Desinformação, constrangimento, falta de estrutura, cooptação de funerárias particulares e tentativa de cobrança de taxas extraoficiais são gargalos no caminho quem sepulta algum amigo ou parente em São Paulo.
A saga começa no IML (Instituto Médico Legal) ou no SVO (Serviço de Verificação de Óbitos).
Os dois órgãos que emitem atestados de óbito quando a morte ocorre em circunstâncias que devem ser apuradas ou em locais públicos e de forma violenta.
A família pode ser assediada por agentes funerários particulares baseadas em cidades da Grande São Paulo, onde suas atividades são permitidas.
Eles aproveitam a falta de informação e abordam as famílias, vendendo pacotes funerários que custam até R$ 5.200.
Quem aceita a oferta enterra o parente em cemitérios da Grande São Paulo.
Resposta
A gestão João Doria (PSDB) afirmou, sobre as falhas apontadas pela reportagem, que fiscaliza o setor, estuda mudanças e sugere que denuncias sejam feitas ao telefone de atendimento da prefeitura, o 156.
O prefeito pretende conceder à iniciativa privada a administração dos cemitérios e do serviço funerário até o primeiro semestre de 2018.
No caso dos cemitérios, Doria fez na última semana um chamamento público por estudos e projetos para exploração dos 22 cemitérios municipais e o crematório da Vila Alpina.
O plano prevê a cobrança de uma taxa anual de até R$ 600 das famílias que possuem jazigo nesses cemitérios.
Um chamamento por projetos para exploração do serviço funerário deve ocorrer no segundo semestre deste ano.
A prefeitura acredita que deverão ser abertas pelo menos 20 funerárias particulares na cidade que poderão competir entre si.
fonte: Agora São Paulo
Imagem folha de S Paulo
Comentários