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A gata escaldada: Letícia Spiller, a ex-paquita Pituxa Pastel ficou no passado, virou um mulherão, teve dois filhos e aprendeu a se defender da intransigência e do machismo


Pituxa Pastel é passado. Dos tempos de Xou da Xuxa só lhe restou a beleza. Não que Letícia Spiller se envergonhe dos tempos de paquita – foi cantando Salada Mista que ela pagou os primeiros cursos de teatro –, mas ela nunca se deixou contaminar pelo complexo de Cinderela. Pelo contrário, desejou desde sempre crescer rápido, de coração aberto, vivendo intensamente as dores e delícias de ser o que é. Virou um mulherão. Não a “mulherzinha” Antônia, personagem interpretada por ela em Salve Jorge, a novela das 9 da TV Globo, já fora do ar, uma mulher frágil e insegura, que não consegue dar um rumo à vida. Uma perfeita “pastel”, como a própria Letícia foi apelidada pelas colegas de Xou da Xuxa, pelo jeitão desligado, confundido com ingenuidade. Não sabiam com quem estavam lidando. Pituxa não tinha nada de sonsa. “Aquilo era apenas um trabalho, um jeito de ganhar grana para pagar minhas aulas de teatro. Não era o meu sonho de vida”, lembra Letícia.
De semelhança com a personagem Antônia só a vocação para a maternidade. Dezessete anos após o nascimento de Pedro, seu filho com o ator Marcello Novaes, Letícia decidiu ser mãe mais uma vez: Stella, 2 anos, é filha do seu relacionamento com o fotógrafo Lucas Loureiro. E ela não descarta aumentar a prole. Mas, antes, quer curtir a entrada na “melhor fase da sua vida”, a chegada aos 40 anos. “Quando eu tinha 20 anos, ouvia as mulheres dizendo que não havia idade melhor do que os 40. Confesso que não acreditava muito nessa história – não enxergava esse estado de felicidade plena”, afirma a atriz. “Mas era isso mesmo: hoje me sinto mais saudável, disposta e bonita. É uma beleza de dentro para fora.”
É equilibrado o embate entre a beleza interior de Letícia, adquirida com a maturidade, da qual ela tanto se orgulha, com a beleza exterior, que ainda não parece ter sentido os efeitos do tempo. Uma beleza genuína que caminha na contramão dos padrões estéticos atuais, com a profusão de mulheres-rã e suas coxas de 60 centímetros. “A meninada de hoje, algumas delas vivendo à base de anabolizantes, perdeu a feminilidade. Cada pescoção, umas coxas enormes – não vejo o menor erotismo nessas garotas que levam o nome de frutas”, diz Letícia. “Às vezes fico até na dúvida se é mulher ou homem.”
Letícia, aliás, não precisou passar por longas flexões de pescoço para compor o seu próximo papel, a cyber drag queen Rochanna Abalou, personagem da comédia O Casamento de Gorete, dirigida por Paulo Vespúcio, que estreia em outubro. O laboratório foi feito com a ajuda de uma drag profissional, Thamy La Close. A atriz, sócia-proprietária da Paisagem Filmes, é também produtora do longa-metragem – e o marido, Lucas, diretor de fotografia. Ela define o trabalho como uma mistura de Federico Fellini com Pedro Almodóvar, uma comédia rasgada, mas com conteúdo, distante esteticamente das comédias de costumes que têm levado milhões de pessoas ao cinema. Não que ela faça cinema independente. Ela não faz – o longa tem apoio da Globo Filmes e distribuição da Paris Filmes. Mas ela acha possível levar o biscoito fino para as massas. “Quero atingir o grande público. E não fazer cinema para meia dúzia”, diz.
De assistente de palco “pastel” para a produtora de cinema idealista e ambiciosa. Uma transição com alguns sobressaltos, mas todos tirados de letra. Ela já sabia o que queria desde muito cedo – com 16 anos entrou para O Tablado, conceituada escola de teatro amador do Rio e no ano seguinte já fazia parte do Grupo Porão. “Eu respirava teatro. Tenho o maior orgulho dos meus tempos de Paquita, foi o meu primeiro aprendizado como profissional, mas estava ali exclusivamente para poder pagar os meus cursos”, diz. “Se não estivesse ali, estaria numa loja de um shopping vendendo roupa.”
Quando era inevitável escolher entre as gravações do programa Xou da Xuxa e uma prova importante no curso de teatro, ficava com a segunda opção. Perdeu as contas de quantas vezes inventou que estava doente para poder subir no tablado. Enfrentar a fúria de Marlene Mattos, a todo-poderosa empresária de Xuxa, pelo amor ao teatro, rendeu mais benefícios do que dissabores. Ela talvez seja a única das meninas a escapar da “maldição das paquitas”, que praticamente levou todas as loiras do programa ao ostracismo antes mesmo do estrelato.
Bateu, levou
Em Salve Jorge, Antônia chegou a levar um tapa na cara de Celso, seu ex-marido (interpretado por Caco Ciocler), homem machista, intransigente, que a fez largar a carreira de modelo para cuidar da família. Letícia viveu situação parecida na vida real, ao ser agredida – também com um tapa – por um namorado depois de uma cena de ciúmes. Ao contrário da personagem, a atriz reagiu. “Ainda bem que isso ocorreu quando eu era nova, para eu aprender a me posicionar desde cedo. Foi a primeira e última vez que um homem se comportou comigo daquela maneira”, afirma. “Antes, na minha juventude, as mulheres tinham muito medo. Hoje são mais corajosas e desafiadoras, pois vivem num mundo mais liberto.”
Não que o mundo de hoje, mais livre de convenções, não tenha também lhe causado algumas aporrinhações, que certamente ela não enfrentaria nos tempos de Pituxa Pastel. Letícia teve que contratar um advogado especializado em direito digital para se ver livre dos 15 perfis falsos com seu nome que circulam pelas redes sociais. Um dos mais acessados, já devidamente excluído, informava todas as suas atividades durante o dia, que incluíam longos passeios com sua cachorrinha, peregrinações pelos shoppings da zona sul do Rio e intermináveis sessões no cabeleireiro. É, nada pode ser mais falso do que uma Letícia Spiller “mulherzinha”.
Matéria publicada na edição de ALFA de junho de 2013

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