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Um Diálogo quase impossível

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No final da década de 70, FHC e Lula eram tão afinados que pareciam tocar de ouvido. Mas a radicalização do comportamento do petista, nos últimos tempos, aprofundou as divergências entre eles tornando-as inconciliáveis

Forjados no mesmo berço político, a esquerda paulista, os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva são uma espécie de irmãos Karamázov da política brasileira. Como os personagens do romance de Dostoiévski, FHC e Lula reuniram predicados e exibiram visões de mundo que os aproximaram no passado. Em 1978, primeiro ano das greves do ABC, Lula chegou a participar da campanha de FHC ao Senado. O então líder sindical foi quem apresentou o acadêmico às portas de fábrica. Juntos, panfletaram pelas ruas de São Paulo. Embora estivessem unidos no começo de suas vidas públicas, os dois, como os irmãos Karamázov, nunca mais convergiram na forma de pensar política. Há pelo menos duas décadas, FHC e Lula trilham caminhos opostos e defendem idéias e projetos completamente distintos para o País. Nos últimos tempos, distanciaram-se de tal maneira que inviabilizou qualquer diálogo entre os dois sobre o futuro do Brasil, como o imaginado e proposto há duas semanas por Lula.
Os reais propósitos do petista, ao planejar o encontro, ilustram bem o abismo existente hoje entre os dois principais líderes do País. Atualmente, enquanto Fernando Henrique apresenta alternativas para livrar o Brasil da crise política e econômica e demonstra preocupação com a manutenção do equilíbrio entre os poderes e com a saúde das instituições, Lula manda às favas as boas práticas republicanas. O petista articula nos bastidores toda a sorte de pressões sobre órgãos do Legislativo e Judiciário, como o TCU e o STF, onde o destino da presidente Dilma Rousseff será jogado no próximo mês. No Instituto Lula, transformado em bunker desde sua saída do poder, o ex-presidente orienta correligionários a trabalhar no Parlamento contra a rejeição das contas de 2014 do governo, caso o TCU as reprove e o assunto ganhe o rumo do Congresso, foro capaz de propor o impeachment de Dilma. A reunião com FHC faz parte deste contexto. Hoje, o pretenso diálogo buscado por ele com a oposição tem como único e real objetivo a tentativa de salvar a pele de Dilma, às voltas com a ameaça de afastamento, e a de si próprio. Diante de um erro tão surpreendente quanto primário do petista, qual seja, o de apresentar uma proposta com evidentes traços oportunistas num momento de fragilidade de uma presidente que ele próprio legou ao País, coube a FHC elevar o patamar do debate. “O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo”, afirmou o tucano.
Curiosamente, as trajetórias de Lula e FHC contrastam na imagem apresentada e deixada por eles durante a chegada ao Planalto e o desembarque do poder. O ex-presidente Lula saiu da Presidência muito maior do que entrou. Depois de vencer as desconfianças iniciais, recuperou a credibilidade do País, consolidou os pilares macroeconômicos e aprofundou o processo de inclusão social, saindo do Planalto com uma popularidade colossal – a maior registrada entre os presidentes no pós-redemocratização. O apoio da população à sua gestão se traduziria nas urnas com a eleição da escolhida por ele para ser a sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff. Com FHC deu-se o inverso. Sociólogo respeitado e eficiente ministro da Fazenda de Itamar Franco, o tucano elegeu-se sem necessidade de segundo turno na esteira do retumbante sucesso do Plano Real, responsável pelo fim da inflação e estabilização da economia. O conturbado processo de aprovação da emenda à reeleição, com fortes indícios de compra de votos, somado às controversas medidas adotadas pela área econômica para manter a paridade entre o real e o dólar até a nova eleição foi proporcional à crise provocada pela consequente brusca desvalorização da moeda. Resultado: em 2002, FHC deixou o País à beira de uma crise. Portanto, menor do que entrou. Na campanha, o designado para sucedê-lo, então ministro da Saúde, José Serra, temendo perder votos, não se constrangeu em escondê-lo do programa eleitoral na TV. O resto da história todos sabem. Na eleição, o sucessor de FHC foi derrotado por Lula.
