Áudio enviado por WhatsApp pelo dono de marina de onde saiu a embarcação foi respondido por Jorge Sestini. Mensagem foi um dos elementos para polícia indiciar o marido pela morte da modelo.
A troca de mensagens com alerta de mau tempo enviada pelo dono da marina a Jorge Sestini, marido de Caroline Bittencourt, foi um dos elementos considerados pela polícia para o indiciamento dele pela morte da modelo. O áudio foi divulgado pela polícia nesta terça-feira (7) a TV Vanguarda e ao G1.
Áudio enviado por WhatsApp pelo dono de marina
Assim que comparecer para prestar depoimento, o empresário vai ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar). Não há data agendada para a oitiva dele.
A modelo morreu ao cair de uma lancha durante um vendaval que atingiu o litoral norte de São Paulo no último dia 28. Ela estava sem colete salva-vidas, segundo a polícia. Para o delegado, houve "negligência" de Jorge, que lançou-se ao mar mesmo com os alertas dados por Lenildo Oliveira, dono da marina Le-Mar.A primeira mensagem com o alerta de mau tempo enviada por Lenildo foi durante a tarde. Sestini respondeu o áudio às 15h44, agradecendo o aviso.
A segunda mensagem do dono da marina foi enviada às 17h15, mas não houve uma resposta do casal. O vendaval atingiu Ilhabela por volta de 17h.
Depoimento
Além das mensagens, Oliveira disse à polícia em depoimento que orientou ainda na sexta-feira (26) que Sestini ficasse atento às mudanças climáticas, porque estava previsto um vento a noroeste entre sábado e domingo. Essa conversa ocorreu antes de o casal partir da marina, em São Sebastião, para passar o fim de semana em Ilhabela.
No plano de navegação, Jorge ainda assinou um documento em que dizia estar ciente das condições climáticas.
Investigação
Para o delegado Vanderlei Pagliarini, o conjunto de provas e indícios colhidos até o momento permitem verificar "com clareza a incidência de conduta culposa" do marido de Carol.
"Sabedor do mau tempo que assolava naquele momento a região, especialmente para quem se encontrava a bordo de embarcações de pequeno porte, expressamente advertido a esse respeito, resolveu por lançar-se ao mar, não providenciando ao menos que a vítima utilizasse um colete salva-vidas, como lhe competia, negligência indiscutível que remete aos fundamentos dos delitos culposos", disse o delegado em trecho do inquérito. A lancha do casal, um catamarã com casco duplo era pequena, tinha apenas cinco metros".
Uma carta precatória com orientações para o depoimento de Jorge foi enviada para a polícia em São Paulo, que deve intimar Sestini.
A Marinha também instaurou um inquérito para apurar o acidente. A lancha que o casal ocupava quando Caroline caiu no mar foi periciada. Mas nenhuma informação sobre o procedimento foi divulgada. Segundo a Marinha, o trâmite ocorre em sigilo.
fonte: G1/Vale do Paraíba
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