RIO - Meio século após o golpe de 1964, que mergulhou o Brasil na ditadura, fantasmas da política econômica do regime militar rondam o país. A manipulação de preços, que adia para o futuro uma inflação represada hoje, e uma estratégia industrial de escolha de campeãs nacionais, com forte incentivo governamental, ressurgem, repetindo em parte a fórmula usada pelos governos militares para segurar o custo de vida e puxar o crescimento econômico. Se hoje o governo da presidente Dilma Rousseff segura preços de combustíveis e energia elétrica, ao mesmo tempo em que manifestações populares levaram a um adiamento, por estados e prefeituras, do reajuste dos transportes públicos, o regime militar manipulou a coleta de informações nos índices oficiais de inflação, para mantê-los artificialmente baixos. Especialistas lembram ainda que a atual política industrial, que exige de fornecedores da Petrobras a produção com conteúdo local e leva o BNDES a escolher “campeãs nacionais”, guarda inspir
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