'Farra das Viagens', Taubaté - Quatro vereadores envolvidos em notas irregulares quer o seu voto para deputado estadual
Diego Fonseca (PSDB) e Gorete Toledo (DEM) são candidatos a deputado federal, e Bilili de Angelis (PSDB) e Douglas Carbonne (PCdoB) a deputado estadual; juntos, eles receberam R$ 6.121,36 por 51 notas irregulares
Julio Codazzi@juliocodazzi
Dos 14 parlamentares de Taubaté - 13 vereadores e um suplente - envolvidos no escândalo da 'Farra das Viagens', quatro serão candidatos a deputado nas eleições desse ano.
Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o grupo de postulantes é formado por Diego Fonseca (PSDB) e Gorete Toledo (DEM), que buscam uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília, e por Bilili de Angelis (PSDB) e Douglas Carbonne (PCdoB), que tentam chegar à Assembleia Legislativa, em São Paulo.
Juntos, esses quatro vereadores apresentaram 51 das 126 notas fiscais irregulares detectadas pela reportagem nas viagens oficiais realizadas de janeiro de 2017 a julho de 2018.
Por essas notas, os quatro parlamentares receberam, ao todo, R$ 6.121,36, de um total de R$ 16.285,98 movimentado pelo esquema. O caso é investigado pela Promotoria do Patrimônio Público, na esfera cível, e pela Polícia Civil, na esfera criminal.
PARTICIPAÇÃO.
De janeiro de 2017 a julho de 2018, Douglas Carbonne apresentou 19 notas com irregularidade. Por elas, recebeu R$ 2.720,34.
Bilili de Angelis apresentou 11 notas irregulares, que lhe garantiram reembolso de R$ 1.318,07.
Gorete Toledo apresentou 10 notas irregulares e teve reembolso de R$ 1.174,54 por elas.
Diego Fonseca, com 11 notas irregulares, recebeu R$ 908,31. Como presidente da Câmara, o tucano também foi responsável por autorizar o pagamento das demais notas irregulares, apresentadas pelos colegas.
Questionados pela reportagem, Carbonne, Gorete e Diego não responderam se temem que o caso tenha algum impacto negativo em suas candidaturas. Bilili não foi localizado.
ISOLADO.
Apenas um vereador que será candidato não está envolvido no caso: Noilton Ramos (PSL), que buscará uma vaga em Brasília. Além disso, foi o partido dele que, com base nas reportagens do jornal, denunciou o escândalo ao Ministério Público e à Câmara. Mesmo assim, Noilton não pretende usar esses fatos em sua candidatura. "Não fui eu que apresentei a denúncia, foi o partido. A decisão não passou por mim. Então, não utilizarei esse assunto na minha campanha"..
fonte: O Vale
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