A General Motors de São José dos Campos confirmou nesta segunda-feira (18) que vai adotar o esquema de lay-off por cinco meses. A montadora, que também pretende abrir um PDV (Plano de Demissão Voluntária), não divulgou quando começa a suspensão dos contratos de trabalho e nem quantos funcionários serão atingidos.
Assim que a GM começou a acenar com a possibilidade da implantação do lay-off, há um mês, deu-se início a uma série de reuniões com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Os sindicalistas foram contrários à medida sem que, em contrapartida, a empresa garantisse a estabilidade de emprego aos trabalhadores atingidos pela suspensão temporária no trabalho.
O comunicado do lay-off veio por meio de uma carta da montadora enviada para o sindicato. Embora o documento garanta o retorno dos colaboradores após o período de suspensão do contrato, o sindicato vai encaminhar uma notificação à GM pedindo explicações sobre a medida, já que não há informações sobre o número de funcionários atingidos e nem a data para o início da medida. A montadora tem 5.000 trabalhadores em São José.
Investimentos
A planta de São José está fora do mapa de investimentos de R$ 6,5 bilhões anunciados semana passada pela CEO da General Motors, Mary Teresa Barra, em visita à presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Ainda não há notícias sobre o destino do montante, que vai ser utilizado para renovação em infraestrutura até o ano de 2018.
Apesar disso, ainda resta um acordo feito pela GM e o sindicato há um ano para um investimento de R$ 2,5 bilhões e a fabricação de um novo modelo em 2017 no complexo de São José, considerado o mais caro da montadora no país. Entretanto, não há definição sobre a vinda desses recursos.
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