Pular para o conteúdo principal

Por que tem tanta farinha de trigo diferente?

Gabriela Biló/Estadão
Parece tudo a mesma coisa, mas não é bem assim. Há tipos de farinha de trigo específicos para cada preparo. Como a confusão só cresce com tanta oferta nas prateleiras, destrinchamos os pacotes e contamos o que os profissionais preferem


Uma rodada por alguns empórios e supermercados da cidade na última semana rendeu mais de 40 tipos de farinha de trigo, entre marcas nacionais e importadas. O aumento da oferta nas prateleiras da capital já vinha suscitando a nossa curiosidade (e, imaginamos, a de muitos leitores): para que serve tanta farinha? Não seria tudo a mesma coisa? Não é bem assim.
Esse leque surpreendente – cujos quilos variam de R$ 3 a R$ 23 – inclui o que podemos chamar de trigo comum (da espécie Triticum aestivum) e trigo duro (Triticum durum), das mais refinadas até as integrais. Parece pouca a possibilidade de combinação, mas, dentro do universo de cada espécie (e existem ainda outras espécies), inúmeras variedades da planta em várias partes do globo (só no Brasil são mais de 250 cultivares de T. aestivum registradas) geram diferentes farinhas unindo três principais fatores: o DNA do trigo, o terroir (clima e solo onde foi plantado) e o tipo de refino a que foi submetido.
Basicamente, a T. durum gera uma farinha forte própria para macarrão. Mas é com a T. aestivum que as possibilidades são mais diversas – e entre elas, as refinadas, já que as cascas das integrais costumam “atrapalhar” o trabalho do glúten, quando este é necessário na receita.
As possibilidades começam pela força da farinha (que é medida em W e tem origem no DNA do grão; vai em geral de 50 W a 350 W, sendo o número maior o da farinha mais forte). É o quanto a farinha tem de glúten para aguentar ser esticada, tanto pela fermentação (cujas bolhas de ar pressionam as teias de glúten) quanto pelo estiramento. Então, pede-se farinha forte (em torno de 300 W) para pizzas e pães de longa fermentação, média (200 W) para pães mais rápidos, e fraca (150 W) para bolos e massas podres.
Marcas nacionais e importadas de farinha de trigo encontradas em São Paulo Foto: Fotos Gabriela Biló e Hélvio Romero|Estadão
Depois, tem o refino da T. aestivum, que por lei no Brasil gera três tipos de farinha: 1 (mais fina e pura), 2 e integral. Na Itália, são duas categorias a mais: 00 (mais fina e pura), 0, 1, 2 e integral. Por aqui, o consumo ditou as regras: com cada vez mais gente fazendo pão de fermentação natural ou pizza no forno a lenha em casa, as italianas mais abundantes são as do tipo 00 fortes: alvíssimas, puras e que aguentam fermentação e estiramento. Por outro lado, apesar de serem bem alvas e finas, como quer a confeitaria, a maioria das vendidas no Brasil não é boa para doces porque tem muito glúten (e, sim, é possível uma mesma marca fazer farinha 00 forte, 00 média e 00 fraca).
Não acaba aí: além do tipo de refino e da força do glúten, tem o teor de cinzas (“sujidades”), o poder de extensibilidade, o teor de proteína, umidade... Com esse tortuoso caminho, os consumidores precisam contar com a indicação no rótulo sobre para que serve cada farinha, prática que não é adotada por todas as marcas.

Cada receita com a sua farinha de trigo



  • Pizzas
    Não precisam crescer como os pães (só a borda da pizza napolitana), mas precisam ser esticadas. Isso pede glúten, ou seja, farinha forte... Leia mais

    Farinha não faz milagre; tem de ter técnica

    A vida inteira o brasileiro levou farinha de trigo para a cozinha majoritariamente para fazer bolos e massas podres para doces e salgados – por que precisaria de farinha forte para pão de fermentação natural, moda recente? Esse é um motivo que explica porque a nossa demanda não fez a oferta de farinhas ser como na Itália – questão cultural.
    “A Itália tem esses tipos porque tem muitas excelências que usam farinhas puras e fortes: pizza, panetone e macarrão. Na França, você também não vai achar farinha para pizza como na Itália, porque lá não tem a cultura da pizza”, conta o chef Sauro Scarabotta, que usa farinha italiana em seus cursos e receitas no restaurante Friccò.
    As nacionais encontradas nos supermercados têm força de média a fraca – mas isso não vem especificado por lei no rótulo e, se o profissional não pedir um laudo ou perguntar à empresa, vai ter de fazer testes até acertar a receita. Por isso, dizem especialistas, é importante que as marcas apontem para que serve cada farinha, como as italianas: “pães”, “pizzas”.
    No caso do confeiteiro Caio Corrêa, da Boutique CFC, as nacionais poderiam ter até menos glúten para doces. “Já usei farinha fraca francesa, que é ótima para massas podres, mas aqui não dá pelo custo-benefício”, diz ele, que usa marca brasileira. 

