Um grupo de aproximadamente 200 manifestantes adeptos da tática "black bloc" lançam pedras contra a Editora Abril, em protesto em frente à sede da empresa, em São Paulo. A polícia respondeu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. A Abril publica a revista "Veja", que estampou em sua capa da semana passada uma reportagem sobre o movimento "black bloc" no mundo.
O confronto começou quando uma pedra foi lançada contra jornalistas que acompanhavam o ato. Outras pedras atingiram carros da Polícia Militar e um portão do prédio. A PM usou bombas para dispersar o grupo, que, durante a fuga, apedrejou a loja Castelatto, na marginal Pinheiros.Um participante do protesto foi detido na avenida Frederico Herman Jr. Um cinegrafista foi agredido por um policial militar. "Eu estava filmando um rapaz e o PM me atingiu com o cassetete", disse Paulo Ishizuka, 23, da Mídia Ninja.

Antes de chegar à sede da editora --localizada na marginal Pinheiros-- às 20h20, os participantes do protesto cercaram um segurança da loja de carros importados Mini, na avenida Eusébio Matoso. O vigilante ameaçou sacar o seu revólver 38 mas foi impedido por PMs.
O grupo, que saiu do largo da Batata, queimou exemplares de "Veja" na portaria lateral da empresa, na rua Sumidouro.
Após sair do largo da Batata, os "black blocs" ocuparam a avenida Brigadeiro Faria Lima, seguiram pela avenida Eusébio Matoso e entraram na marginal. Enquanto se deslocavam, estavam cercados por policiais militares de moto e foram acompanhados pelo helicóptero Águia da PM. A marginal está bloqueada no sentido que vai à Osasco.
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