Conheça essa triste história do ex-padrasto suspeito de estuprar e matar enteada de 10 anos em Ribeirão Preto, SP
Ayshila Vitória, de 10 anos, foi morta dentro de casa, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação
Responsável pela investigação da morte da menina Ayshila Vitória, de 10 anos, em Ribeirão Preto (SP), a delegada Luciana Renesto, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), vê indícios que a criança foi estuprada antes de ser esfaqueada.
Principal suspeito do crime, o ex-padrasto dela, Reginaldo Gomes, foi preso na manhã desta segunda-feira (13) e precisou ser hospitalizado após ser encontrado ferido em uma avenida na Zona Sul.
Ele permanece escoltado pela polícia na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Segundo a Polícia Militar, ele confessou ter esfaqueado a criança, mas negou ter abusado sexualmente dela.
Ayshila foi encontrada nua no chão da sala da casa onde vivia com a mãe e a irmã de 5 anos. A Polícia Civil apreendeu uma cueca que estava ao lado do corpo dela, além de uma faca de cozinha. “Tinha uma roupa íntima de homem e a gente imagina que seja dele até porque ele estava sem [no momento da prisão]. Ela estava sem roupa e tinha sinais de tortura. Eu acredito que ela foi estuprada também.
Aparentemente, havia líquido. O IML consegue provar que aquele sêmen encontrado nela é dele”, diz a delegada Luciana Ruivo Renesto, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Violência dentro de casa
A mãe de Ayshila, Renata dos Santos, afirma que estava separada de Gomes há cerca de um ano porque ele insistia em usar drogas. Os dois tiveram uma filha e a menina também estava na casa no momento do crime.
Renata contou à polícia que participou de uma festa com as filhas no domingo (12), em uma área de lazer. O avô levou as meninas para casa, onde elas passariam a noite com uma amiga para que Renata pudesse trabalhar.
Por volta das 20h, Renata falou por telefone com a filha e a menina disse que estava tudo bem. A mãe afirmou que não chegou a perguntar pela amiga que cuidaria das crianças.
Por volta das 20h, Renata falou por telefone com a filha e a menina disse que estava tudo bem. A mãe afirmou que não chegou a perguntar pela amiga que cuidaria das crianças.
Na manhã desta segunda-feira, ao voltar para casa no bairro Ipiranga, zona Norte da cidade, Renata encontrou a filha mais velha morta no chão da sala."Eu cheguei aqui, vi minha filha morta e eu fui atrás da outra. Eu pensei que ela também estava morta, mas ela estava no quarto, tinha acabado de acordar. Ela assustou com os meus gritos e eu perguntei quem entrou aqui. Ela falou o Reginaldo, que é o pai dela."
Policiais colhem informações de parentes da criança encontrada morta no bairro Ipiranga, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Marcius Ariel/CBN Ribeirão
A própria mãe acionou a Polícia Militar e pediu ajuda aos vizinhos para socorrer a menina. Apesar de apontar o ex-marido como suspeito, Renata afirmou que ele nunca fez qualquer tipo de ameaça a elas. Ela também disse que ele havia tentado reatar o relacionamento.
“Eu nunca fiz mal para ele. Eu não sei falar se ele agiu porque tinha acabado o relacionamento. Ele é usuário de drogas. Meu casamento acabou por causa disso”, disse.
Segundo a Polícia Militar, Gomes é considerado foragido da Justiça por homicídio. Os detalhes sobre o crime não foram informados. Renata negou conhecimento sobre crimes anteriores praticados pelo ex-companheiro.
Suspeito de matar menina de 10 anos foi preso em Ribeirão Preto, SP — Foto: Paulo Souza/EPTV
Prisão
Gomes foi encontrado ferido na manhã desta segunda-feira, na Avenida Independência, na Zona Sul da cidade. Segundo a Polícia Militar, ele apresentava fraturas e afirmou que os ferimentos foram causados após uma queda.
De acordo com a PM, o suspeito admitiu ter matado Ayshila, mas negou que a tenha estuprado. Segundo o sargento da PM Ricardo Aurélio Maschietto, Gomes contou que chegou à casa e encontrou o cadeado aberto. Ao entrar no imóvel, ele se deparou com a vítima acordada e os dois começaram a lutar."
Em determinado momento, ele pegou a faca e desferiu três facadas. Posteriormente, quando ele viu que matou a criança, ele tirou a roupa dela e a enrolou em um tapete no intuito de dispensar o corpo. Foi por isso que ele falou que tirou a roupa da criança. As duas crianças estavam sozinhas", afirma.
Mãe de Ayshila, Renata dos Santos Souza Gomes chora na porta da casa da família, em Ribeirão Preto, SP — Foto: Paulo Souza/EPTV
Segundo relato do suspeito à PM, ele desistiu de levar o corpo ao notar uma movimentação do lado de fora da casa, e fugiu. Para a delegada, a versão apresentada “não é crível”. A polícia apurou que Gomes entrou na casa por uma janela e pediu à filha de cinco anos para ficar quieta porque iria conversar com Ayshila na sala. “Aparentemente, ela tentou se defender. Ela tem sinais de luta nos braços, nas mãos.
Ela era uma menina de 10 anos, franzina, tadinha, ela já entrou em desvantagem. Havia sinais de luta pela casa toda”, diz Luciana.
A delegada Luciana Renesto, titular da Delegacia de Defesa da Mulher em Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/EPTV
A delegada deve ouvir ainda nesta segunda-feira os depoimentos de familiares de Ayshila. Em entrevista, a mãe negou que as filhas tinham o hábito de ficar sozinhas em casa.
fonte: G1/Ribeirão Preto e Franca
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