REDE SOCIAL: Orkut é solidão A rede social que um dia foi populosa virou um deserto – e um lugar agradável para descansar
Hoje meu perfil no Orkut acordou mais sozinho do que eu. Costumava ser o contrário – o que, a rigor, não deixa de ser a mesma coisa. O scrap do perfil está vazio. Não sei o que postar lá agora, pois a maior parte de meus velhos amigos e parentes já foi embora. Até aquele amigo que em 2004 me concedeu a honra de um convite para entrar na rede social já desapareceu. Alguns amigos ainda permanecem, por apego à tradição. Não se ainda estão lá de verdade. Talvez seus retratos e fotos sejam simulacros, como em uma cidade fantasma de ficção científica. As comunidades perderam grande parte de seus integrantes, e restam os saudosistas que ainda creem no Orkut como o último baluarte dos sonhadores, gente que prega que a “mídia” promoveu o Facebook de tal forma que inviabilizou o Orkut e identifica Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, como supremo vilão. Para eles, é melhor só no Orkut que mal acompanhado no Facebook. Alguém se lembra como era gostoso fazer parte de um grupo de ódi