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Em 1978, o líder sindical participou ativamente da campanha do acadêmico para
o Senado. Os dois panfletaram juntos pelas ruas de São Paulo
Hoje, aos 84 anos, FHC se redime de equívocos passados. Distinguindo-se de Lula no modo de pensar e agir, como também nos projetos desenhados para o País, o presidente de honra tucano comporta-se como estadista que, até pouco tempo, o petista parecia ser. Mesmo sem exercer cargo público há 12 anos, Fernando Henrique tornou-se uma das vozes mais equilibradas e lúcidas da atualidade. Desde 2007, integra a The Elders, colegiado idealizado por Nelson Mandela e composto por figuras de renome internacional como o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, o ex-secretário da ONU, Kofi Annan e o bispo anglicano Desmond Tutu. O grupo destina-se a promover a defesa dos direitos humanos e buscar caminhos para a paz mundial. No Brasil, FHC ministra palestras e, em seu Instituto, comanda debates onde busca alternativas para o País e a América Latina. Em artigo publicado no último mês, conclamou o PSDB a se aprumar à esquerda, ao condenar a aproximação do partido com as forças conservadoras do Congresso. Ao analisar um possível pedido de impeachment contra a presidente Dilma, ponderou. “Em sã consciência, nenhum líder político responsável deve propor como objetivo um impeachment. Por outro lado, também serão inconseqüentes se, diante do aumento do protesto e do aparecimento de uma base jurídica, os líderes não assumirem a responsabilidade de encaminhá-lo”, disse em recente entrevista. A oposição, para FHC, precisar ser propositiva e apontar direções para o Brasil. “A oposição deve apoiar medidas do ajuste fiscal que lhe parecerem necessárias. Ao mesmo tempo construir caminhos para a política econômica e para o jogo do poder”. Do outro lado da trincheira, Lula, vidrado no objetivo de perpetuar no poder ele e sua obra, apequena-se a cada átimo de tempo. Na eleição do ano passado, Lula manchou sua biografia ao endossar uma campanha de baixíssimo nível baseada em mentiras e difamações. Num dado momento da refrega política, chegou ao ponto de subir num palanque para insinuar que o adversário de Dilma tinha o costume de bater em mulher.
Na última semana, Lula ocupou as páginas do noticiário nacional e internacional emoldurando a notícia de que passou a ser investigado pelo Ministério Público por tráfico de influência, depois de deixar a Presidência. “Há sempre um problema no fato de um ex-presidente usar seus contatos, seu poder, para ajudar determinados interesses. Isso em si já traz implicações éticas”, diz Alejandro Salas, diretor de Américas da Transparência Internacional. A interlocutores, recentemente, o petista admitiu temer ser preso em meio às investigações da Lava Jato. Pessoas próximas a Lula já se encontram atrás das grades. De tão surrados, seus discursos já não emocionam como em outros tempos. Pelo contrário. São recebidos com indignação por parcela expressiva da população, tamanha a desfaçatez com que é pronunciado. As recentes pesquisas de intenção de voto mostram a deterioração de sua imagem pública. Antes favoritíssimo para 2018, Lula figura a dez pontos percentuais atrás do senador tucano, Aécio Neves – algo impensável até pouco tempo atrás. Para protegê-lo, o PT prometeu repetir o tom belicista da campanha de 2014 no retorno do recesso do Congresso esta semana. Atribuem as investigações do MP a uma ação orquestrada para atingir Lula. Das tribunas da Câmara e Senado, os petistas planejam atacar governadores de oposição e cobrar que a Lava Jato também aprofunde investigações sobre a relação das empreiteiras com governos do PSDB.
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O comportamento mostra como o diálogo apregoado por Lula é implausível na atual circunstância política do País. Mesmo assim, manifestações dos ministros Jaques Wagner, da Defesa, Edinho Silva, da Comunicação Social, e Pepe Vargas, de Direitos Humanos, transmitiram a impressão de que o Palácio do Planalto avalizava o movimento. “Sou plenamente favorável (ao encontro) e acho que isso deveria acontecer mais no Brasil. Nos Estados Unidos, é a coisa mais normal do mundo ex-presidentes se reunirem, inclusive, a convite do presidente em exercício”, disse Edinho. “Apesar da última campanha dura, não podemos deixar consolidar na alma brasileira, e na política brasileira, uma dicotomia que não se conversa. Países que seguiram esse rumo não tiveram grande destino”, fez coro Wagner. Como, na sequência, FHC colocou uma pá de cal no assunto, Dilma, em reunião no Planalto, classificou as articulações para o encontro com o tucano de “absurda”, numa tentativa de demonstrar que nunca trabalhou por ele ou sequer almejou uma aproximação. A ser verídica esta versão, trata-se de mais uma trombada entre Dilma e Lula, entre tantas colecionadas este ano.
