Pular para o conteúdo principal

COMPORTAMENTO: UM PROJETO CHAMADO "HOMEM"

"Violência," a rotina do bicho homem


 


Existe uma crescente onda de violência explícita e gratuita entre os seres humanos, sejam eles de qualquer classe social, que vivem no Brasil ou em qualquer parte do planeta. Esqueçamos o que muitos sociólogos e antropólogos do passado comparavam a pobreza, miséria e ignorância como sendo um produto das classes menos favorecidas. Estamos falando aqui, da violência que um indivíduo pode proporcionar ao outro e aí entramos na questão do individual e não de classes sociais. Isto é o que esse singelo artigo vai alertar.

Estamos nos acostumando cada vez mais com a violência que é praticada nos grandes centros urbanos. Tanto que assistimos a filmes e seriados de TV que retratam essa realidade e já não estamos mais nos assustando com isso. Pelo contrário, virou uma diversão com direito a poltrona e pipoca e bilheterias milionárias. Com exceção do dia em que fui ver o filme Cidade de Deus, onde uma mulher de classe média cochichou para a outra que “o filme é muito violento, a realidade não é desse jeito”. Quer dizer, ela achou o filme uma pura ficção, totalmente fora, da realidade em que ela vivia. Fora esse caso, creio que já estamos nos acostumando com essa realidade, retratada em filmes como Cidade de Deus, Carandiru e o seriados como Cidade dos Homens e Turma do Gueto.

Não estou aqui desmerecendo essas produções que, pelo contrário, são muito bem produzidas e tem até um caráter social de passar algum tipo de mensagem para a população. Porém a mídia está se aproveitando desse momento, dessa espetacularização da miséria e da violência, ganhando dinheiro a torto por aí. Como se já não bastasse os diversos programas de ridicularização da pobreza como Ratinho, Hora da Verdade, Brasil Urgente, Cidade Alerta e muitos outros que nem vale a pena comentar. 

O que está acontecendo é justamente a “normalização da violência”. 

É “normal” jovens e crianças assaltando em faróis da cidade. É “normal” cada vez mais jovens morrendo cada vez mais cedo por causa do tráfico de drogas. É “normal” assistirmos lutas de gangues em bailes funk. É “normal” vermos mendigos e miseráveis nas ruas de São Paulo. É “normal” o desemprego mundial porque faz parte do capitalismo. É “normal” existir ricos e pobres. 

Ao contrário do que muita gente imagina alguns casos de violência entre os jovens nem sempre são exclusivamente de classes pobres. Também percebemos que a cada dia surgem casos e mais casos de pessoas moradoras de bairros nobres e com uma vida privilegiada, porém também costumam aparecer nas manchetes de jornais. 

Podemos observar isso em certos grupos de jovens de classe média, que geralmente nunca andam sozinhos, são anabolizados e andam quase sempre com algum cachorro pitbull ou rotweiller ao seu lado para mostrar a sua virilidade. A única busca pelo prazer desses jovens é ir de encontro a outros grupos com o intuito de simplesmente entrar em alguma confusão, seja na porta de bares, danceterias, academias ou mesmo próximos às escolas. Apelidados geralmente de pitbulls ou bad boys, esses rapazes, em forma de gangues, buscam incessantemente uma boa briga para colocar seus dotes físicos e marciais à mostra para a sociedade. Da mesma maneira que existem gangues em periferias, também há formação de gangues em grupos que simplesmente levam uma vida financeira que não podem reclamar. É “normal” a formação desses grupos nos dias de hoje. 

Atualmente, não são apenas os jovens da periferia que são associados à violência social-urbana. A burguesia também participa dessa violência explícita, muitas vezes sem nenhum motivo aparente ou mesmo por motivos banais. Logicamente existem boas razões como dinheiro para drogas ou mesmo por problemas familiares que mexem com o psicológico desses jovens. Mas uma coisa é certa, seus crimes são tão hediondos quanto os dos menos favorecidos. Isso está ficando uma coisa “normal”.

Veja os casos como os rapazes de Brasília que atearam fogo em um índio. Também já foi notificado em outros estados casos parecidos, porém ateando fogo em mendigos. Jovens que matam familiares por causa de drogas. Jovens que matam por um amor doentio não correspondido. Jovens que matam ou se suicidam, pasmem, porque não passarem no vestibular. Jovens que espancam seus pais e avós por motivos insignificantes. Jovens que entram em um cinema, em uma escola e saem atirando pra todo lado como se fosse um jogo de Counter Strike ou Doom. 