    Marcas de farinha de trigo

    O custo de produção afeta a escolha de muitos profissionais. “Se vou fazer pão no fim de semana, um quilo de farinha importada a R$ 10 está bem. Mas, em escala profissional, tem de se pensar no custo”, diz Papoula Ribeiro, da Padoca do Maní. Papoula ainda ressalta o uso consciente para o ambiente no caso de uma marca nacional, que não emite tantas pegadas de carbono quanto uma farinha que precisa atravessar o Atlântico - mesmo argumento sustentável usado por Marcos Carnero, da Miolo Padaria Artesanal.
    O padeiro Rogério Shimura, diretor do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindipan), também justifica a escolha por marcas nacionais que usa na sua escola Levain, mas repassa parte do peso sobre a qualidade da farinha para a experiência do profissional. “A melhor farinha que existe é a que cabe no seu bolso, mas a técnica ainda é mais importante do que a farinha.” Isso ainda somado à temperatura do ambiente, à regulação do forno, se o dia está seco...
    Marcos Carnero dá a dica de como “fortalece” sua massa para pães de fermentação natural. “Faço massa adormecida com 1g de fermento biológico seco para cada quilo de farinha. Depois, uso 20% dessa massa para o total de farinha de cada receita. Ajuda a segurar o pão.”
    Para Sauro, não adianta o consumidor ficar pulando tanto de farinha em farinha. “Brinque de mudar a farinha depois que você domina a receita. Senão, nunca vai saber se o problema é a sua falta de experiência ou a qualidade da farinha.”

     

      Foto: Alex Silva|Estadão

    A indústria do trigo no Brasil

    O padrão mediano das nossas farinhas é uma questão que vem desde pelo menos a ditadura, quando o governo militar tomou o controle da produção de trigo e farinha, inclusive com tabelamento de preços. Uma lei de 1967 transformou o grão em monopólio estatal e, até que ela fosse derrubada em 1990, o domínio federal visava quantidade, não qualidade, fazendo a indústria estagnar no campo tecnológico.
    “Começamos a discutir o trigo em 1990 e, de lá para cá, cresceram os multiplicadores para melhorar a qualidade. Mas nosso mercado não está maduro. Não dá para querer só a farinha na prateleira se não tiver um trabalho desde o produtor e o moinho”, diz Marcelo Vosnika, do moinho S.A. Moageira e Agrícola, presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).
    Segundo Vosnika, a indústria está atenta às mudanças de hábito de consumo, mas a demanda por farinhas fortes, como as italianas, ainda é nicho pequeno. Assim, a indústria não é forçada a separar melhor grãos e refinos. “O Brasil tem condições de fazer farinhas fortes, mas nem todos os armazenamentos são por variedade e qualidade. Em Manitoba, no Canadá, o trigo é muito bom, mas lá só se faz trigo. A cadeia inteira está focada no grão. Aqui tem a soja.”

    Bolo da chef Heloisa Bacellar

    Bolo da chef Heloisa Bacellar Foto: Márcio Fernandes|Estadão

    O que eles usam

    ANA SOARES (Mesa III)
    Anaconda tradicional tipo 1 (nacional) = focaccias
    5 Stagioni Sêmola de Grano Duro (italiana) = mistura de meio a meio com a Anaconda para todas as outras massas

    CAIO CORRÊA (Boutique CFC) 
    Dona Benta tradicional tipo 1 (nacional) = tortas (massa sablée) e quiches (massa brisée); ele usa a também nacional Sol como segunda opção

    FELLIPE ZANUTO (A Pizza da Mooca e Hospedaria) 
    Anaconda tradicional tipo 1 = cornicciones
    Renata semolina de trigo duro (nacional) = 70% desta com 30% da Renata tradicional tipo 1 para massas frescas
    Caputo 00 Pizzeria (italiana) = pizzas e focaccias

    GIL GUIMARÃES (Napoli Centrale) 
    Caputo 00 Pizzeria (italiana) = cannolis e tórtanos; para as pizzas, ele mistura a essa farinha um percentual não revelado da Caputo 0 Manitoba Oro

    MARCOS CARNERO (Miolo Padaria Artesanal)
    Mirella Integral (nacional) = pão 100% integral
    Mirella tipo 1 = ciabatta, focaccia, baguete
    Mistura das duas acima = pão de cebola e pão de leite

    PAPOULA RIBEIRO (Padoca do Maní)
    Anaconda tradicional tipo 1 = pães em geral
    Sohne (nacional, de moinho de pedra) = pães rústicos como o três farinhas e o alemão
    Bagatelle T65 (francesa) = baguete

