O irmão da personal trainer e gerente de projetos Marcia Mikhael afirmou por telefone à família em Goiânia que a goiana foi libertada e passa bem após o sequestro no Lindt Chocolat Cafe, em Martin Place, em Sydney, na Austrália. A informação foi passada pelas primas de Marcia, a coordenadora de curso Adibe George Khuri e a agente de viagens Claudia Marone.
Imagens mostram a goiana saindo da cafeteria carregada por paramédicos com o pé esquerdo sangrando. A família diz que acredita não ser grave, mas não sabe o motivo do ferimento e adiantou que a personal trainer foi levada ao hospital. “O irmão dela disse que está tudo bem. Foi um grande susto, mas ela está bem, graças a Deus”, afirma Adibe.
Uma sobrinha de Marcia também afirmou, em uma mensagem no Facebook, que a tia passa bem e está em segurança. Ela ainda agradeceu, na postagem em inglês, as orações feitas para a personal trainer.
A família afirma que Marcia era uma das pessoas feitas reféns durante 16h no local por um homem armado. A mulher é natural de Goiânia e mora na Austrália há cerca de 20 anos, conforme a família.
O Gabinete de Assuntos Internacionais do Governo de Goiás informou, por meio de nota divulgada nesta tarde, que acompanhou o sequestro em Sydney. “Em sua atividade permanente de assistir a comunidade goiana no exterior, seus familiares e retornados, este gabinete coloca-se à disposição da família da goiana para atuar, em estreita colaboração com o Itamaraty, no contato com as autoridades brasileiras e australianas em busca de novas informações e esclarecimentos sobre esses fatos”, disse o comunicado.
O Itamaraty, contudo, informou ao G1 que ainda não tem uma confirmação oficial por parte da polícia de Sydney sobre a presença de brasileiros entre as pessoas feitas reféns.
O sequestro teve início às 21h (horário de Brasília) de domingo (14), 10h de segunda-feira (15) na Austrália. Por volta de 13h40 no horário de Brasília, a polícia de Nova Gales do Sul informou, em sua conta no Twitter, que o sequestro havia terminado. Três pessoas - o sequestrador e dois reféns - morreram e 6 ficaram feridas, de acordo com a polícia local, que está tratando o caso como um 'incidente isolado'.
Mensagens
Antes da libertação, o irmão da brasileira contou que Marcia trabalha no prédio onde fica o café e frequenta o local diariamente, mas não imaginava que sua irmã pudesse estar no local.
Antes da libertação, o irmão da brasileira contou que Marcia trabalha no prédio onde fica o café e frequenta o local diariamente, mas não imaginava que sua irmã pudesse estar no local.
“Eu estava no trabalho hoje de manhã quando ouvi a notícia, não imaginava que minha irmã estava lá no meio. A primeira notícia que recebi é que ela estava no prédio, depois que realmente estava no café. Assim que os sequestradores entraram ela mandou um recado sobre o que estava acontecendo, assim ficamos sabendo”, afirmou o homem, identificado como Jorge, à GloboNews.A informação de que Marcia é uma das reféns chegou aos familiares por meio de duas mensagens postadas no perfil da personal no Facebook e foi confirmada por outros parentes que moram em Sydney. Em uma das mensagens, a mulher lista as exigências feitas pelo homem. Veja a tradução:
“Queridos amigos e família, eu estou no Lindt Cafe no Martin Palce sendo feita refém por um membro do Estado Islâmico (EI). O homem que nos mantém refém faz pequenas e simples exigências e nenhuma foi cumprida. Ele agora ameaça começar a nos matar. Nós precisamos de ajuda agora. O homem quer que o mundo saiba que a Austrália está sob ataque do EI.
As exigências são:
1. Envio de uma bandeira do EI ao café e alguém será solto.
2. Falar com o Tony Abbot (primeiro-ministro australiano) por transmissão ao vivo e cinco pessoas serão soltas.
3. Que a mídia avise a outros dois irmãos para não explodirem a bomba. Há mais duas bombas na cidade.
Por favor compartilhem.
Ele está armado e tem uma bomba.”
As exigências são:
1. Envio de uma bandeira do EI ao café e alguém será solto.
2. Falar com o Tony Abbot (primeiro-ministro australiano) por transmissão ao vivo e cinco pessoas serão soltas.
3. Que a mídia avise a outros dois irmãos para não explodirem a bomba. Há mais duas bombas na cidade.
Por favor compartilhem.
Ele está armado e tem uma bomba.”
O irmão acredita que o texto possa ter sido escrito pelo homem que faz as vítimas reféns. “Nas redes sociais ela está mandando recados, mas é difícil de saber se realmente é ela, ou se eles estão sendo orquestrados pelo sequestrador. Mas logo que tudo isso começou ela teve tempo de mandar uma mensagem para minha irmã dizendo o que estava acontecendo. Depois disso as outras notícias foram pelas redes sociais, mas existe dúvida se é ela mesmo ou o sequestrador”, afirmou Jorge.
Vídeo
Além das mensagens escritas, a família afirma que Marcia aparece em um vídeo publicado na internet que mostra depoimentos de pessoas mantidas reféns no Lindt Chocolat Café. Claudia Marone relata que a gravação mostra a goiana em frente a uma bandeira negra com um texto em árabe no qual se lia "Não há outro Deus que Alá e Maomé é o mensageiro de Deus".
Além das mensagens escritas, a família afirma que Marcia aparece em um vídeo publicado na internet que mostra depoimentos de pessoas mantidas reféns no Lindt Chocolat Café. Claudia Marone relata que a gravação mostra a goiana em frente a uma bandeira negra com um texto em árabe no qual se lia "Não há outro Deus que Alá e Maomé é o mensageiro de Deus".
Em inglês, ela fala que o sequestrador tem três pedidos e cita os mesmos requesitos já informados em outra mensagem postada no perfil da vítima no Facebook (veja abaixo). Outra refém também aparece na mesma situação que a personal.
Reféns
Um homem armado manteve dezenas de reféns no café em Sydney desde as 21h (horário de Brasília) de domingo (14), 10h de segunda-feira (15) na Austrália. Nesta tarde, a polícia confirmou que havia 17 reféns ao todo, entre funcionários e clientes. Os cinco reféns que deixaram o local primeiro conseguiram fugir, os demais foram resgatados após a polícia invadir a cafeteria.
Um homem armado manteve dezenas de reféns no café em Sydney desde as 21h (horário de Brasília) de domingo (14), 10h de segunda-feira (15) na Austrália. Nesta tarde, a polícia confirmou que havia 17 reféns ao todo, entre funcionários e clientes. Os cinco reféns que deixaram o local primeiro conseguiram fugir, os demais foram resgatados após a polícia invadir a cafeteria.
As motivações do ataque ainda são desconhecidas. Nas primeiras horas do sequestro, imagens da emissora de TV Channel 7 mostraram pessoas com as mãos para o alto e uma bandeira negra fixada em uma vidraça da lanchonete com um texto em árabe no qual se lia "Não há outro Deus que Alá e Maomé é o mensageiro de Deus".
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