Pular para o conteúdo principal

Brisbane, uma Austrália para os brasileiros

Crédito: Shutterstock

A cidade de Brisbane, na região centro-norte da Austrália, é a terceira mais populosa do país, atrás de Sydney e Melbourne, mais ao sul. São 1,8 milhão de habitantes. Moderna, cheia de arranha-céus e de vida cultural agitada, a capital do Estado de Queensland é uma potência econômica e cultural do leste de um país quase despovoado em seu imenso interior. Isso porque a Austrália, com o sexto maior território do mundo e dona da 13ª maior economia global, é habitada por apenas 24 milhões de pessoas, das quais 80% estão concentradas nas regiões de litoral. É como se o Brasil, em vez de 207 milhões de habitantes, tivesse apenas 25 milhões, ou seja, quase oito vezes menos. Não por acaso, a história desse país é plena de corridas em busca de estrangeiros. A mais recente mira o Brasil. Os australianos estão abrindo as suas portas ao País para atrair investimentos. “A Austrália é uma grande oportunidade de negócio”, diz o executivo Eduardo Lima, sócio e CEO da Millenium Bioenergia, empresa que investe no setor sucroenergético, na produção de açúcar e etanol de cana-de-açúcar e de milho, mais seus subprodutos. No Brasil, a empresa tem um projeto de construção de uma usina de etanol de milho em Mato Grosso, na região de Sinop, e nos Estados Unidos, no Estado da Flórida.



Tony Waltham e Mark Kolbe/Getty Images

A Millenium acaba de concluir um estudo e já busca parceiros para investir US$ 110 milhões na construção de uma usina para processar etanol na região de Brisbane. A aposta não acontece por acaso. A economia do país dos cangurus, animal nativo que não anda para trás, há 25 anos não sabe o que é recessão. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB), foi de US$ 1,25 trilhão e para este ano a estimativa é de US$ 1,34 trilhão. O país é rico em minério de ferro, carvão e gás natural, mas o agronegócio é um setor pujante, embora seja de clima muito seco e enfrente frequentes intempéries. Como ocorreu com os criadores de gado, que abateram em números recordes após uma seca entre 2014 e 2016, provocada pelo fenômeno El Niño. Mesmo assim, em 2015 as exportações de carne bovina renderam ao país US$ 3,6 bilhões. Mas com um diferencial em relação ao Brasil, mesmo com contratempos. A Austrália vende com valor agregado para países que pagam por qualidade, como o Japão e os Estados Unidos. Enquanto o Brasil comercializava a tonelada de carne bovina pela média de US$ 4 mil, o produto australiano era vendido acima de US$ 9 mil.

Outros produtos, como trigo, também tem peso na balança, com US$ 4,4 bilhões. A Austrália exportou o equivalente a US$ 188,4 bilhões em 2015 e a China tem sido o principal destino da produção agrícola do país. Esse comércio bilateral tem gerado


Produção primária: na região norte da Austrália, de acordo com o governo, há vastas extensões de terras agricultáveis. A região é propícia para o cultivo da cana-de-açúcar, como já ocorre em projetos no Estado de Queensland, e também para a criação de gado. A exportação de carne bovina está entre os principais produtos de sua balança comercial (Crédito:Tony Waltham e Mark Kolbe/Getty Images)
Tony Waltham e Mark Kolbe/Getty Images
negócios da ordem de US$ 6,4 bilhões, em média, por ano. A logística é o seu principal atrativo. São apenas seis horas de distância, enquanto do Brasil para a China uma carga pode levar dias. Não por acaso, a China recorreu aos australianos quando o escândalo da Operação Carne Fraca fez com que as portas do Brasil fossem fechadas a este mercado. Além da proximidade com os chineses, a Austrália possui acordos de livre comércio com quase todas as nações da Ásia e do Pacífico, exceto com Hong Kong.


