Xandu Alves@xandualves10
Foto: Roosevelt Cassio/ Sindicato dos Metalúrgicos
Quinze mil trabalhadores, sendo 5.000 aposentados, terão direito a votar na próxima semana para escolher a nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, cuja base conta com cerca de 35 mil pessoas em cinco cidades. Serão usadas 50 urnas fixas e itinerantes, distribuídas em fábricas, na sede do sindicato (região central) e nas subsedes --Chácaras Reunidas, Jacareí e Caçapava. Apenas sindicalizados poderão votar.
A eleição ocorrerá nas próximas terça e quarta-feira e será acompanhada por fiscais e mesários das duas chapas concorrentes. Nas fábricas, os eleitores votarão no horário dos turnos. Na sede do sindicato será das 8h às 18h e nas subsedes, das 9h às 18h. A contagem dos votos será feita em 1º de março, a partir das 8h, no Grupo Nova Era, na Vila Maria.
Weller Gonçalves, de 31 anos, trabalha na JC Hitachi e encabeça a chapa 1, que é ligada à CSP-Conlutas. Ele entrou para a diretoria do sindicato em 2015. Com o slogan "Experiência, renovação e luta", o grupo tem 41 metalúrgicos de 17 fábricas. A chapa 2 tem o slogan "Oposição metalúrgica: transformação e libertação" e conta com 32 membros de 10 fábricas. O grupo é ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores). Dissidente da atual diretoria, Eder de Andrade, o Edão, 36 anos, funcionário da Embraer, lidera a oposição.
Em campanha desde novembro, as duas chapas têm se enfrentado com discursos políticos, duras críticas e acusações. "Temos que dizer a verdade. O projeto de reforma trabalhista que é o negociado valer pelo legislado foi proposta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que é afiliado à CUT, que é quem está apadrinhando essa oposição", disse Weller. "Queremos acabar com o cabidão de empregos, com a burocracia do sindicato. Falta transparência. E por isso não vai ter investimento, aqui vai se tornar uma cidade devastada. Nenhum investidor vai ser louco de investir aqui", disse Andrade..
fonte: O Vale
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