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"Michel Temer pode ser melhor que Itamar Franco"?

Simon Schwarzman (Foto: Época/Editora Globo)
O sociólogo e cientista político Simon Schwartzman, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade do Rio de Janeiro, está parcialmente otimista sobre o governo de Michel Temer. "Não será uma maravilha", diz. "Mas haverá uma perspectiva econômica mais otimista até as eleições de 2018." Para ele, a reforma econômica é tão urgente que mesmo reformas necessárias, como a política, podem ser postergadas. Schwartzman diz que uma equipe minimamente coerente na área econômica pode contribuir para mudar o panorama de incerteza brasileiro. Para ele, o PT tende a resistir às mudanças, mas a oposição tende a arrefecer à medida que secar também a fonte de financiamento público dos movimentos populares ligados ao partido. "O PT precisa se reinventar de alguma maneira se quiser continuar existindo"
ÉPOCA — Quais serão as urgências de Michel Temer na Presidência?
Simon Schwartzman — 
A questão urgente é o equilíbrio econômico, pois o país está numa crise muito séria. Temos de ter pelo menos uma perspectiva de estabilidade. Depois, uma série de reformas têm de ser aprovadas no Congresso. Algumas de curto prazo, outras de longo. Na área social, há uma série de programas que precisam ser avaliados e ajustados para funcionar melhor. O Bolsa Família, o Programa de Financiamento Estudantil e o Pronatec são exemplos de programas em que o governo colocou muito dinheiro e que hoje estão paralisados. Há uma  agenda grande pela frente.
ÉPOCA — Temer chega à Presidência menos por apoio popular ao seu nome e mais por rejeição a Dilma Rousseff. Como ter apoio do Congresso sem dinheiro em caixa e reformas amargas por fazer? 
Schwartzman — 
Uma questão complicada é como conseguir apoio no Congresso, sem fazer concessões que não podem ser feitas. O próprio PMDB, partido de Temer, tem uma atitude parasitária em relação ao governo. Ele vai ter de ser capaz de resistir a isso. Não sei o quanto conseguirá. Enfrentará uma oposição muito grande do PT para sair do governo. É um governo que não tem a legitimidade de uma eleição. Isso causa uma certa debilidade. Por ser um desafio muito grande, talvez Temer se concentre nas questões mais imediatas na área econômica e deixe o resto mais demorado, postergado. A questão da reforma política também é muito importante, mas talvez o governo não tenha condições de lidar com isso. Sistema eleitoral, sistema de voto, sistema partidário, parlamentarismo, tudo tem de ser colocado. Talvez não haja tempo para mexer em tudo isso.
ÉPOCA — Por que a reforma política é prioritária?
Schwartzman — 
O Supremo Tribunal Federal proibiu doações de empresas privadas para as campanhas políticas. Quem vai financiar? Os partidos não têm recursos. Isso implica mexer no sistema eleitoral. Outro problema muito sério é a desmoralização da Câmara dos Deputados, que requer mudanças para fazer os eleitores se sentirem representados. São reformas urgentes, mas complicadas, porque dependem do próprio Congresso para mudar. Não sei se o governo vai enfrentar esse programa, mas deveria.
ÉPOCA — Quais as chances de o governo dar certo?
Schwartzman —
 Dada a profundidade da crise que estamos vivendo, se houver governo minimamente funcionando e com equipe coerente na área econômica, já mudará bastante o panorama. Não deve ser uma maravilha, mas acho que tem chance de dar certo.
ÉPOCA — Temer tem mais chances de sucesso que Itamar Franco, vice-presidente que assumiu após o impeachment de Fernando Collor, em 1992?
Schwartzman — 
Itamar começou muito errático. Não tinha filiação partidária, propriamente. Trocou o Ministro da Fazenda não sei quantas vezes. Só assumiu de verdade com o Plano Real, já no final. O PMDB é o oposto. Temer está na política há muito tempo, profundamente ligado ao partido. Tem noção clara de onde ir. Itamar não tinha essa carga.
ÉPOCA — Collor foi eleito por um partido nanico (PRN), incapaz de protestar contra sua saída e atrapalhar Itamar. Temer, por sua vez, terá a oposição do PT.
Schwartzman —
 Os níveis de rechaço ao governo Dilma chegaram a um ponto muito alto, atingiram o PT e toda a coligação política. Além do mais, vários movimentos populares são financiados com dinheiro público. Devem arrefecer, à medida que esses financiamentos deixarem de existir.
ÉPOCA — Dilma apelou para o discurso do medo, ao dizer que Temer cortaria programas sociais como o Bolsa Família. Qual a chance de isso ocorrer?
Schwartzman —
 Acho que não ocorre. O principal programa social, Bolsa Família, tem impacto grande e é um programa barato. Não vejo ninguém querendo interromper o Bolsa Família. Podem até aperfeiçoá-lo. Acho que programas na área da educação fenecerão porque foram  mal concebidos e têm impacto duvidoso. O Pronatec é um programa gigantesco, muito caro. O Fies estava totalmente fora de controle. O próprio governo Dilma percebeu o erro e estava tentando ajustá-lo. Certos programas não precisam de recursos adicionais, apenas de melhor administração. Áreas de âmbito social precisam ser revistas e fortalecidas.

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