Greve Geral no Vale. Manifestação contra a reforma da Previdência ameaça para o transporte público, fábricas e escolas; polícia monitora
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Sindicatos falam em milhares de manifestantes na RMVale, em cidades como São José, Taubaté, Jacareí, Pinda e Guaratinguetá. PM monitora greve geral e coibirá bloqueios na região; ao menos 30% dos ônibus terão que circular
Trabalhadores e sindicalistas prometem "parar" as principais cidades do Vale do Paraíba nesta sexta-feira, data prevista para a segunda mobilização nacional contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A reforma da Previdência é o mote da greve geral, que também protestará contra o contingenciamento na educação e o desemprego.
Com a convocação, o CPI-1 (Comando de Policiamento do Interior) monitora os possíveis locais de manifestação no Vale. A Polícia Militar disse que irá evitar "quebra da ordem pública" (leia texto nesta página).
Na primeira paralisação nacional, no dia 15 de maio, houve protestos contra cortes na educação. Não há números confirmados sobre a adesão no Vale, mas sindicatos falam em milhares de manifestantes em cidades como São José, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Guaratinguetá.
As empresas de ônibus informaram que pelo menos 30% da frota terão que circular para manter o serviço.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, o movimento reunirá diferentes categorias, como metalúrgicos, químicos, petroleiros, servidores, operários da construção civil, condutores e professores.
Estão previstas paralisações em fábricas de São José, Jacareí, Caçapava, Igaratá, Santa Branca, Taubaté e Pinda. "A greve geral é a nossa arma para barrar a reforma da Previdência", disse Weller Gonçalves, presidente do sindicato.
"A intenção é fazer uma mobilização local com repercussão nacional, com o maior número possível de trabalhadores", informou o Sindicato dos Servidores de São José.
Professores do curso de engenharia Ambiental da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em São José, confirmaram adesão.
PM monitora greve na RMVale; coronel afirma que os bloqueios serão coibidos
Coronel José Eduardo Stanelis, comandante da Polícia Militar na região, disse que o serviço de inteligência está levantando os possíveis pontos de manifestação para "planejar as ações para a greve". Segundo ele, haverá policiamento com o Baep (Batalhões de Ações Especiais de Polícia) e com "todas as nossas forças". "Na sua missão constitucional de evitar a quebra da ordem pública, a PM respeita o direito a greve, desde que esse direito seja exercido de forma legal", disse Stanelis.
Segundo ele, serão coibidos bloqueios em rodovias, estradas e em entradas de fábrica, que impeçam "pessoas que não desejam participar da greve de ir ao trabalho, porque aí está cerceando o direito de ir e vir das pessoas". "Se isso não ocorre, a PM fica observando a greve de forma preventiva, para que não ocorra furto ou brigas".
fonte: O Vale
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