Cerca de um mês antes de anunciar o primeiro contingenciamento no Orçamento deste ano, o governo federal poderia ter prestado mais atenção na hora de contrair despesas desnecessárias cujo corte em nada iria interferir no funcionamento da máquina administrativa. O gesto político mostraria à população que quem promove o arrocho também está disposto a cortar na própria carne para reequilibrar as combalidas finanças do País. Não foi o que aconteceu. Em maio, o governo decidiu equipar a cozinha do Palácio do Planalto. Adquiriu panelas de pressão profissionais, lixeiras e conchas. Perto do que é necessário para disciplinar as contas públicas e dos bilhões escoados pelos ralos da corrupção, o valor não é um absurdo. Porém, para o brasileiro comum que sofre com as medidas amargas do ajuste fiscal, com a alta do dólar e o aumento da inflação, a quantia despendida por Dilma poderia muito bem ter sido evitada: R$ 68,7 mil – o equivalente a 87 salários mínimos. De maio para cá, o govern
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