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Mostrando postagens de agosto, 2014

Família de torcedora racista 'foge' de Porto Alegre

Patrícia Moreira era, até a última quinta-feira, mais uma torcedora do Grêmio que mora no bairro Passo das Pedras, zona norte de Porto Alegre. Com 23 anos, a loira jamais tinha dado qualquer indício do motivo pelo qual se tornaria nacionalmente conhecida: atos racistas. Tinha uma vida tranquila, trabalhava prestando serviço à Brigada Militar, com amigos negros e brancos. Até ser flagrada, aos gritos, chamando o goleiro Aranha de 'macaco', no duelo com o Santos pela Copa do Brasil. Hoje, sua casa está fechada, a família 'fugiu' da capital gaúcha, e os mais próximos se dizem chocados. Mas o perfil de Patrícia desenhado pelos vizinhos e amigos em nada remete a jovem que vociferava contra Aranha. Os gritos de 'macaco', 'macaco', 'macaco', evidentes pelas imagens das câmeras da  ESPN , vistas repetidamente no Brasil inteiro, jamais foram direcionados, por exemplo, a seu Pedro, vizinho que mora na casa da frente. A residência amarela, de madeira, da

Transplante de João Vitor e Tatiana é exemplo de amor ao próximo

— Eu servi pra ele? — perguntou Tatiana Solonca, sem conter as lágrimas. Estas foram as palavras da doadora para a amiga que a acompanhava no hospital logo após receber a notícia de que um ultrassom havia sido realizado no amigo Joao Vitor Loch, de quatro anos, e tudo corria bem. A carioca havia sido submetida a uma cirurgia para doar um pedaço do fígado ao garoto em um transplante de mais de dez horas. >>  Procedimento realizado em transplante de João Vitor foi pioneiro em crianças, diz médico >>  Doadora recebe alta e João segue se recuperando O dia 20 de agosto vai ficar marcado para sempre nas vidas desses dois moradores da Grande Florianópolis. Um ano e oito meses depois que João Vitor recebeu o diagnóstico de câncer, o necessário e esperado transplante de fígado finalmente aconteceu no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, referência no procedimento para pacientes do SUS. Dez dias depois, Tatiana já teve alta hospitalar e se recupera muito bem. João ainda está no

Falta de água é culpa do governo de SP, afirma relatora da ONU

Relatora das Nações Unidas para a questão da água, a portuguesa Catarina de Albuquerque, 44, afirma que a grave crise hídrica em São Paulo é de responsabilidade do governo do Estado. "E não sou a única a achar isso." Ela visitou o Brasil em dezembro de 2013, a convite do governo federal. De volta ao país, ela falou com a Folha na semana passada em Campinas, após p articipar de um debate sobre a crise da água em São Paulo. Eduardo Anizelli/Folhapress Relatora das Nações Unidas para a questão da água, Catarina de Albuquerque A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) nega que faltem investimentos e atribui a crise à falta de chuvas nos últimos meses, que classifica como "excepcional" e "inimaginável". A seguir, trechos da entrevista à  Folha . * Folha - Que lições devemos tirar desta crise? Catarina de Albuquerque -  Temos de nos planejar em tempos de abundância para os tempos de escassez. E olhar para a água como um bem precioso e escasso, indispensável à s

GM: Salário deve fazer diferença no lay-off da montadora

Medida deve afetar empregados da fábrica de São José dos Campos com maiores salários. A GM deve encaminhar amanhã ao Sindicato dos Metalúrgicos a lista dos 930 empregados da fábrica de São José dos Campos que serão afastados por um período de cinco meses, o denominado lay-off. Segundo o sindicato, serão afastados trabalhadores de todas as unidades produtivas do complexo da GM no município, que emprega cerca de 3.350 pessoas. A direção do sindicato avalia que serão selecionados metalúrgicos com altos salários. A média salarial no setor produtivo é de cerca de R$ 5.500, segundo a entidade. O grupo vai ficar afastado de 8 de setembro a 7 de fevereiro de 2015. Em seguida, os trabalhadores retornarão para a fábrica com estabilidade de emprego até agosto de 2015. Esse foi o acordo aprovado semana passada pelos funcionários da montadora para evitar corte imediato de pessoal. A GM alega necessidade de afastar parte dos funcionários para ajustar a produção à demanda do mercado de carros no

Racismo: Nós não somos iguais?

O ato de injúria racial envolvendo o goleiro Aranha, na partida entre Grêmio e Santos, na última quinta-feira (28), terá um importante capítulo na segunda-feira (1). É quando a polícia do Rio Grande do Sul aguarda Patrícia Moreira para depoimento na 4ª Delegacia de Polícia. Procurada pelo  G1 , a torcedora não foi encontrada. Além dela, outro torcedor é suspeito do crime. A jovem foi flagrada gritando "macaco" em direção ao goleiro, aos 42 minutos do segundo tempo, quando Aranha reclamou com o árbitro Wilton Pereira Sampaio. A atitude gerou grande revolta nas redes sociais. Diretor das delegacias regionais de  Porto Alegre , o delegado Cleber Ferreira diz que ainda aguarda imagens da Arena para que a investigação dê passo adiante. Na quinta-feira, a polícia procurou a jovem na própria residência, localizada na Zona Norte de Porto Alegre. No entanto, familiares alegam que a residência da garota foi apedrejada por vizinhos na sexta-feira para os dois comparecerem na se

O que os jovens pensam sobre a política

Nas eleições de 5 de outubro, mais de 140 milhões de brasileiros estarão aptos a votar. Nesse universo, um terço dos eleitores – pouco mais de 45 milhões de pessoas – é formado por jovens entre 16 e 33 anos. Para entender melhor a cabeça política da juventude brasileira, quais suas demandas e de que maneira ela pode influenciar na corrida eleitoral, ISTOÉ destrinchou uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular com 3.500 jovens do País. O levantamento revela, entre outros dados interessantes, que essa turma, por ser mais informada do que seus pais e levar dinheiro para dentro de casa, contribuindo para o aumento da renda, forma opinião, influencia no voto da família e pode até decidir a eleição. A pesquisa não questiona em quem eles votariam. Mas mais de 50% deles se encontram entre os eleitores indecisos ou que pretendem anular o voto. O discurso, porém, carrega um viés de oposição. Como na maioria da população brasileira, o desejo de mudança está impregnado em 63% deles, que