A identificação do corpo da Miss Honduras María José Alvarado foi possível por causa de uma tatuagem de sua irmã Sofia Trinidad, também assassinada e enterrada no mesmo lugar, segundo o jornal local "La Prensa".
Os corpos das jovens estavam enterrados a meio metro de profundiade numa aldeia chamada Cablotales, no município hondurenho de Arada. O prefeito da cidade revelou que os corpos já estavam inchados. Elas haviam desaparecido na última quinta (13).Os corpos foram removidos por volta das 18h00, pelo horário de Brasília.O chefe da polícia local, Leandro Osorio, disse que o assassino das jovens é Plutarco Ruiz, namorado de Sofia Trinidad. Ele foi preso nesta terça-feira (18). "Temos o autor deste crime hediondo, o Sr. Plutarco Ruiz. Com ele encontramos a arma do crime e o veículo utilizado para transportar os corpos", ressaltou. A agência AP diz que Ruiz teria confessado o crime. O motivo seria ciúme: Ruiz decidiu matar Sofia porque ela dançou com outro homem. O duplo assassinato foi cometido na noite do sequestro. Maria tinha dois tiros nas costas e Sofia somente um, na frente.
Osorio explicou que os corpos foram encontrados na aldeia Cablotales, às margens do rio Aguagual. Osorio acredita que há mais pessoas envolvidas no crime, que teriam tentado limpar a cena e que estão sendo investigados.
Ele ressaltou que "as unidades de investigação do Estado criaram uma frente comum para lidar com o crime abominável, que causou comoção em todo o país".
A polícia também capturou Aris Valentín Maldonado, em Santa Bárbara, para averiguar sua relação com o caso, acrescentou Torres, que esclareceu que mais prisões podem acontecer.
María José e Sofia Trinidad estiveram na última quinta em uma festa em Santa Bárbara para comemorar o aniversário de Plutarco, que é acusado junto com Maldonado pelo crime de cárcere privado, disse o chefe policial.
A jovem deveria viajar para Londres na quarta-feira para o concurso de Miss Mundo, mas seu desaparecimento impediu a participação de Honduras.
Honduras tem a maior taxa de homicídios do mundo, 79 para cada 100 mil pessoas, segundo o Observatório da Violência da Universidade Nacional.
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