Terça-feira, dia 8, 22 horas, a longa mesa retangular de madeira posicionada na varanda reunia a seu redor parlamentares que são adversários renhidos no plenário, em um clima de entrosamento azeitado como nunca. Cerca de 30 deputados atenderam ao convite do anfitrião, o senador Eunício Oliveira , do PMDB do Ceará, para discutir seu futuro em um jantar na residência oficial da presidência do Senado, na Península dos Ministros, em Brasília. O encontro serviu para combinar a votação da reforma política na Câmara. Na verdade, significou mais que isso. Foi uma celebração da manutenção do statu quo político, tão ameaçado pelas descobertas e consequências das investigações da Operação Lava Jato. Pairava no ambiente o consenso em torno da aprovação de um fundo de dinheiro público para financiar as eleições de 2018, algo impensável meses atrás, que se tornou possível. A concordância e o congraçamento eram tamanhos que a nota crítica da reunião recaiu sobre um tema lateral, a qualidade do
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