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Pioneiro na luta contra Aids, porque o Brasil está ficando para tráz

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O Brasil está ficando para trás na corrida para frear o avanço da contaminação pelo vírus HIV, o causador da Aids. Segundo o relatório “Como a Aids mudou tudo”, divulgado na terça-feira 14, pela UNAIDS (programa da Organização das Nações Unidas para o combate da doença), enquanto o mundo viu cair 35% o número de novos casos entre 2000 e 2015, o Brasil registrou, no mesmo período, um crescimento na quantidade de novas infecções. Estimativas da entidade apontam que esse total no País girava, em 2000, entre 29 mil e 51 mil. Quinze anos depois, o índice varia entre 31 mil e 57 mil.
A queda de novas infecções de forma geral no mundo é resultado, principalmente, do reforço nos programas de prevenção na África Subsaariana (responsável por 70% dos casos no planeta). Mesmo levando em consideração esse dado, fica evidente o mau desempenho brasileiro na redução das contaminações. Há uma combinação de fatores que leva a essa situação, triste para um País que fez história na luta contra a doença ao ser o primeiro do mundo a oferecer os antirretrovirais de forma gratuita.
Há hoje aqui um motor a alimentar a epidemia longe do desligamento. De acordo com a UNAIDS, o País tem entre 610 mil e 1 milhão de pessoas infectadas. O Ministério da Saúde estima em 734 mil os brasileiros contaminados. Desse contingente, segundo o governo, 417 mil usam os remédios ofertados na rede pública. Portanto, estão com a carga viral mais controlada, o que reduz a chance de contaminarem outros indivíduos. Porém, 167 mil pessoas sabem que possuem a doença mas não procuram tratamento. Outros 150 mil convivem com o vírus e não sabem. Ou seja, estes dois grupos permanecem com o HIV sem controle, o que representa risco elevado de infecção. “Como o vírus demora cerca de cinco anos para se manifestar, muitos não procuram o teste diagnóstico nem os remédios”, diz o infectologista Artur Timerman, autor do livro “Histórias da Aids”, que será lançado na terça-feira, 21. “Enquanto isso, crescem os casos de infecção.”
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Em relação à cobertura dos pacientes que deveriam estar em tratamento, o Ministério da Saúde diz que a média atendida (cerca de 61% da população infectada, de acordo com o órgão) está acima da média global, de 41%. “Mas há um esforço para chegarmos aos 90% antes de 2020”, afirma Fábio Mesquita, diretor do departamento de DST/Aids. Porém, o acesso gratuito aos antirretrovirais não é para todos os pacientes. Até 2013, ele existia apenas para quem apresentava sintomas da Aids (sucessivas infecções) e taxa de CD-4 (célula do sistema imunológico invadida pelo HIV) abaixo de 350 células por mm3. Ou seja, já tinha a imunidade comprometida. Há um ano e meio, o acesso passou a ser permitido também para quem tem CD-4 abaixo de 500 células por mm3 (destruição um pouco menor do sistema de defesa). “O programa deveria ser universal. Não pode haver restrição baseada em número de CD-4 nem de carga viral. Todos devem ser tratados”, diz Timerman.
Atingir os que nem sabem que têm o vírus e também chegar aos grupos nos quais a doença mais cresce atualmente no Brasil é outro desafio ainda não superado. O problema, aqui, é a pouca eficácia das campanhas de prevenção, não efetivas para estimular a população a fazer o teste diagnóstico e tampouco sensibilizar os homens jovens (15 a 19 anos), perfil no qual se verificou um aumento de 53% de novos casos de 2004 a 2013. O dado é de relatório recém-divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, que registrou particular preocupação com o crescimento entre os meninos homossexuais.
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Há consenso entre os especialistas que as mensagens de prevenção chegam pouco a este grupo. “Não sabemos falar com esse jovem”, afirma Georgiana Braga-Oillard, diretora da UNAIDS no Brasil. “Precisamos colocar em prática programas focados de prevenção”, diz. No entanto, não é o que se vê. Desde 2004, foram realizadas 29 campanhas de prevenção. Apenas duas foram direcionadas a homens em geral, três para jovens (homens e mulheres) e três para gays e travestis. “As campanhas no Brasil são generalistas e têm pouca adesão”, considera o infectologista Caio ­Rosenthal, de São Paulo.
O resultado deste descompasso é um peso importante para a adoção, por adolescentes e jovens – homossexuais ou não – de comportamentos de risco, como a prática de sexo sem preservativos, estimulada muitas vezes pelo consumo de álcool, algo também elevado entre essa população. Existe entre os mais novos a falsa percepção de que, com o controle proporcionado pelos remédios, a Aids é uma doença pouco ameaçadora, muito diferente do visto no início da epidemia. “Pacientes jovens que não viram os primeiros casos da doença não têm informações de como era nos anos 1980 e estão tendo relações desprotegidas”, diz Rosenthal. Enquanto isso não for mudado, será difícil fazer a epidemia perder fôlego no Brasil.
Foto: RUBENS CHAVES / AG. ISTOÉ 

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