E, como podemos acompanhar em diversos artigos e noticiários, esse não é um problema exclusivamente nacional e sim mundial. Porém o que geralmente é divulgado na mídia, é o assassinato de jovens de classe média alta em nossa sociedade. A mídia faz estardalhaço quando esses jovens morrem brutalmente, mas se esquecem que, diariamente, jovens da periferia são mortos também. O que dá mais Ibope e maior repercussão nacional? O que choca mais a população, rendendo semanas seguidas de noticiários? A morte de jovens de classe mais favorecida muitas vezes rende várias passeatas e manifestações a favor da paz, e, contraditoriamente, por outro lado, também rende mais e mais adeptos do não-desarmamento da população. Alegam que armas são para se defenderem desses criminosos. Ou seja, é a violência gerando cada vez mais violência. 

E estou falando de jovens em qualquer parte do mundo independente de sua classe social. Há toda uma cultura da violência em escala mundial que simplesmente não está relacionada somente à pobreza, ao preconceito racial, a problemas familiares, ao desemprego. Eu, como um cientista social, é difícil afirmar, mas os problemas sociais apesar de tudo estão se tornando problemas individuais. O social está dando lugar ao individual. 

Estamos assistindo a uma verdadeira individualização do ser humano em escala mundial. A humanidade está ficando mais individualista, mais grosseira, menos civilizada. Cada qual procurando cuidar do seu umbigo. Esse é o legado do capitalismo, cuidar de si próprio pra depois tentar se preocupar com os outros. Enriqueçam primeiro e depois, talvez, sobre algum dinheirinho para ajudar os pobres, seja na forma de doações em campanhas milionárias televisivas, seja em caridades para Ongs e entidades filantrópicas. 

Apesar dessa propensão do ser humano a fazer caridades eventualmente, as pessoas estão cada vez mais com medo. Medo de perder o emprego, medo de serem assaltadas. Medo de perder a mulher ou marido. Medo da vida, medo da morte. Esse medo gera insegurança, essa insegurança gera uma maior individualidade. Essa individualidade gera a competição. 

Assim, o nosso colega de trabalho é nosso inimigo, o nosso vizinho é nosso inimigo. Todos lutam contra todos e quem for o melhor vence. Só os mais fortes sobrevivem nesse darwinismo social. 

Essa competição é também comumente travada em grandes e pequenas empresas onde impera a individualização exarcebada. Não existe espaço para todos prosperarem como é vendida a imagem de um sistema democrático (para todos) no sistema capitalista. Portanto somente alguns sobrevivem, restando aos demais o emprego informal, o desemprego e mais tarde a miséria propriamente dita. Esse é o tipo de violência mais visto hoje em dia, porém tratado de uma maneira adocicada e mascarada pela mídia e grandes corporações. É “normal” alguém ficar sem emprego no sistema capitalista. Se você não consegue algum tipo de trabalho é sinal que você é um incompetente e não está preparado para o mercado de trabalho. Você é um perdedor. 

Assim, a violência pode ser expressa de várias maneiras. Seja ela física, urbana, doméstica, psicológica, política ou social. Mas uma coisa é certa, a violência está crescendo de tal maneira em todas suas denominações tornando-se um fator comum, virando um caso de normalidade em nosso cotidiano. A violência tornou-se comum, banal. 

Nós, seres humanos, tornando-nos mais e mais individualistas perdemos nossa noção de sensibilidade quando deparamos com a violência veiculada nos jornais e tevês. A tragédia já não nos choca tanto. Um crime se torna banalidade do dia a dia. A guerra vira apenas uma mera contagem estatística de mortos e feridos. Uma simples cena de amor numa novela nos faz chorar muito mais que centenas de mortos todos os dias nos noticiários. 

Esse individualismo exagerado gera medo entre as pessoas. Esse medo faz com que elas se tranquem em seus condomínios, em seus bairros, em suas casas. 

A tecnologia nesse caso, auxilia essas pessoas a se trancarem em seus domicílios, através da internet, celular, TV a cabo, videogames e computadores. O indivíduo, ao invés de gerar as relações sociais pessoalmente, como vem sendo feito há séculos, ele dispõe de tecnologias no qual ele possa fazer essa sociabilização a partir de sua própria residência. Ele se distancia e ao mesmo tempo quer interagir com os outros, porém, o medo e a insegurança que são geradas pela violência, o impedem de viver em sociedade nos moldes antigos. 

