Segundo pesquisas apontadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço do gás de cozinha subiu de R$ 55, para R$ 70, entre 2017 e 2018. A alta trouxe mudanças nos hábitos de consumo de comerciantes e consumidores.
O preço do botijão de gás de São José dos Campos (SP) aumentou quase 30% em um ano. Uma alta maior do que a inflação registrada no período, que chegou a casa de 4%. Entre os anos de 2017 e 2018, o valor do botijão subiu de R$ 55 para R$ 70.
De acordo com pesquisas apontadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), só entre os meses de maio e junho deste ano, o preço do gás de cozinha, teve um registro de aumento médio de 10,4%. Em 80 estabelecimentos pesquisados pela agência, no mês de maio, o preço médio cobrado dos botijões chegou a R$ 70.
No começo de junho, em 17 estabelecimentos pesquisados pelo órgão, foi possível encontrar botijão sendo vendido a um valor máximo de R$ 80. O mais barato, R$ 65.
A variação no preço do gás preocupa os comerciantes. O Lincoln Ferrari, comerciante que trabalha em uma marmitaria na zona leste de São José, tenta utilizar o forno como alternativa para economizar.
“Sabemos que o que gasta mais gás é a panela de pressão, fazendo feijão, algumas coisas assim, né? Está complicado”, afirma.
A mudança de rotina também aconteceu nos estabelecimentos que realizam a venda dos botijões. O proprietário Wilson Lima Ambrósio, afirma que os consumidores também mudaram o hábito de compra. “Antigamente eles ligavam e concluíam o pedido. Hoje, de 30 ligações, 10 confirmam a compra”, conta.
Mudanças
No mês de junho de 2017, a Petrobras alterou a política de preços no gás de cozinha, e passou a acompanhar as cotações internacinais do produto. Entre as mudanças está a elevação do preço nas refinarias, que atingiu a marca de 67,8%.
Em contrapartida a esse aumento no preço do gás, houve, segundo o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma alta no uso de lenha e carvão utilizados como alternativas para a preparação de alimentos. Ou seja, no ano em que o gás de cozinha teve um aumento, cerca de 1,2 milhões de domicílios aderiram a essa nova prática, em 2017.
fonte: G1/Vanguarda
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