A linha que hoje separa FHC e Lula e os acomodam em campos diametralmente opostos já foi tênue. Quando debutaram na política, os dois pareciam tocar de ouvido, de tão afinados. Além de integrarem a mesma campanha, no fim da década de 70, FHC e Lula dividiram mesas de bar e, entre risadas e perorações sobre o futuro do País, até desfrutaram de um fim de semana numa casa de praia em Picinguaba, Ubatuba, litoral norte de São Paulo, ao lado de suas respectivas mulheres. Antes de fundar o PT, em 1980, Lula discutiu com FHC a criação de um partido socialista. A ideia não frutificou e cada um foi para um lado. Mesmo com o recrudescimento dos discursos, e o antagonismo que marcou as disputas entre o PSDB e o PT nas últimas quatro eleições, houve quem defendesse a união das duas legendas. Em 2005, o filósofo Renato Janine Ribeiro, atual ministro da Educação, evocou a “grande coalizão” na Alemanha Ocidental de 1966, quando a direita se aliou ao SPD (Partido Social-Demorata), para aventar a possibilidade de uma aliança entre PT e PSDB – FHC e Lula. Em 2011, o embaixador Rubens Barbosa propôs a união entre tucanos e petistas durante os cem primeiros dias de governo, para a aprovação de uma agenda mínima na qual os demais partidos agregariam os votos para a formação de maioria qualificada de modo a aprovar reformas essenciais ao País como a política, tributária, trabalhista e da previdência social. Mal sabia o embaixador, na ocasião, que quem desceria ao nível mais rasteiro do debate, três anos depois, tornando inviável qualquer forma de entendimento futuro, seria o ex-presidente petista, no vale-tudo pela reeleição de Dilma. Para o cientista político, Gaudêncio Torquato, é por essas e outras que Lula revela incoerência ao propor um diálogo com os tucanos. “Durante anos e anos, os petistas execraram o governo Fernando Henrique. Agora que o governo do PT se encontra num ringue e a imagem da Dilma se deteriora cada vez mais, o Lula sugere um encontro com FHC?”, questionou.
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A sórdida campanha de 2014 não seria o primeiro episódio em que Lula e o PT colocariam seus projetos pessoais e de poder acima de interesses nacionais e do bom e salutar debate republicano. Em 1984, quando percebeu que a emenda Dante de Oliveira, que decidiria sobre o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República no Brasil após 20 anos de regime militar, não seria aprovada no Congresso, as principais lideranças política se aliaram em torno de Tancredo Neves, a quem coube liderar uma transição. O PT preferiu ficar de fora.
A cena se repetiu na Constituinte de 1988, em 1993, quando os partidos se uniram em torno do vice Itamar Franco, após o impeachment de Collor, e durante a concepção do Plano Real, quando petistas não só opuseram resistência à nova moeda como ingressaram com ações na Justiça para inviabilizá-la. “Não é possível que os brasileiros se deixem enganar por esse golpe que as elites aplicam na forma de um novo plano econômico”, afirmou o ex-ministro Gilberto Carvalho na ocasião. Apostando no quanto pior melhor e preocupado com as eleições seguintes, Lula seguiu na mesma toada. “Esse plano não tem nenhuma novidade. Suas medidas refletem as orientações do FMI. Os trabalhadores terão perdas salariais de no mínimo 30%. Ainda não há clima, hoje, para uma greve geral, mas, quando os trabalhadores perceberem que estão perdendo com o plano, haverá condições”. A história mostrou quem estava ao lado do País e quem defendia interesses mais mesquinhos. Não à toa, as divergências, hoje, entre FHC e Lula são inconciliáveis. Como aquelas nutridas pelos Karamázov.
Colaborou Ludimilla Amaral
Fotos: Frederic Jean, Adriano Machado - Ag. Istoé, Nacho Doce/REUTERS; Wellington Pedro/Imprensa MG 

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