Assim, esses indivíduos que geram violência, colaboram explicitamente para a própria reclusão do ser humano, tornando uma sociedade individualista e receosa de sua própria humanidade. TEXTO FONTE MARCELO RICARTE



O Último Julgamento

Milionário e José Rico




Senta aqui neste banco, pertinho de Mim, vamos conversar.
Será que você tem coragem de olhar nos meus olhos, e Me encarar?
Agora chegou sua hora, chegou sua vez, você vai pagar.
Eu sou a própria verdade, chegou o momento, Eu vou te julgar.
Pedi pra você não matar nem para roubar, roubou e matou.
Pedi pra você agasalhar a quem tem frio, você não agasalhou.
Pedi para não levantar falso testemunho, você levantou.
A vida de muitos coitados você destruiu, você arrasou.
Meu Pai te deu inteligência para salvar vidas, você não salvou.
Em vez de curar os enfermos, armas nucleares você fabricou.
Usando sua capacidade, você destruiu, você se condenou.
A sua ganância foi tanta que a você mesmo você exterminou.
O avião que você inventou foi para levar a paz e a esperança.
Não pra matar seu irmão nem para jogar bombas nas minhas crianças.
Foi você quem causou essa guerra, destruiu a terra de seus ancestrais.
Você é chamado de homem mas é o pior dos animais.
Agora que está acabado pra sempre vou ver se você é culpado ou inocente.
Você é um monstro covarde e profano, é um grão de areia frente ao oceano.
Seu ouro falou alto, você tudo comprou. Pisou nos Mandamentos que a Lei Santa ensinou.
A Mim você não compra com o dinheiro seu. Eu sou Jesus Cristo, o filho de Deus.

Comentários

ᘉOTÍᑕIᗩS ᗰᗩIS ᐯISTᗩS

URGENTE: Morre humorista Batoré em SP

  Nesta segunda-feira, 10, a luta do humorista Batoré contra o câncer chegou ao fim. Ivanildo Gomes Nogueira, o histórico comediante da "A Praça é Nossa" Batoré, infelizmente faleceu. O humorista nasceu em Pernambuco e se mudou para São Paulo ainda criança. Antes de se tornar ator, jogou futebol nas categorias de base em times paulistas. Fez história e marcou época na TV Brasileira. Na web, internautas estão lamentando a morte do artista e desejando conforto aos familiares. fonte: Jornal da Cidade online

Prepare o seu bolso, gasolina sobe no próximo domingo 1º de fevereiro

A tributação sobre os combustíveis será elevada a partir deste domingo (1º), conforme o decreto presidencial publicado no "Diário Oficial da União". Segundo o Fisco, o impacto do aumento será de R$ 0,22 por litro para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. O governo espera arrecadar R$ 12,18 bilhões com a medida em 2015. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sindipetro), José Alberto Paiva Gouveia, afirma que a expectativa é que as distribuidoras repassem o valor total da cobrança aos postos já a partir de domingo. "Se elas repassarem, vamos elevar os preços integralmente já no domingo, porque senão já não teremos margem para comprar mais combustíveis na segunda-feira", explica o executivo. O Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes) informou que a decisão de repassar ou não o aumento é de cada distribuidora, não havendo posicionamento oficial do...

Homenagem a Chapecoense direto da Colômbia na íntegra, assista

fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0cT2w8K6UF4

AO VIVO - TV Senado - Assista à nossa programação - 24/07/2017

fonte: youtube

Novo Cruze x Sentra x Focus Fastback x Corolla, supercomparativo sedãs médios

Se o ano passado foi dos SUVs compactos, 2016 ficará marcado pela estreia de novos sedãs médios no mercado brasileiro. E isso acontece justamente numa época em que o Corolla nada de braçada no mercado, chegando a vender mais que os concorrentes somados. Pois a GM já trouxe o novo Cruze para a briga, e ele chega mais forte do que nunca – literalmente, por conta do motor turbo. Por sua vez, a Nissan deu uma repaginada no Sentra e aproveitou para rechear seu sedã com equipamentos. Em breve vem mais: no fim de julho chega o novo Honda Civic e, um pouco depois, a nova geração do Hyundai Elantra. Mesmo ainda aguardando o Civic, a estreia do Cruze merecia uma recepção de gala. Por isso, nós do CARPLACE  escalamos nada menos que o líder Corolla, o renovado Sentra e a referência em dinâmica Focus Fastback para um encontro com a novidade da Chevrolet. Todos na versão topo de linha, com preços variando entre R$ 96 mil e R$ 107 mil. Qual deles é o sedã médio ...

Renault Kardian é o Carro do Ano 2025

O   Renault Kardian  é o grande vencedor do  Carro do Ano 2025 . O modelo concorreu contra   BYD Dolphin Mini ,   Citroën Basalt ,   Hyundai Creta   e   Peugeot 2008   na categoria principal da premiação mais importante da indústria A 58ª edição do Carro do Ano contou ainda com   outras seis categorias de carros e três de motores . Os   finalistas do prêmio   foram escolhidos por indicação direta de 26 jurados especialistas no segmento, seguindo os critérios de modelos pré-finalistas classificados pelo Comitê Gestor. O   limite foi de cinco finalistas por categoria , e apenas um modelo por marca pode ser classificado em uma mesma classe,   conforme previsto no regulamento . Vale lembrar que a auditoria do Carro do Ano 2025 foi feita pela   EY .  automotiva brasileira. Essa é a primeira vez que a   Renault   — e uma fabricante francesa — vence o prêmio.  O   Renault Kardian é o grande venc...