    SAURO SCARABOTTA (Friccò)
    Anaconda tradicional tipo 1 = pão da “casa”, misturada com a 5 Stagioni 00 Oro
    5 Stagioni 00 Oro (italiana) = pães de fermentação de 24h
    5 Stagioni 00 Classica = focaccia
    5 Stagioni 00 Manitoba = panetone (3 dias de fermentação)
    5 Stagioni 00 Pasta Fresca = massa fresca

    Onde comprar

    Casa Santa Luzia
    Al. Lorena, 1.471, Jardim Paulista
    Tel.: 3897-5000

    Eataly
    Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1.489, Vila Nova Conceição
    Tel.: 3279-3300

    Rua do Alecrim
    R. Normandia, 12, Moema

Comentários

ᘉOTÍᑕIᗩS ᗰᗩIS ᐯISTᗩS

ELAS

  Swanepoel, sempre ela! A modelo Candice Swanepoel sempre é motivo de post por aqui. Primeiro, porque é uma das mulheres mais lindas do mundo. Depois, porque faz os melhores ensaios da Victoria’s Secret. Depois de agradar a todos no desfile da nova coleção, ela mostrou toda sua perícia fotográfica posando de lingerie e biquíni. Tags:  biquini ,  Candice Swanepoel ,  ensaio sensual ,  lingerie ,  victoria's secret Sem comentários » 29/11/2011   às 20h02   |  gatas Lady Gaga é muito gostosa, sim, senhor. A prova: novas fotos nuas em revista americana A estrela pop Lady Gaga é conhecida pela extravagância na hora de se vestir e pelos incontáveis sucessos nas paradas do mundo todo. Agora, a cantora ítalo-americana também será lembrada por suas curvas. A revista Vanity Fair fez um ensaio para lá de ousado em que Mother Monster (como Gaga é carinhosamente chamada pelos fãs) mostra suas curvas em ângulos privilegiados. A primeira foto é

Agricultura familiar conectada

  #Agrishow2022euaqui - A revolução tecnológica demorou a chegar, mas finalmente começou a transformar a vida do pequeno agricultor familiar brasileiro. Com o surgimento das foodtechs, aliado ao aumento da confiança na compra on-line de alimentos e na maior busca por comidas saudáveis por parte do consumidor, o produtor de frutas, legumes e verduras (FLV) orgânicos começa a operar em um novo modelo de negócio: deixa de depender dos intermediários — do mercadinho do bairro aos hipermercados ­— e passa a se conectar diretamente ao consumidor final via e-commerce. Os benefícios são muitos, entre eles uma remuneração mais justa, fruto do acesso direto a um mercado que, segundo a Associação de Promoção da Produção Orgânica e Sustentável (Organis), movimentou R$ 5,8 bilhões em 2021, 30% a mais do que o ano anterior, e que não para de crescer. DIRETO DA LAVOURA A LivUp é uma das foodtechs que está tornando essa aproximação possível. Fundada em 2016, a startup iniciou a trajetória comercializa

Confira quais são os principais lançamentos do Salão de Pequim 2024

  Com as montadoras chinesas crescendo fortemente no Brasil e no mundo, a edição 2024 do Salão do Automóvel de Pequim irá apresentar novidades que vão impactar não apenas o mercado chinês, como também revelar modelos que devem ganhar os principais mercados globais nos próximos anos Este ano nós do  Motor1.com Brasil  também está lá, mostrando os principais lançamentos que serão realizados na China. Além de novidades que ainda podem chegar ao Brasil, o que vemos aqui também chegará à Europa em breve. Isso sem contar as novidades da  BYD  para o nosso mercado. Audi Q6 e-tron O novo SUV elétrico da Audi se tornará Q6L e-tron. A variante com distância entre eixos longa do já revelado Q6 e-tron fará sua estreia no Salão do Automóvel de Pequim. O novo modelo, projetado especificamente para o mercado doméstico de acordo com os gostos dos motoristas chineses, será produzido na fábrica da Audi FAW NEV em Changchun, juntamente com o Q6 e-tron e o A6 e-tron. Reestilização do BMW i4 BMW i4 restyli

Governo Lula propõe ‘imposto do pecado’ e taxação deve atingir cigarro, bebidas e até veículos

  Um pacotão de novos impostos deve pesar no bolso do contribuinte brasileiro. O governo  Lula  apresentou uma proposta de reforma tributária que inclui a criação do chamado ‘imposto do pecado’. O texto conta com aval dos Estados. Se concretizada, essa taxação passará a ser aplicada sobre produtos como cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas todas como açucaradas, veículos enquadradas como poluentes, e também na extração de minério de ferro, petróleo e gás natural. O projeto visa a tributar esses bens e serviços com uma alíquota mais elevada em comparação com outros itens da  economia . A proposta, no entanto, aponta que a definição das alíquotas deve ser estabelecida posteriormente por lei ordinária. Além disso, ainda não está claro se a introdução do imposto do pecado resultará em um aumento da carga tributária em relação ao sistema atual, no qual esses produtos já são taxados com alíquotas mais elevadas. Atualmente, segundo o Sindicato Nacional da Indústria das Cervejas (Sindicerv), c

