
Acabou ontem o acordo de lay-off, que é a suspensão temporária do contrato de trabalho, entre a GM (General Motors) de São Caetano e um grupo de aproximadamente 750 trabalhadores. Os operários foram informados ontem por meio de telegrama. No entanto, podem ser demitidos cerca de 350 profissionais, já que 400 possuem estabilidade.

O sindicalista, porém, não soube precisar quantos estão em cada grupo, disse apenas que em torno de 400 sequelados seguirão afastados. “Nós ainda não nos reunimos com os dirigentes da empresa para discutir a situação. Só fomos informados de que, infelizmente, eles decidiram não renovar o lay-off.”
A última prorrogação da suspensão do contrato de trabalho foi no dia 8 de fevereiro. Nunes informou que haverá assembleia para tratar do assunto em frente ao portão 4 da fábrica na terça-feira às 6h.
A última prorrogação da suspensão do contrato de trabalho foi no dia 8 de fevereiro. Nunes informou que haverá assembleia para tratar do assunto em frente ao portão 4 da fábrica na terça-feira às 6h.
Em relação aos empregados que voltarão à ativa, o sindicalista informou que algumas pessoas poderão ser desligadas para dar lugar a esses operários que voltaram do lay-off. Até o momento, entretanto, Nunes disse que ninguém recebeu esse tipo de comunicado.
No telegrama enviado aos trabalhadores que foram desligados, ao qual o Diário teve acesso, a companhia informa que apesar de várias medidas adotadas pela empresa para superar a crise, o mercado não reagiu. Segundo José Sipriano, 47 anos, agora ex-trabalhador do cockpit da linha de montagem, tanto o sindicato quanto a empresa não avisaram os funcionários sobre a não renovação do vínculo. “Não falaram nada, nós fomos pegos de surpresa, isso é um absurdo”. Sipriano, que recebeu o comunicado de dispensa, garante que vai recorrer da decisão porque faz parte do grupo de trabalhadores que possuem estabilidade. “Se nada for resolvido logo, vou entrar com ação judicial contra a GM.”
Outra queixa apresentada pelos profissionais suspensos é a de que a montadora não realizou o rodízio prometido entre eles, e muitos que estão em casa desde novembro de 2014, como Sipriano. “A empresa nos prometeu pagamento integral, mas a gente só recebia cerca de 60% ou 65% do valor. Também não houve rodízio”, complementa Sipriano. Isso ocorreu porque a contrapartida do Ministério do Trabalho, de complementar o salário, vale apenas para o afastamento de grupos diferentes. No caso, como os mesmos ficaram de fora, apenas nos primeiros seis meses tiveram os recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
VENDAS - De acordo com o último levantamento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a GM segue na liderança, com 17,8% do mercado, seguida pela Fiat, com 13,6% de participação. Para se ter ideia, o Ônix teve 40.624 unidades comercializadas no primeiro trimestre deste ano.
Atualmente, são confeccionados em São Caetano os modelos Cobalt, Spin, Montana e Ônix Joy. Ao mesmo tempo, a montagem do Cruze, que era feita na região, foi transferida para Rosário, na Argentina, onde a montadora também possui unidade. Procurada pela equipe do Diário, a empresa não quis se manifestar sobre esse caso.
fonte: Diário do Grande ABC
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