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“Book rosa”, Camila Ferrari, faço e não me arrependo




Logo que Camila Ferrari começou sua carreira como modelo de eventos, a agência disse que ela ganharia muito mais entrando para o “book rosa” e fazendo programa. Ela topou e não se arrepende!

Meu celular tocou. Era da agência. “Vá até o restaurante. Há uma reserva em seu nome. Mantenha a calma, seja carinhosa e saiba se portar. Vocês vão jantar e talvez ele queira algo a mais.” Obedeci. Cheguei ao local, um dos endereços mais chiques da cidade, uma pilha de nervos. Esperava um desconhecido. Podia ser qualquer um que entrasse ali. Vinte minutos depois, um senhor de 60 anos se apresenta. Era o André*. Conversamos um pouco e jantamos. Ele era fazendeiro, rico e casado. Depois de pagar a conta, sugeriu que fôssemos a um motel. Topei. Era 2010 e eu estava a caminho da minha primeira noite como modelo “book rosa”. Igual a Angel, da novela Verdades Secretas. 

Quem é só modelo ganha pouco e trabalha muito...

Essa novela da Rede Globo é a primeira a mostrar o universo secreto das modelos “book rosa”, jovens bonitas que estão começando a carreira e acabam fazendo um “extra” como prostitutas de luxo, o que paga muito mais que a passarela. Angel, a protagonista, tem 16 anos quando a trama começa. A história dela é parecida com a realidade que vivo desde os 20. 

Quando tinha a idade da Angel, tentei ser modelo fotográfica no Rio Grande do Sul e percebi rápido o que a maior parte das meninas demora para entender: é um mercado competitivo demais, que paga muito pouco. Sendo honesta, eu não era bonita ou alta o suficiente para ter chances. Abandonei o barco. Mas a minha beleza ainda viria a ser minha fonte de renda. 

O mundo das “book rosa” seduz pela grana e o luxo

Aos 20 anos, comecei a cursar psicologia e precisava bancar a faculdade. Tentei o mundo das modelos mais uma vez e enviei fotos para uma agência para trabalhar em eventos. Algumas conhecidas que eram modelos em feiras já haviam comentado que davam “esticadinhas” depois do expediente. Elas passavam o celular aos pretendentes e marcavam encontros remunerados. Afinal, os caras ficam todos de olho nas novinhas, sonhos de consumo, e elas têm uma oportunidade de faturar mais. 

Ninguém falava dessas coisas abertamente, mas todo mundo sabia que rolava. Por isso, não me choquei quando a agência me chamou e explicou em português claro como a coisa funcionava. Descobri na primeira entrevista que eu tinha duas opções: ser “book branco”, apenas uma modelo de estande que ficaria 8 horas em pé e ganharia no máximo R$ 200 por evento; ou “book rosa” e trabalhar também como acompanhante de luxo dos clientes, o que me renderia um cachê de até R$ 1.500 por noite. Eu não apenas ganharia mais como participaria de mais eventos, porque a maioria dos clientes prefere contratar o “book rosa”. 


Meu primeiro cliente tinha 60 anos e era casado

Eu não era virgem, mas nunca tinha feito sexo por dinheiro nem tinha vasta experiência no assunto. Mesmo assim, topei entrar no esquema na hora. Sempre soube que aquilo era prostituição e ninguém me embromou, como fizeram com a Angel. Mas, como ela, encarei o trabalho pela grana. Aquele era o único jeito garantido de pagar as contas no fim do mês. Claro que fiquei nervosa, mas me senti segura por ter uma agência intermediando o contato entre o cliente e eu. Pelo menos alguém sabia onde e com quem eu estaria. Em troca, a agência ficava com 30% do cachê. 

No meu primeiro evento, o André me viu e gostou de mim. É sempre assim: os caras observam as modelos e falam direto com a agência. A gente só precisa aparecer bonita e cheirosa no local marcado. O André era 40 anos mais velho que eu e nada atraente aos meus olhos, mas me tratou muito bem. Ele foi carinhoso e me deixou à vontade para decidir se iria ao motel. Não hesitei. Fomos ao mais caro da cidade e transamos. Não gozei, mas não foi ruim. 

Passei a viver com luxo, mas sem amigas

Pensando bem, nunca tinha sido tão bem tratada por um homem até então. O André não era meu tipo, mas era um amor. E não vou negar que o luxo e a sofisticação desse mundo contam muito. De repente, eu não só tinha dinheiro para pagar as contas como estava esbanjando. Pela primeira vez na vida ia a restaurantes e hotéis cinco estrelas e vestia grifes. Era muita riqueza, gente! 

Tudo tem um lado ruim, claro. Quando contei às minhas amigas o que estava fazendo, elas me excluíram totalmente da turma. Pararam de falar comigo e de me chamar pra sair. A solidão foi dura. Meu pai, falecido, nunca soube e minha mãe não quis aceitar no começo, mas cedeu quando viu que eu teria mais oportunidades na vida assim. Ela só insiste para que eu me cuide, vá ao médico, use camisinha e fique longe das drogas. Sim, esse é um problema desse mundo. Muitos clientes cheiram cocaína e as meninas acabam usando doce (LSD) e bala (êxtase) para aguentar o exaustivo tranco das festas. 