Executivo da Chevrolet confirma, Novo Cruze Hatch estréia no Salão de Automóvel

Confirmada a estreia da nova geração do Cruze no Brasil para junho (a apresentação na Argentina já aconteceu), as atenções se voltam agora para o lançamento da versão hatchback. Em entrevista concedida ao site  Auto Blog Argentina , Ignacio Pierrez, executivo da Chevrolet no país vizinho, adiantou que a chegada do modelo ao mercado acontecerá poucos meses depois da carroceria sedã. De acordo com Pierrez, a apresentação pública da novidade será durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro. Apresentado na edição deste ano do Salão de Detroit, o Cruze Hatch chama atenção nesta segunda geração pela pegada esportiva e jovial do visual. Internamente terá o espaço interno como grande atrativo, mantendo os 2,70 metros de entre-eixos do sedã e tendo capacidade para acomodar 524 litros (padrão norte-americano). O modelo também herdará do sedã a lista de equipamentos bem recheada, que deve incluir MyLink II, sistema de estacionamento automático, Start/Stop e o...

Confusão em baile funk termina com nove mortos em Paraisópolis

Um baile funk em Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo, terminou ao menos com nove pessoas mortas, após um tumulto na madrugada deste domingo (1º), com a chegada de policiais militares que perseguiam suspeitos na região. Entre as vítimas, uma mulher e oitos homens - dois deles de 16 anos. A polícia diz que não houve disparo de arma de fogo pelos policiais.  De acordo com a corporação, policiais do 16º Batalhão Metropolitano que faziam patrulhamento na Operação Pancadão no bairro reagiram após dois homens em uma moto efetuarem disparos de arma de fogo.  Houve perseguição e os agentes, que também estavam de moto, seguiram os homens até o baile funk que acontecia na comunidade e reunia, por volta das 4h, cerca de 5.000 pessoas. A PM afirma que os criminosos continuaram atirando enquanto fugiam.  Ainda de acordo com a PM, frequentadores do baile funk atiraram objetos, como pedras e garrafas nos policiais, que solicitaram reforço à Força T...

Quanto é o salário de engenheiros, técnicos, mecânicos e outros funcionários da F1, confira

Quando se fala em salários da Fórmula 1, você logo pensa nas cifras milionárias recebidas pelos pilotos. Caras como Hamilton, Vettel e Alonso chegam a ganhar mais de 15 milhões de euros por temporada, mas pouco se sabia sobre os salários pagos aos funcionários mais mundanos da categoria, como mecânicos e engenheiros de pista. Ao menos até agora. Cada equipe de Fórmula 1 emprega, em média, 90 pessoas, divididos em funções técnicas e administrativas. Da secretária aos motoristas de caminhão, passando por mecânicos, gerentes de marketing e engenheiros de pista, os salários são pagos de acordo com o nível de responsabilidade da função, como em qualquer empresa “comum”. O  site esportivo Marca , da Espanha, conseguiu reunir o  salário anual  médio das equipes intermediárias da Fórmula 1 como Lotus e Force India. Segundo a lista dos espanhóis, os salários das funções administrativas são: Gerentes de Contas Publicitárias — 70.000 euros Assistente de Conta — 50.000 euros...

Cansou do Facebook? 50 outras redes sociais que estão bombando

  "Ninguém mais vai àquele lugar. É muito lotado.” A frase célebre, dita pelo jogador de beisebol Yogi Berra sobre um restaurante badalado de Saint Louis, nos Estados Unidos, sintetiza um comportamento típico do ser humano. Gostamos de estar na moda e de frequentar ambientes descolados. Quando todos descobrem a novidade, o prazer de estar lá perde a graça e sentimos que precisamos descobrir novos lugares. Chegar antes da multidão é muito mais divertido do que fazer parte dela. A regra de Yogi Berra vale também para o mundo virtual. Nos anos que se seguiram à fundação do Facebook em Harvard, em 2004, não havia lugar mais legal na internet. Todos queriam descobrir o que fazia a cabeça dos universitários americanos. Hoje, é difícil pensar num site mais banal. Os jovens de Harvard foram seguidos por crianças e adolescentes de todas as partes do mundo, que volta e meia esbarram em seus pais e avós na mesma rede. Ter um cadastro no Facebook não diz absolutamente nada sobre a pe...