Centrais sindicais vão se reunir nesta semana para definir um calendário de atos contra as reforma; greve pode acontecer caso não haja negociação
“Não aceitamos a reforma trabalhista como está. E vamos para a Câmara. E vamos para o governo. Se o governo Temer quiser negociar a partir de amanhã, nós estamos dispostos a negociar. Agora, se o governo não abrir negociação, se o governo não discutir com centrais, se o governo não mudar essa proposta, nós vamos parar o Brasil novamente”, disse Paulinho. De acordo com a Força Sindical, 40 milhões de trabalhadores pararam na greve geral da última semana.
Deputado federal pelo Solidariedade de São Paulo, Paulinho da Força disse que fará um apelo ao presidente Michel Temer para que seja "o cara que pacifica o país". "Para isso tem que mudar a reforma da Previdência, tem que mudar a reforma trabalhista”, afirma.
As centrais sindicais vão se reunir nesta semana para definir um calendário de atos contra as reforma. Existe a possibilidade de uma nova paralisação geral caso não haja negociação com o governo, segundo Paulinho da Força. “Quem sabe a gente consiga fazer com que Brasília ouça as vozes das ruas”, disse.
Em discursos durante as comemorações do Dia do Trabalho, os representantes das categorias criticaram o atual momento político e criticaram as reformas trabalhista e da Previdência. Luiz Arraes, do sindicato dos frentistas de São Paulo, pediu que as pessoas estejam atentas ao Congresso Nacional, que, segundo ele, está retirando direitos dos trabalhadores. Ele defendeu que o trabalhador não vote, em 2018, em parlamentares que votarem em medidas contra o trabalhador. “Ano que vem tem eleição. Não vamos esquecer o rosto de quem está retirando nossos direitos”, disse.
Já Miguel Torres, do sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, afirmou que as reformas estão tirando direitos que “foram conquistados com muita luta, com suor e até com morte. "[A população] não foi à greve para brincar, foi à greve para mostrar que não vai aceitar reformas que tiram direitos, reformas que diminuem os trabalhadores. Por isso tem que ficar atentos também em Brasília, temos que ficar de olho nos deputados e senadores, temos também alguns deputados que estão conosco. Mas nós temos que começar a buscar aqueles que votaram contra nós”.
*Com informações da Agência Brasil
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