BYD: 2ª geração da bateria Blade chega em 2024 com alcance de 1.000 km

A BYD, gigante chinesa de tecnologia e líder global em carros elétricos e híbridos plug-in, anuncia a vinda da segunda geração da bateria Blade, com lançamento previsto para agosto de 2024. A nova tecnologia promete ser um grande passo com avanços em autonomia, desempenho e custo.  A revelação foi feita recentemente pelo próprio CEO da BYD, Wang Chuanfu, que falou sobre a novidade pela primeira vez em uma reunião de comunicação de resultados financeiros sobre a BYD estar atualmente desenvolvendo um sistema de bateria Blade de segunda geração. A BYD, gigante chinesa de tecnologia e líder global em carros elétricos e híbridos plug-in, anuncia a vinda da segunda geração da bateria Blade, com lançamento previsto para agosto de 2024. A nova tecnologia promete ser um grande passo com avanços em autonomia, desempenho e custo.   A revelação foi feita recentemente pelo próprio CEO da BYD, Wang Chuanfu, que falou sobre a novidade pela primeira vez em uma reunião de comunicação de resultados fina

Brasileiros estão sentindo no bolso e 79% dizem que preço dos alimentos aumentou

  A mais recente pesquisa realizada pelo Ipec (antigo Ibope) aponta que a maioria dos brasileiros, 79% deles, acredita que o preço dos alimentos aumentou nos últimos meses no país. Enquanto isso, uma parcela menor, representando 9% dos entrevistados, acredita que houve uma queda nos preços dos alimentos. Apenas 11% acreditam que os preços permaneceram estáveis. Aqueles que não souberam ou não responderam correspondem a 1% dos participantes. Além de avaliar a percepção atual, os pesquisadores também investigaram as expectativas para o futuro. Para 64% dos entrevistados, a tendência é de que os preços continuem a subir nos próximos meses. Enquanto isso, 15% acreditam que os valores vão diminuir, e 18% esperam que fiquem iguais aos de hoje. Aqueles que não souberam ou não responderam representam 3%. O levantamento ouviu 2000 pessoas entre os dias 4 e 8 de abril em 129 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%. Informação: Conexão Pol

Anvisa decreta retirada imediata de marca popular de sal de mercados

  Comunicado da Anvisa: Retirada de Produtos do Mercado A  Anvisa  (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou a retirada imediata de marca conhecida de  sal  dos supermercados. A ação foi tomada após a detecção de uma  substância perigosa  utilizada durante a fabricação desses produtos. Sal Rosa do Himalaia Iodado Moído da Kinino : A Anvisa emitiu a Resolução-RE Nº 1.427, datada de 12 de abril de 2024, ordenando a suspensão da venda, distribuição e uso do lote 1037 L A6 232, produzido pela H.L. do Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios LTDA. A medida veio após resultados insatisfatórios em testes de iodo, essencial para a prevenção de doenças da tireoide como o bócio. Macarrão da Marca Keishi : Em 2022, a marca Keishi, operada pela BBBR Indústria e Comércio de Macarrão, foi proibida de vender seus produtos devido à contaminação por propilenoglicol misturado com etilenoglicol. A substância tóxica, também encontrada em petiscos para cães que causaram a morte de 40

Buscando ter ‘maior bumbum do mundo’, mulher revela não conseguir achar poltrona em que caiba; VEJA FOTOS

Natasha Crown, uma modelo sueca famosa por buscar ter o “maior bumbum do mundo”, compartilhou um vídeo recentemente que revela a dificuldade que ela enfrenta para encontrar uma poltrona em que possa se acomodar. Natasha já gastou mais de R$ 700 mil em procedimentos estéticos para aumentar suas nádegas. Sua última medição registrou um bumbum de 2,2 metros. Um dos 2,3 milhões de seguidores dela no Instagram perguntou: “Como você faz para viajar? Como é a experiência nos assentos?”. Outro seguidor criticou: “Nunca vou entender por que você fez isso. Isso é tão ruim.” No entanto, Natasha não pretende parar. Ela continua com os procedimentos de Brazilian lift, nos quais a gordura é retirada de outras partes do corpo e injetada nas nádegas. A modelo também adotou uma dieta que inclui dezenas de pizzas e 12 quilos de Nutella em dois meses, com o objetivo de ganhar peso. A meta de Natasha tem um nome: Mikel Ruffinelli. Essa americana, mais conhecida como Diva, detém o recorde mundial com uma c