Atendo muitos políticos e executivos do alto escalão

Depois de um ano, minha agenda vivia lotada. Como às vezes marcava mais de um encontro por dia, tranquei a faculdade. Alguns homens também me levavam para Brasília e São Paulo. Afinal, essas cidades concentram políticos e grandes executivos, dois grupos fiéis ao “book rosa”. Nem todos são bonitos, mas como são ricos e bem cuidados, nunca recusei um programa. 

Meus clientes são homens casados entre 35 e 55 anos que trabalham muito e não conseguem dialogar com as esposas. Por isso, pedem pra eu fazer o que não têm coragem de pedir a elas. Além disso, contratar prostituta é mais seguro do que viver um caso com uma secretária, que pode se apaixonar e criar problemas. Para você ter ideia, vou do restaurante ao motel num carro e o cliente no outro. 

Eles querem uma mulher discreta e bem safada

Na maioria das vezes, os clientes querem apenas que eu me comporte como a namorada safadinha, que faz oral e anal sem cara feia. Mas muitos pedem inversão – quando a mulher penetra o homem com uma prótese – e um já quis ficar comigo e uma transexual ao mesmo tempo. Uma vez, um cliente me recebeu no motel vestindo nada mais que uma calcinha vermelha. Confesso que fiquei surpresa, mas não transpareci. Tenho que encarar essas coisas com naturalidade. 

Depois de dois anos nessa vida e turbinada com lipo e silicone nos seios, saí do “book rosa” e virei autônoma. Como já tinha uma grande lista de contatos, passei a trabalhar sozinha. Agora sou só acompanhante de luxo. Também não sou mais a menina deslumbrada que torrava o cachê em roupas. Uso meu dinheiro com sabedoria e invisto em imóveis! 

Um dia me aposentarei. Aí, quero casar e ter filhos 

Hoje, tenho clientes que valorizam meus serviços e me paparicam com joias. Sei que essa profissão tem data pra acabar e quero, um dia, ter um relacionamento. Mas não com um ricaço. Eles não são agressivos e gostam de conversar, mas não quero um homem que me enrole como meus clientes enganam as esposas. Eles falam que estão no futebol... Além disso, o que esses ricaços procuram em mim não é uma mulher de verdade, que tem TPM e ciúmes. E, acredite, essa sou eu quando não estou trabalhando. Meus clientes querem uma mulher impecável, sempre de bom humor e sedutora. 

Meu objetivo é ser acompanhante por mais quatro anos. Até lá, já terei juntado bastante dinheiro para ter uma vida confortável. Pode parecer absurdo, mas quero coisas simples no futuro, como casar e ter filhos. O glamour e o luxo atuais têm prazo de validade. E se engana quem acha que prostituição é dinheiro fácil. É só rápido... 

Me apaixonei por um cliente

Assim como a Angel, também quebrei a cara com um amor não correspondido. No começo da carreira, saí com um cara de 42 anos. Ele era lindo, educado e charmoso, do jeito que eu gosto. O sexo era incrível! Saímos nove vezes e me apaixonei. Aí, abri o jogo e pedi para ele sair com outras meninas. Ele concordou. Afi nal, mesmo reclamando da esposa, só me queria para transar. Doeu, mas consegui esquecê-lo. Hoje, me protejo. Essa profissão exige um coração de ferro! - CAMILA FERRARI, 25 anos, acompanhante de luxo, Porto Alegre, RS


Meu corpo é meu cartão de visitas. E custa caro!

Muito se engana quem pensa que nasci com esse corpinho. Para estar de acordo com o padrão luxuoso que os clientes exigem, já fiz lipoaspiração e coloquei silicone duas vezes! Além das cirurgias, faço musculação três vezes na semana com um personal. É o essencial para manter meu corpo bonito e feminino. Também bato cartão no salão para tratar meu megahair e vou muito ao dermatologista para prevenir o envelhecimento da pele. Ainda faço drenagem linfática e sigo uma dieta balanceada receitada por um nutricionista com muita proteína e pouco carboidrato. Como cobro um valor alto, preciso me vestir de acordo. Todo sábado compro peças novas! Gasto R$ 5 mil com estética e R$ 10 mil com roupas e sapatos todo mês!

“Book rosa” é crime comum entre agências

A história da Camila e a da Angel, protagonista da novela Verdades Secretas, se cruzam em vários momentos, como no amor frustrado e na necessidade de dinheiro para sobreviver e ajudar a família. No entanto, a Camila não era menor de idade nem foi enganada pela agência. Segundo ela, as agências não costumam ludibriar as modelos, que sabem o que estão fazendo, mas muitas se forçam a fazer os programas por causa do dinheiro. 

Se a modelo é menor, pena chega a dez anos de prisão

O promotor de justiça Everton Luiz Zanella frisa que se prostituir não é crime, mas agenciar uma pessoa é. “Explorar a prostituição alheia é que é um ato criminoso”, explica. E a pena para quem for pego é de até cinco anos. O agravante da novela é a Angel ser menor de idade: “Aliciar menores é crime contra um vulnerável, a pena prevê até dez anos de reclusão”, diz Zanella. Segundo ele, são poucos os casos de “book rosa” que chegam até à Justiça. “A denúncia vem por parte dos pais ou de meninas que quiseram abandonar e não conseguiram”, explica o promotor.

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