Nos últimos anos, para diversificar a presença de investidores no país, o governo australiano tem olhado para além desses tratados. E vem colocando de pé uma reforçada estrutura de apoio à disposição de quem quiser cultivar lavouras ou manter um rebanho de gado no país. O governo concede incentivos e facilidades de negócio com fundos de investimento, compra de terras liberada, além do investimento na infraestrutura de uma região na qual o agronegócio pode deslanchar. Os Estados de Queensland, Austrália do Norte e metade da Austrália Ocidental representam 40% da área total do país, possuem 17 milhões de hectares de solo agricultável e detêm 60% das reservas de água da Austrália. De acordo com Tony Eyres, especialista sênior de investimentos da Agência de Promoção de Comércio e Investimento do Governo Australiano (Austrade), nessa região o governo pretende investir US$ 3,7 bilhões em infraestrutura até 2020. O valor é parte de um plano para os próximos 20 anos, destinado ao agronegócio, e que vem sendo apresentado pelo governo desde 2015 para atrair capital internacional. “Esse aporte pode se traduzir em portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, para facilitar as exportações”, afirma Eyres, que esteve em São Paulo no mês passado. Esta foi a quinta vez que o executivo desembarcou no País. “As empresas brasileiras podem aproveitar esse planejamento para fazer como no Brasil, com a migração de produtores do Sul para o Centro-Oeste e Norte do País, e levar inovação e conhecimento para nossa produção.”


No caso da Millenium Bioenergia, o projeto é processar milho importado e cultivar cana-de-açúcar em 4 mil hectares, em parceria com os produtores locais. A tecnologia para impulsionar a produtividade terá o apoio da israelense Netafim, que também atua no Brasil, para que todos os projetos sejam irrigados. A meta é produzir 700 mil toneladas de cana-de-açúcar, ou seja, 140 quilos por hectare. “A produtividade beira o dobro do que temos no Brasil”, afirma Lima. “No País, precisaríamos de sete mil hectares para produzir a mesma tonelagem de cana-de-açúcar do que na Austrália.” A empresa também vai contar com a ajuda do governo australiano na indicação de financiamentos. Do total necessário para o projeto, Lima quer captar cerca de US$ 37 milhões, valor equivalente a um terço do montante, por meio de fundos de private equity. “Pretendemos obter esses recursos por meio de fundos e já temos um acordo prévio com duas entidades australianas”, afirma Lima. Um deles é o Clean Energy Finance Corporation (CEFC), com caixa de cerca de US$ 80 milhões para investir em agricultura e mineração. O CEFC tem participação do fundo inglês Foresight Group, gestor de uma carteira de E 2,8 bilhões.



“A Austrália é uma grande oportunidade de negócio” Eduardo Lima,CEO da Millenium Bioenergia
Outro brasileiro de olho no mercado australiano é Erasmo Batistella, CEO da BSBios e presidente da , empresa gaúcha que processa 216 milhões de litros de biodiesel a partir de soja, no município de Passo Fundo, e que fatura cerca de R$ 2 bilhões por ano. “Acredito que a Austrália seja um complemento ao Brasil”, afirma o executivo. “O conhecimento brasileiro em biocombustíveis e produção de alimentos pode ajudar muito nos negócios com esse país.” Além da BSBios, Batistella está à frente da Holding RP, por meio da qual avalia a possibilidade de realizar investimentos e também é presidente da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), entidade que representa 11 usinas no País. “Hoje, a Austrália é sim uma oportunidade”, diz ele.

