pondo em risco o automóvel e a integridade física de quem está lá dentro. Veja as dicas de Daniel Lovizaro, gerente de Assistência, Serviços e Treinamento Técnico automotivo da Bosch, e encha o tanque! RISCO MÁXIMO O principal risco da pane seca é que o veículo pare de funcionar de forma imediata, podendo ocasionar acidentes graves no trânsito. BOMBA Há o risco de redução da vida útil da bomba elétrica de combustível, cuja função é levar o que está no tanque para o sistema de alimentação do motor. Isto porque este componente é elétrico e refrigerado pelo próprio combustível. Assim, com o tanque sempre na reserva, a capacidade de refrigeração fica reduzida, aumentando a temperatura de trabalho do sistema. SUJEIRA Com o tanque sempre vazio também pode ocorrer o acúmulo de sujeira dentro da peça. As impurezas aspiradas pela bomba podem gerar saturação ...

AO VIVO - Jornal da BandNews FM - Com Ricardo Boechat11/08/2017

fonte: youtube

Ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, morre em acidente de avião em SP

  O ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, morreu aos 56 anos em acidente de um avião monomotor, que caiu em uma casa na Casa Verde, zona norte de São Paulo, na tarde deste sábado, 19. A área fica perto do Campo de Marte. As sete pessoas estavam a bordo da aeronave morreram e um morador da casa atingida ficou ferido, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Entre as vítimas estão ainda mulher de Agnelli, Andréia, seus dois filhos, João e Ana Carolina, além de seu genro e sua nora. Os seis iam a um casamento no Rio de Janeiro. O acidente ocorreu na rua Frei Machado, número 110, por volta das 15h20. Pelo menos 15 viaturas dos bombeiros e 45 homens estão no local para fazer o rescaldo do acidente.   Biografia Roger Agnelli nasceu em 3 de maio de 1959 em São Paulo e foi presidente da Vale de 2001 a 2011. Durante os 10 anos em que Roger presidiu a Vale, a companhia se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo. ...

GM revisa investimento de US$ 1 bi e anuncia nova plataforma global

A General Motors está reavaliando o plano de investimento de US$ 1 bilhão para a Índia e colocou na conta o desenvolvimento de uma nova plataforma global para mercados emergentes. O grupo repensou sua estratégia após as vendas caírem quase 40% em relação ao ano passado, derrubando o market share no segmento de carros de passeio para menos de 1% no país. Queda nos emplacamentos e maior rigor nas regras de emissões de carros a diesel também pesaram na mudança de planos. O fabricante norte-americano já tinha firmado o compromisso de investir US$ 1,0 bi no país, o que incluía, entre outras coisas, o lançamento de uma minivan (abandonada em favor de um SUV compacto) e agora uma nova plataforma modular, projetada para produzir carros compactos destinados a mercados emergentes. “Estamos realizando uma revisão completa de nosso programa para futuros produtos na Índia”, Swati Bhattacharya, porta-voz da GM Índia, disse em comunicado. “Como resultado, estamos também colocando em ...

8º dia de greve: caminhoneiros protestam mesmo após anúncio de Temer

Há protestos em AL, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PB, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SE, SP e TO Caminhoneiros ainda bloqueiam rodovias do RJ, mas não estão mais na entrada da Reduc 8 aeroportos estão sem combustível, diz Infraero fonte; G1

Ameaça: 'Netflix não está sabendo onde se meteu', diz Dilma sobre 'O Mecanismo'

A polêmica envolvendo a nova série da  Netflix , ‘ O Mecanismo ‘, está longe de acabar! Desta vez, quem se pronunciou sobre a produção foi a própria ex-presidente  Dilma Rousseff . Segundo ela, o serviço de streaming estaria fazendo uma “propaganda” política, e o seu posicionamento estaria prejudicando o PT com informações falsas. . “A  Netflix  não pode fazer campanha política. […] Acho importante que a gestão da  Netflix  perceba o que está fazendo. Não sei se sabe. O cineasta talvez saiba, mas a direção da  Netflix  não está sabendo onde se meteu. Eu acho isso muito grave. Não vejo porque uma estrutura como aquela dar margem para isso.” Rousseff continua, ressaltando os impactos que a série poderá trazer,  “O que conseguiram com esse processo foi a expansão do ódio, de reprodução desse ódio em escala nacional, um nível de intolerância muito grande e a grande difusão de pequenos grupos de extrema direita pelo país.” A série é ...

Como o valor do meu ingresso do cinema é dividido entre quem produz, distribui e exibe o filme?

Como o valor do meu ingresso do cinema é dividido entre quem produz, distribui e exibe o filme? William Brito, Jundiaí, SP fontes: Livro  O Economista de Hollywood , de Edward Epstein, e Marcos Petrucelli, crítico de cinema. Superinteressante

Exército defende “kids pretos”

 A pressão da esquerda para acabar com as Forças Especiais do Exército, os chamados "kids pretos", aumentou depois que a Polícia Federal acusou ao menos quatro militares de usar seu treinamento especial para planejar o assassinato de autoridades. O Exército prometeu uma reformulação no próximo ano, porém, não pretende acabar com a unidade. Saiba quais são os planos. Militares na mira de Moraes. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o Exército forneça informações sobre visitas aos militares presos pela suposta tentativa de golpe de Estado. Contra o decreto de Lula. Parlamentares de oposição e governadores prometem trabalhar para derrubar o decreto que regula o uso da força por policiais. Informações: Gazeta do Povo/ https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/bom-dia/exercito-kids-pretos-moraes-questiona-militares/

Eu na Cozinha - Bife Suculento - VD1

Rancho D'Ajuda/ https://www.youtube.com/watch?v=woi3F4jKsMU&t=16s Como prepara um bife suculento na forma de amador, ficou delicioso.

Já fez essa conta? Você sabe quanto custa ter um filho?

A cada ano, o número de filhos das famílias brasileiras vem diminuindo. Famílias com três ou quatro filhos ficaram, definitivamente, no passado. No cenário atual, ter um filho já é sinal de coragem, ter dois então, nem se fala! Se pararmos para analisar, essa modificação demográfica tem uma série de causas e uma delas é financeira. Ter um filho implica muitas responsabilidades: educar, brincar, acompanhar, alimentar e por aí vai. Para a maioria dessas necessidades, de uma maneira ou de outra, são necessários recursos financeiros. Tudo custa dinheiro. Babá, escola, fralda, leite, plano de saúde, brinquedos… para onde se olha, existe um gasto embutido. Some-se a isso os gastos com enxoval, pré-natal e, muitas vezes, a necessidade da troca do carro ou da casa por uma maior, que comporte o novo integrante da família. Ter filho não é brincadeira. Custa caro… muito caro. Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (INVENT), pesquisando mais de trezenta...