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Opinião de um ex líder, Chevrolet Vectra diz o que pensa sobre o novo Cruze

Chevrolet Cruze e Vectra (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)

Acredito que muita gente ainda se lembra de mim. Meu nome é Vectra, comecei a ser vendido no Brasil há 20 anos, em segunda geração. Eu era a grande estrela da Chevrolet na época e, modéstia à parte, posso dizer que fazia inveja nos meus adversários. Se meu design permanece atual nos dias de hoje, imagine então como era em 1996, sendo visto ao lado de [desculpem pela sinceridade, colegas] quadradões como Fiat Tempra, Ford Versailles e Volkswagen Santana? Já perdi as contas de quantos elogios recebi pelos retrovisores que "nascem" nos vincos do capô. Eu sei, eles são o máximo!


Fui também o precursor de algumas tecnologias em carros nacionais, como airbags para motorista e passageiro da frente, controle de tração, volante com comandos do sistema de áudio e suspensão traseira multilink. Não à toa, alcancei a liderança de vendas entre os sedãs médios do país.
Várias pessoas ficam impressionadas com o fenômeno Toyota Corolla, atualmente o sexto veículo mais vendido do Brasil. Mas sabia que eu já fiz melhor que isso? De janeiro a abril de 1998, por exemplo, eu só fiquei atrás de Gol, Palio, Corsa e Mille no balanço de emplacamentos.
Para meu azar, a concorrência se aperfeiçoou muito. Corolla Civic ganharam força no mercado, e eu não fiz o mesmo sucesso quando meus criadores me tiraram de cena para lançar um Astra europeu (com algumas alterações estéticas e mecânicas) como terceira geração do Vectra.
Meu nome saiu de linha em 2011, abrindo espaço para a estreia do Cruze. Não gostei do que vi e sinto que os consumidores também ficaram chateados, pois o modelo não chegava perto das minhas qualidades em vários aspectos, como estilo, conforto e mecânica. Tenho que admitir: Corolla e Civic eram melhores e não fiquei espantado com o fato de caras como Sentra, Jetta e Focus Sedan serem equiparados ao meu sucessor.
Mas agora eu vejo que há motivos para me animar. A segunda geração do Cruze conseguiu a minha atenção e é por isso que estou aqui ao lado dela (vestido com as linhas de meu facelift, de 1999) para dizer tudo o que penso sobre este novo produto.
Cruze e Vectra. Novo sedã almeja o sucesso de seu antecessor (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)
Curti demais o design desse carro. Ouvi comentários de que ele é parecido com outros sedãs médios, como o Elantra e até mesmo o Civic de nona geração. Pode até ser, mas não há um ser humano que deixe de admirá-lo por onde passa. Ele me contou! As linhas da dianteira são muito expressivas e os faróis delineados criam um ar invocado; lembram os meus. Gostei também do desenho das rodas de liga leve de 17 polegadas e fiquei com uma certa inveja, pois as minhas são de apenas 14 polegadas — com pouquíssimos ralados; meu dono cuida muito bem de mim.
Acertaram em cheio no desenho da cabine do Cruze. Ela é muito elegante, traz partes acolchoadas, detalhes de couro e muitos recursos modernos. Eu, que me gabava por ter regulagem de altura para o banco do motorista e para a coluna de direção, adoraria contar comcentral multimídia com tela sensível ao toque, sistema de comando de voz, alerta de colisão frontal, park assist, botão de partida do motor, start-stop, carregador de celular por indução e assistente de manutenção de faixa.
Quem dera na minha época também ser dotado de sensores de estacionamento, sistema de concierge, detector de ponto cego nos retrovisores, chave presencial com botão de partida remota, airbags laterais e de cortina, ajustes elétricos para o banco do motorista e mostradores com display digital colorido. Mas nem tudo me agradou no novo Cruze. Assim como eu, ele só tem ar-condicionado digital de uma zona e não oferece freio de mão eletrônico, presente em alguns rivais de segmento.
Fiquei surpreso com o fato dos cintos de segurança não terem ajuste de altura. Poxa, Cruze, eu oferecia isso há 20 anos. Comparei também nossos forros de teto. O meu é de melhor qualidade. Acho que nosso criador poderia ter investido em um pouco mais de tecido nele. No meu tempo, as laterais de porta eram muito bem forradas.
Painel do Chevrolet Vectra GLS 2.2 (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)
Creio que o pacote de equipamentos seria ainda mais atrativo se contasse com saída de ventilação para o espaço traseiro, teto solar, aletas atrás do volante para trocas de marcha sequenciais e repetidores de seta nos retrovisores. Dá uma olhada na lateral da minha carroceria; eu tinha repetidores junto aos frisos de porta.
Na parte mecânica, o Cruze me deixou muito contente, embora não totalmente. Direção elétrica em vez da hidráulica, usada por mim; ok. Mas caramba, por que a Chevrolet utilizou eixo de torção em sua suspensão traseira? Tinha que ser multilink, como a minha! Me contaram que ele é bastante confortável e estável em curvas. De qualquer maneira, as suspensões independentes são melhores.
Motor 1.4 turbo? Espero que os brasileiros já tenham compreendido que a litragem por si só não é determinante para um ótimo desempenho de um carro. Há muita gente que ainda pensa que eu, com meu 2.2 aspirado de 123 cv e 19,4 kgfm, acelero mais que 2.0 mais modernos. Não é verdade, acredite. E também não sou páreo para os novos turbinados de menor cilindrada.
O 1.4 do Cruze rende 153 cv e 24,5 kgfm, belíssimos números. Nos testes dos meus amigos da Autoesporte, ele atingiu 100 km/h em 8,8 segundos, muito melhor que os meus 10,6 segundos.Mandou muito bem o garoto. Uma pena seu capô não ter amortecedores para mantê-lo aberto. Eu era um carro de luxo e fui equipado com isso. Deslize de nosso criador...
O consumo de combustível dele me agradou (chega de ser tachado de beberrão, né?). Com etanol, ele faz 8,2 km/l na cidade e 11,7 km/l na estrada. Eu faço médias semelhantes, mas com gasolina!
Painel do novo Cruze 1.4 Turbo (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)
Em dimensões, eu fiquei para trás. Me assusta observar que as pessoas estão cada vez maiores.Na minha época, meus 4,49 metros de comprimento eram respeitáveis entre os sedãs médios. Hoje, é medida de um sedã compacto como o Cobalt, de 4,48 m. O Cruze tem bons 4,66 m e satisfatórios 2,70 m de entre-eixos. Só posso me gabar do volume de porta-malas. O meu é de 500 litros, contra 440 litros dele. Tinha que ser maior.
De todo modo, sei que nenhum carro é perfeito. Eu mesmo estive muito longe de ser. Por isso, vejo o novo Cruze com enorme orgulho e admiração. Finalmente, nosso criador voltou a acertar a mão no projeto de um sedã médio. Vou ficar na torcida por ele na briga de mercado que ocorrerá com o Corolla e o novo Civic.
Novo Cruze encara C4 Lounge e Jetta (Foto: Marcos Camargo/Autoesporte)
Sem dúvida, o caminho do Cruze será bem mais complicado que o meu; há muito mais concorrência na atualidade. Saudade dos meus dias de glória. Mas agora não tenho planos de retornar como lançamento. Enfim, sinto que há um sucessor à altura para lutar pelo posto de melhor sedã médio à venda no Brasil.

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