Ao passear por um shopping ou ao simplesmente caminhar pelos calçadões de Icaraí ou São Francisco, não é difícil ver mães e filhas vestidas iguaizinhas. É a moda “Tal mal, tal filha”, que, cada vez mais, ganha adeptas. Marcas produzem coleções exclusivas para este mercado e lojas se especializam neste tipo de produto.
— Há uns oito anos algumas marcas adultas, como Maria Filó, Richards e Fit, viram que havia um mercado a ser explorado, o da moda infantil. Não era mais simplesmente vestuário infantil. Elas começaram a fazer coleções voltadas para as crianças e também versões infantis de roupas de coleções adultas — conta a consultora de moda Carolina Delboni.
Daí, explica Carolina, essa ideia foi abraçada pelas mães, que passaram a vestir suas filhas com as versões mirins dos modelos adultos que elas compravam.
— A tendência foi se espalhando. Surgiram pijamas, a PUC e Pucket fazem uns bem legais, e também moda praia. Hoje, existem também coleções voltadas para pais e filhos — continua a consultora.
A empresária Lívia Orsini, dona da Bella Flor, loja online que faz vendas via Facebook e Instagram, apostou no estilo.
— Temos um canal aberto com as clientes pelo WhatsApp. Elas acompanham a produção e fazem sugestões. Então, no nosso caso, começou com uma demanda exclusiva para roupas para festas de crianças, para a mãe e para a filha. Não uma fantasia, mas algo que remetesse ao tema, por exemplo, da Chapeuzinho Vermelho — conta Lívia.
A partir daí, a empresária percebeu que havia procura por peças coordenadas.
— Toda a criança pega e veste a roupa da mãe. A minha filha pedia para eu comprar igual também. Temos os mesmo sapatos e vestidos com as mesmas estampas das blusas. É ótimo ver a alegria que ela tem ao usar — diz Marcelle Bastos, cliente da Bella Flor.
Carolina explica que, geralmente, a iniciativa de vestir as mesmas peças parte das mães:
— Algumas amam colocar a filha vestidinha igual. Outras, já criticam. Porque a roupa, na maioria das vezes, é uma reprodução, tem as linhas de um modelo adulto. O que eu acho legal é, por exemplo, camisetas iguais. Porque, aí, basicamente, o que vai ser repetido é a estampa. É legal também adaptar, colocar um babado, fazer o vestido mais longo, etc. — diz.
A especialista, no entanto, faz uma resalva:
— Não acho legal usar essas roupas como parte da rotina. É bom transformar em algo lúdico, usar em uma data especial, fazer a criança entrar na brincadeira.
fonte: O Globo
Comentários