Comentários

ᘉOTÍᑕIᗩS ᗰᗩIS ᐯISTᗩS

URGENTE: Morre humorista Batoré em SP

  Nesta segunda-feira, 10, a luta do humorista Batoré contra o câncer chegou ao fim. Ivanildo Gomes Nogueira, o histórico comediante da "A Praça é Nossa" Batoré, infelizmente faleceu. O humorista nasceu em Pernambuco e se mudou para São Paulo ainda criança. Antes de se tornar ator, jogou futebol nas categorias de base em times paulistas. Fez história e marcou época na TV Brasileira. Na web, internautas estão lamentando a morte do artista e desejando conforto aos familiares. fonte: Jornal da Cidade online

Prepare o seu bolso, gasolina sobe no próximo domingo 1º de fevereiro

A tributação sobre os combustíveis será elevada a partir deste domingo (1º), conforme o decreto presidencial publicado no "Diário Oficial da União". Segundo o Fisco, o impacto do aumento será de R$ 0,22 por litro para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. O governo espera arrecadar R$ 12,18 bilhões com a medida em 2015. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sindipetro), José Alberto Paiva Gouveia, afirma que a expectativa é que as distribuidoras repassem o valor total da cobrança aos postos já a partir de domingo. "Se elas repassarem, vamos elevar os preços integralmente já no domingo, porque senão já não teremos margem para comprar mais combustíveis na segunda-feira", explica o executivo. O Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) informou que a decisão de repassar ou não o aumento é de cada distribuidora, não havendo posicionamento oficial do...

Homenagem a Chapecoense direto da Colômbia na íntegra, assista

fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0cT2w8K6UF4

AO VIVO - TV Senado - Assista à nossa programação - 24/07/2017

fonte: youtube

Novo Cruze x Sentra x Focus Fastback x Corolla, supercomparativo sedãs médios

Se o ano passado foi dos SUVs compactos, 2016 ficará marcado pela estreia de novos sedãs médios no mercado brasileiro. E isso acontece justamente numa época em que o Corolla nada de braçada no mercado, chegando a vender mais que os concorrentes somados. Pois a GM já trouxe o novo Cruze para a briga, e ele chega mais forte do que nunca – literalmente, por conta do motor turbo. Por sua vez, a Nissan deu uma repaginada no Sentra e aproveitou para rechear seu sedã com equipamentos. Em breve vem mais: no fim de julho chega o novo Honda Civic e, um pouco depois, a nova geração do Hyundai Elantra. Mesmo ainda aguardando o Civic, a estreia do Cruze merecia uma recepção de gala. Por isso, nós do CARPLACE  escalamos nada menos que o líder Corolla, o renovado Sentra e a referência em dinâmica Focus Fastback para um encontro com a novidade da Chevrolet. Todos na versão topo de linha, com preços variando entre R$ 96 mil e R$ 107 mil. Qual deles é o sedã médio ...

Renault Kardian é o Carro do Ano 2025

O   Renault Kardian  é o grande vencedor do  Carro do Ano 2025 . O modelo concorreu contra   BYD Dolphin Mini ,   Citroën Basalt ,   Hyundai Creta   e   Peugeot 2008   na categoria principal da premiação mais importante da indústria A 58ª edição do Carro do Ano contou ainda com   outras seis categorias de carros e três de motores . Os   finalistas do prêmio   foram escolhidos por indicação direta de 26 jurados especialistas no segmento, seguindo os critérios de modelos pré-finalistas classificados pelo Comitê Gestor. O   limite foi de cinco finalistas por categoria , e apenas um modelo por marca pode ser classificado em uma mesma classe,   conforme previsto no regulamento . Vale lembrar que a auditoria do Carro do Ano 2025 foi feita pela   EY .  automotiva brasileira. Essa é a primeira vez que a   Renault   — e uma fabricante francesa — vence o prêmio.  O   Renault Kardian é o grande venc...

