20 ataques de gangues violentas a pedestres em ruas do Brás, na região central de São Paulo. Três grupos de criminosos agem entre o Largo da Concórdia e a calçada da Avenida Rangel Pestana. Durante o dia, eles tentam ser discretos: pegam tudo da vítima antes que ela perceba. Mas, no fim da tarde, quando começa a escurecer entra em ação o que todos, no Brás, chamam de "Gangue do Gogó.”
Um jovem oriental é cercado. Um dos criminosos dá uma gravata na vítima. Outro dá socos na cabeça dele. Uma mulher de rabo de cavalo ajuda a bater. Depois de apanhar, o rapaz consegue fugir.
Um jovem oriental é cercado. Um dos criminosos dá uma gravata na vítima. Outro dá socos na cabeça dele. Uma mulher de rabo de cavalo ajuda a bater. Depois de apanhar, o rapaz consegue fugir.
Outro jovem é parado na calçada e tenta escapar. É pego de novo, deitado no chão e agredido por vários ladrões que levam tudo o que conseguem pegar. O jovem vai embora atordoado. Em menos de dez minutos, mais pessoas são cercadas e roubadas do mesmo jeito.
No Brás, os roubos acontecem de outras formas, ainda mais absurdas. Um homem é obrigado a entregar a televisão que tinha acabado de comprar. Não dá para descuidar: a qualquer momento, um criminoso pode aparecer, escalar a janela e pegar o celular de quem ia para casa sentado no ônibus.
No Largo da Concórdia, um rapaz deitado no chão apanha de vários homens. São muitos socos, chutes e golpes na cabeça. O espancamento só para quando duas mulheres resolvem ajudar. O rapaz se levanta, cai de novo, leva mais chutes e sai atordoado, carregando uma sacola vazia.
No instante seguinte, parece que nada tinha acontecido. Mas, do outro lado da praça, outro grupo se prepara para espalhar o terror. O fã do Messi, de camisa listrada e o ladrão de camisa vinho estão a postos. É só atravessar a rua e eles começam a atacar . O de camisa da argentina tenta tirar a carteira de um idoso e não consegue . O ladrão, de camiseta vinho, pega uma carteira. Tudo acontece no meio das lonas do comércio clandestino, abertas no chão.
Em outra cena, o homem que passava pela calçada é bloqueado. Tem ladrão na frente, ladrão atrás, e dos lados. São oito prensando uma única vítima eles enfiam a mão no bolso, tentam pegar qualquer coisa. No empurra-empurra, o homem consegue escapar.
Agora o grupo inteiro de ladrões cerca, tenta roubar e bate em um jovem entre os camelôs. Quando o clima esquenta o bando se afasta. Vai roubar ao lado do viaduto Rangel Pestana. Mais gente vai ficar sem o celular ou a carteira . E se alguém toma as dores da vítima, o bando parte para a briga.
Uma quadrilha se afasta e o calçadão da Rangel Pestana é ocupado por outra. Agora, quem entra em ação são as mulheres do crime. Elas saem atrás de senhoras que fazem compras. E tentam abrir bolsas sem chamar a atenção. O crime para por alguns minutos quando policiais militares passam a pé. Ou, quando alguém liga para o 190. Mas é só a policia ir embora que os bandidos voltam a agir.
Idosos também são atacados. Um deles percebe que alguém tira a carteira do bolso dele e segura a mão do homem de camisa vinho. Para despistar, o ladrão aponta para a frente. A carteira roubada aparece no chão. O dinheiro já tinha ido embora.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que as polícias intensificaram as ações na região do Pari no primeiro semestre, o que aumentou as prisões em 18%. E os roubos caíram 18,6%. A Secretaria da Segurança também disse que a PM vai redirecionar mais patrulhamento para os locais mostrados na reportagem.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que as polícias intensificaram as ações na região do Pari no primeiro semestre, o que aumentou as prisões em 18%. E os roubos caíram 18,6%. A Secretaria da Segurança também disse que a PM vai redirecionar mais patrulhamento para os locais mostrados na reportagem.
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