Além de prender traficantes, assassinos, sequestradores e estupradores, a ROTA enfrenta mais dois grandes desafios: leis que mantém presidiários em liberdade e ativistas que atacam seu trabalho, distorcendo e ignorando fatos
Esse é um daqueles dramas que, apesar de corriqueiro, é difícil de acreditar e aceitar; chega a parecer brincadeira, uma piada. Mas para o Tenente PM Sigari da ROTA, e para os Policiais do Pelotão que ele comanda, isso não tem nada de engraçado. Trata-se da patética e absurda situação de prender um presidiário que deveria estar trancado atrás das grades, mas que circula legalmente em liberdade, cometendo mais crimes!
Na madrugada deste sábado dia 3, o setor de segurança do Banco do Brasil detectou a invasão de criminosos na agência Silva Bueno, em São Paulo, e pediu ajuda para a Polícia Militar, ligando para o 190. As quatro viaturas de ROTA comandadas pelo Tenente PM Sigari, que estavam em patrulha noturna, foram acionadas pelo COPOM ( Central de Operações Policias Militares) e convergiram imediatamente para o local.
Nos últimos meses o setor de inteligência da ROTA identificou um aumento nas ações de roubo a bancos feitas de madrugada. Sem alarde, o Comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar implementou uma estratégia de patrulhamento noturno para combater esse tipo de crime com resultados muito positivos, como foi o caso desta ocorrência.
Hospitalidade Paulista
"Eu e meu pelotão de 16 Policiais Militares, divididos em quatro viaturas, estávamos em patrulhamento regular de madrugada, quando o COPOM nos alertou, às 3:30 da manhã, sobre uma invasão em andamento à uma agência do Banco do Brasil. Coordenei rapidamente com meus homens as ações específicas de cada viatura e aceleramos para o banco", explica o Tenente Sigari.
Ao chegar no local, uma das viaturas imediatamente saiu em perseguição a dois suspeitos que, ao verem os PMs começaram a correr. Eles foram detidos e alegaram que haviam saído de uma festa. Em pouco tempo iriam entrar em outra festa: dentro de uma cela, numa Delegacia.
Ao mesmo tempo, enquanto outras duas viaturas do Pelotão davam cobertura, fazendo um pente fino pelas imediações, a quarta equipe de ROTA se aproximou do banco e viu que toda fachada estava coberta por uma lona amarela com os logotipos do Banco do Brasil. Em silêncio os quatro PMs entraram na agência e se depararam com um caixa eletrônico, já cortado e aberto, e ao lado três criminosos usando um maçarico para arrombar outro caixa.
"Assim que perceberam nossa presença, os três indivíduos se renderam sem apresentar nenhuma resistência. Além dos equipamentos de corte, apreendemos pés de cabra, máscaras e luvas. Nenhum deles estava armado", continua relatando o Tenente.
Os criminosos presos dentro da agência vieram de Joinville, Santa Catarina e confessaram que foram contratados para fazer este ataque, pois são especializados em arrombamentos com uso de maçaricos.
Eles também disseram que os dois indivíduos na rua, além de serem os olheiros responsáveis pela segurança do assalto, foram os responsáveis por contratá-los. A expectativa era roubar cerca de R$100.000,00.
Mostrando toda hospitalidade paulista, os PMs de ROTA fizeram com que os criminosos de Santa Catarina desfrutem das confortáveis dependências e serviços do sistema prisional de São Paulo.
Cumprindo Pena em Liberdade
O que espanta nesse caso não é o fato destes cinco criminosos possuírem múltiplas passagens anteriores por roubo e furto. O que realmente causa revolta é que dois destes terroristas urbanos haviam sido presos em flagrante recentemente e deveriam estar trancados. Mas nosso sistema de leis, através da audiência de custódia, permite que eles fiquem legalmente soltos e livres! E como estes presidiários aproveitam sua liberdade? Fazendo o que sabem fazer: agredindo a sociedade e cometendo mais crimes.
"É comum prendermos criminosos que deveriam estar cumprindo pena, como o que aconteceu nessa ocorrência do Banco do Brasil. Não se trata de ex-presidiários que cumpriram suas penas, que foram colocados em liberdade e que voltaram a cometer crimes. Se trata de criminosos que deveriam estar num presídio cumprindo pena, mas estão nas ruas, legalmente livres. Mas essa situação não abala a ROTA. Continuamos cumprindo nossa missão de defender a sociedade e combater o crime", termina o Tenente Sigari.
De Mal a Pior
Para piorar essa situação, que já é inaceitável, alguns grupos de ativistas, motivados por posições ideológicas, políticas, ou por burrice mesmo, criticam e atacam o trabalho da ROTA, ignorando suas consistentes estatísticas de melhoria em eficiência.
Nos últimos 12 meses o número de fatalidades de criminosos, que usaram armas de fogo para atacar e enfrentar os PMs de ROTA, caiu em quase 5%, de 41 para 39. Nesse mesmo período o Batalhão Tobias de Aguiar conseguiu aumentar em 16% as suas ações de intervenção em ocorrências de tráfico de drogas, apresentando ao mesmo tempo robustos índices pontuais de redução criminal, como nos casos abaixo:
12 de Setembro 2017 - Zona Leste - diminuição de 35% dos roubos
28 de Setembro 2017- ABC - diminuição de 60% dos roubos
26 de Outubro 2017 - Zona Sul - diminuição de 43% dos roubos
07 de Novembro 2017 - Zona Oeste - diminuição de 25% dos roubos
16 de Novembro 2017 - Zona Norte - diminuição de 40% dos roubos
23 de Novembro 2017 - Osasco - diminuição de 38% dos roubos
11 de Janeiro 2018 - Diadema - diminuição de 50% dos roubos
28 de Setembro 2017- ABC - diminuição de 60% dos roubos
26 de Outubro 2017 - Zona Sul - diminuição de 43% dos roubos
07 de Novembro 2017 - Zona Oeste - diminuição de 25% dos roubos
16 de Novembro 2017 - Zona Norte - diminuição de 40% dos roubos
23 de Novembro 2017 - Osasco - diminuição de 38% dos roubos
11 de Janeiro 2018 - Diadema - diminuição de 50% dos roubos
23 de Janeiro 2018 - Zona Norte - diminuição de 73% dos roubos
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