Vereadores defendem propostas que pets podem ajudar no tratamento em hospitais em São José dos Campos, SP

Dois projetos que querem liberar o acesso de animais de estimação, como cães e gatos, em hospitais públicos e privados de São José dos Campos (SP) tramitam na Câmara. As propostas defendem que os animais façam parte do tratamento, como forma de dar suporte psicológico a pacientes internados. Infectologista alerta para os riscos da medida. (leia mais abaixo)

O primeiro foi apresentado pelo vereador Valdir Alvarenga (SD) e tramita no legislativo desde novembro de 2017. Para ser aprovado pela Câmara, a medida depende de duas votações. A primeira estava prevista para a sessão da última quinta (22), mas foi adiada para a próxima semana.

Se for aprovada pelos parlamentares, segue para a análise do prefeito Felício Ramuth (PSDB), que pode colocar a proposta em vigor ou engavetar a medida. À prefeitura cabe a regulamentação da medida.

O texto propõe que seja permitida a entrada dos pets em unidades que tenham atendimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta já aponta que os donos apresentem carteira de vacinação dos animais em dia e laudo do veterinário. Para o ingresso nos hospitais também deve ser xigida autorização prévia da equipe médica e de infectologia da unidade.

Segundo o vereador, a ideia do projeto é proporcionar a recuperação mais rápida de pacientes hospitalizados. “A afetividade tem comprovação da melhora no resgate físico e emocional de doentes”, defendeu Valdir.

O texto ainda prevê que os animais deverão entrar com coleiras ou em caixas adequadas e com focinheira, se necessário. O horário e local da visita deverão ser definidos pela administração da unidade.

Um projeto igual começou a tramitar na Câmara no último dia 15, quando foi lido na sessão. A proposta foi apresentada pelo vereador Cyborg (PV) e também quer a entrada de animais domésticos em hospitais da cidade. O projeto foi encaminhado às comissões e não tem data para ser votado.

A Prefeitura de São Paulo sancionou neste mês uma lei permitindo o acesso dos bichos de estimação em hospitais.

Risco

“A gente não sabe se esse animal está com algum vírus no corpo que ainda não se manifestou. Não sabemos qual a rotina de higiene. Isso é um risco para o paciente. Eu não concordo com esse tipo de iniciativa, não colocaria meu paciente em risco”, disse.

Flávia destacou que já existem projetos de humanização com animais em hospitais, mas os pets que participam da terapia têm rotina médica e são treinados - o Hospital Municipal adota o modelo. A infectologista ainda alerta que os hospitais públicos não têm estrutura para esse tipo de ação.

Por nota, a prefeitura, responsável pelos hospitais públicos da cidade, informou que só irá se manifestar depois da apreciação dos projetos pela Câmara.

fonte: G1/Vanguarda