"Além dos empresários, quem vive de diárias também tem sofrido - e muito - com a falta de transporte coletivo. Celina Souza, 43 anos, faz faxinas em diversos bairros da cidade e recebe conforme o número de diárias atendidas. Com a greve, ela calcula que já tenha perdido cerca de R$ 300 dos cerca de R$ 1,5 mil que fatura com as faxinas. “Nem quis calcular direito para não ver o estrago”, comenta Celina.
Assim que soube da paralisação, a diarista diz que tentou de todas as formas uma outra alternativa de transporte. Pediu até a bicicleta da irmã emprestada para comparecer à casa dos clientes. Mas, como a irmã também precisava chegar ao trabalho, acabou dependendo dos ônibus, que demoraram muito a chegar. “Cheguei a ficar 40 minutos esperando um ônibus que normalmente chega em dez. Um dia tive que pedir uma carona para uma cliente, que me deixou no terminal. Se não, nunca ia chegar em casa”, conta.
Além das longas esperas, a diarista observa que está tendo que trabalhar até tarde nos sábados para dar conta do que perdeu durante os sete dias de greve. “Tem que correr atrás. Pra quem não tem outra fonte de renda, é assim que funciona”, define."
fonte: Gazeta do Povo
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