Executivo da Chevrolet confirma, Novo Cruze Hatch estréia no Salão de Automóvel

Confirmada a estreia da nova geração do Cruze no Brasil para junho (a apresentação na Argentina já aconteceu), as atenções se voltam agora para o lançamento da versão hatchback. Em entrevista concedida ao site  Auto Blog Argentina , Ignacio Pierrez, executivo da Chevrolet no país vizinho, adiantou que a chegada do modelo ao mercado acontecerá poucos meses depois da carroceria sedã. De acordo com Pierrez, a apresentação pública da novidade será durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro. Apresentado na edição deste ano do Salão de Detroit, o Cruze Hatch chama atenção nesta segunda geração pela pegada esportiva e jovial do visual. Internamente terá o espaço interno como grande atrativo, mantendo os 2,70 metros de entre-eixos do sedã e tendo capacidade para acomodar 524 litros (padrão norte-americano). O modelo também herdará do sedã a lista de equipamentos bem recheada, que deve incluir MyLink II, sistema de estacionamento automático, Start/Stop e o...

Confusão em baile funk termina com nove mortos em Paraisópolis

Um baile funk em Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo, terminou ao menos com nove pessoas mortas, após um tumulto na madrugada deste domingo (1º), com a chegada de policiais militares que perseguiam suspeitos na região. Entre as vítimas, uma mulher e oitos homens - dois deles de 16 anos. A polícia diz que não houve disparo de arma de fogo pelos policiais.  De acordo com a corporação, policiais do 16º Batalhão Metropolitano que faziam patrulhamento na Operação Pancadão no bairro reagiram após dois homens em uma moto efetuarem disparos de arma de fogo.  Houve perseguição e os agentes, que também estavam de moto, seguiram os homens até o baile funk que acontecia na comunidade e reunia, por volta das 4h, cerca de 5.000 pessoas. A PM afirma que os criminosos continuaram atirando enquanto fugiam.  Ainda de acordo com a PM, frequentadores do baile funk atiraram objetos, como pedras e garrafas nos policiais, que solicitaram reforço à Força T...

Quanto é o salário de engenheiros, técnicos, mecânicos e outros funcionários da F1, confira

Quando se fala em salários da Fórmula 1, você logo pensa nas cifras milionárias recebidas pelos pilotos. Caras como Hamilton, Vettel e Alonso chegam a ganhar mais de 15 milhões de euros por temporada, mas pouco se sabia sobre os salários pagos aos funcionários mais mundanos da categoria, como mecânicos e engenheiros de pista. Ao menos até agora. Cada equipe de Fórmula 1 emprega, em média, 90 pessoas, divididos em funções técnicas e administrativas. Da secretária aos motoristas de caminhão, passando por mecânicos, gerentes de marketing e engenheiros de pista, os salários são pagos de acordo com o nível de responsabilidade da função, como em qualquer empresa “comum”. O  site esportivo Marca , da Espanha, conseguiu reunir o  salário anual  médio das equipes intermediárias da Fórmula 1 como Lotus e Force India. Segundo a lista dos espanhóis, os salários das funções administrativas são: Gerentes de Contas Publicitárias — 70.000 euros Assistente de Conta — 50.000 euros...

Cansou do Facebook? 50 outras redes sociais que estão bombando

  "Ninguém mais vai àquele lugar. É muito lotado.” A frase célebre, dita pelo jogador de beisebol Yogi Berra sobre um restaurante badalado de Saint Louis, nos Estados Unidos, sintetiza um comportamento típico do ser humano. Gostamos de estar na moda e de frequentar ambientes descolados. Quando todos descobrem a novidade, o prazer de estar lá perde a graça e sentimos que precisamos descobrir novos lugares. Chegar antes da multidão é muito mais divertido do que fazer parte dela. A regra de Yogi Berra vale também para o mundo virtual. Nos anos que se seguiram à fundação do Facebook em Harvard, em 2004, não havia lugar mais legal na internet. Todos queriam descobrir o que fazia a cabeça dos universitários americanos. Hoje, é difícil pensar num site mais banal. Os jovens de Harvard foram seguidos por crianças e adolescentes de todas as partes do mundo, que volta e meia esbarram em seus pais e avós na mesma rede. Ter um cadastro no Facebook não diz absolutamente nada sobre a pe...