A professora de ensino fundamental Silvânia Fonseca Moraes voltava do velório de um parente quando leu as primeiras notícias sobre o rompimento de barragens da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG), na sexta. Moradora do bairro Casa Branca, localizado a cerca de 16 quilômetros de distância do local da tragédia, ela pegou seu jipe no dia seguinte e seguiu para uma região próxima à mina. Brigadista voluntária, já havia auxiliado em combates a incêndios florestais, mas nunca tinha trabalhado em resgates. Foi então que, conta, vivenciou uma das situações mais traumatizantes da sua vida. "Nunca assisti a filmes de terror, porque nunca me interessei. Mas, infelizmente, o que vivi ali foram cenas de terror ao vivo", narra a professora, que, ao chegar à área da tragédia, foi chamada para auxiliar uma das equipes do Corpo de Bombeiros nas buscas por vítimas da tragédia. Durante esse período, vários corpos foram encontrados pelo caminho. Assim como Silvânia,