GM SJC: Depois do sucesso do Corsa Wind em seu lançamento em 1994, e outros modelos produzidos, MVA apaga a luz, e agora PSTU / CONLUTAS ?


O Chevrolet Corsa foi lançado no país em 10 de janeiro de 1994, com as formas da 2ª geração do Opel Corsa alemão. O modelo veio para cá com a importante missão de substituir oChevrolet Chevette, o que conseguiu com muito mais sucesso do que o esperado, pois no segundo ano de sua produção já era líder de mercado em seu segmento. Na época, foi uma inovação no segmento dos carros pequenos, pois trouxe um projeto moderno, com linhas arredondadas e acréscimos em termos de segurança e mecânica: na versão Wind 1.0 foi o primeiro carro popular com injeção eletrônica de combustível.
No início, o carro contava com as versões Corsa Wind 1.0, Corsa Wind Super 1.0, Corsa GL 1.4 e Corsa GSi 1.6 (16 válvulas).
Com o tempo, a versão GL ganhou o acréscimo do motor 1.6 (8 válvulas), aposentando o propulsor 1.4 e surgiu mais uma opção de carroceria, com 5 portas. A versão GSi foi descontinuada, em função das poucas vendas (e do alto custo de produção) e a versão Wind Super foi renomeada para Corsa Super.
Em seguida, a 1ª geração do Corsa nacional originou o Corsa Pickup, com motorização 1.6. Posteriormente, o Corsa originou a linha Corsa Sedan, para a linha 1996, e a Corsa Wagon (modelo Station Wagon), em 1997, que ofereciam os motores 1.0 (a partir de 1998) e 1.6.
Enquanto em 2000 para 2001 a 3ª geração do Opel Corsa alemão entrava em produção na Europa, o Corsa brasileiro seguia em produção no Brasil, com uma leve renovação no estilo, conhecida como "bolha" em todas as suas versões.
Em 2002, o carro recebeu sua primeira grande remodelação, acompanhando o estilo ditado pela versão alemã, porém, com retoques no capô, traçados pelos engenheiros da Chevrolet brasileira, com carroceria única de 5 portas no modelo hatch. Uma das novidades era o teto solar e os três cintos traseiros de três pontos - o primeiro já está "aposentado". Outra novidade logo aposentada por insucesso foi o sistema Autoclutch, com câmbio manual que dispensava o pedal da embreagem, disponível somente para as versões 2002 commotor de 1.0 litro.
Como antes, o carro contava com motor 1.0, tendo sido acrescentada a opção de propulsor de 1.8 litro, originando-se e substituindo o antigo 1.6, este última continuaria na Linha Classic até 2005. Novamente, o Corsa dá origem a uma família de modelos, que inclui um monovolume, a Meriva, o sedan de 4 portas e uma picape com nome próprio, a Montana. Desses modelos, somente o acompanhou o hatch em todas as motorizações. A Meriva e a Montana são oferecidas com motorização 1.8. A geração anterior do Corsa foi renomeada para Chevrolet Classic e continua sendo produzida com carroceria sedan e motorização 1.0.
A linha Corsa 2008 traz a inovação da motorização 1.4 e 1.8, bicombustível Flexpower. Essa novidade afeta a linha Corsa, Corsa Sedan e picape Montana. Em 2009, a motorização 1.0 (79cv) - o mais potente do mundo até hoje - sairá de linha, com o objetivo de deixar o Corsa na categoria "Compacto Premium", deixando o Celta dominar o seguimento de compactos até 1000cc (centímetros cúbicos, cm³ na medida brasileira). Três meses depois, o propulsor motor 1.8 (114cv) também deixa de ser fabricado, indicando o fim próximo do Corsa, já que manteria apenas o motor 1.4 até a chegava de um novo modelo do Projeto Viva, denominado de Chevrolet Agile.
Em 2010, o Chevrolet Classic foi renovado, fazendo com que o Corsa de 1ª geração deixasse de existir, apesar do novo modelo (antigo Sail chinês) utilizar a mesma plataforma do sedan fabricado em 1996. O modelo deixou de ser fabricado na Argentina e o modelo sedã se despediu do Brasil no final de 2011.
Em 26 de julho de 2012, a versão hatch deixou de ser produzida, encerrando a era Opel (Astra, Corsa, Meriva, Zafira e Vectra) no Brasil.
Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1995 e de 1996.
GM exclui de novos projetos unidade de São José dos Campos em 2008
Falta de acordo com o sindicato, ligado à central Conlutas, é mais uma vez o motivo do isolamento da fábrica
A General Motors deve reduzir drasticamente a produção de veículos em São José dos Campos (SP) e manter, a partir de 2013, apenas as linhas da picape S10 e do utilitário Blazer, além das unidades de componentes. A empresa confirma não ter, no momento, nenhum projeto de carro novo para a unidade, que deve também cortar quadro de pessoal, de cerca de 7 mil pessoas hoje.
O novo plano de investimento do grupo para 2013-2018, a ser anunciado nos próximos meses, também pode deixar de lado a fábrica inaugurada há 53 anos. Já as unidades de São Caetano do Sul, no ABC paulista, e Gravataí (RS) têm sido contempladas com novos projetos, alguns antes previstos para São José.
Mais uma vez, o motivo de isolar essa filial é a falta de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, ligado à central Conlutas. "Desde 2008, quando fechamos acordo que garantiu a produção da nova S10, não conseguimos mais negociar com o sindicato", diz o diretor de assuntos institucionais da GM, Luiz Moan.
Esse projeto resultou em investimento de R$ 800 milhões em São José e inclui a produção, em breve, da nova Blazer.
Segundo Moan, o sindicato não aceita flexibilizar as relações trabalhistas, como adotar o banco de horas. "Com isso, todos os produtos foram alçados para outras fábricas, onde estamos até mesmo contratando."
Radicalismo do Sindicato PSTU/CONLUTAS
No fim de semana, a GM fez um "feirão de empregos" em Gravataí para a contratação de 250 funcionários. Segundo Moan, 550 pessoas entregaram currículos. O grupo também iniciou algumas contratações para a fábrica de motores que está construindo em Joinville (SC). Luiz Carlos o Mancha, radicalismo em 2008,contribuiu para o fim do MVA...
A unidade de São Caetano, que opera em três turnos, recebeu três projetos - Cobalt, Cruze e, na semana passada, o Spin, que vai substituir a Zafira e a Meriva, ambas feitas em São José. No momento, a fábrica produz uma série especial de despedida desses automóveis.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antonio Ferreira de Barros, diz que a GM pretende fechar o setor conhecido como MVA, onde também são feitos Classic - cuja produção deverá ser concentrada em Rosário, na Argentina - e Corsa, que será substituído pelo projeto Ônix, com produção em Gravataí.
"A GM recebe incentivos do governo brasileiro, mas vai demitir aqui e gerar empregos na Argentina", reclama Barros. Segundo ele, se a produção do Classic fosse concentrada em São José, os 1,5 mil postos de trabalho que podem ser fechados com o fim do MVA seriam salvos.
Desde junho, a GM abriu dois programas de demissão voluntária em São José. No primeiro, obteve 189 adesões. O segundo foi encerrado ontem e ainda não há dados, mas Barros afirma que será bem maior que o anterior. / C.S.

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