Da sacada do apartamento, Jaqueline e Natália observam o movimento na Elis Way. A rua que é o endereço do Brasil na Vila Olímpica está tranquila. Ali na frente, sentados em dois bancos da praça, elas avistam Diego e Daniele Hypolito recebendo a visita dos pais e do irmão. Nos prédios vizinhos, cubanos, portugueses, romenos e canadenses parecem não estar em casa. Hora de treino é assim mesmo. Alguns estavam fazendo musculação, em um espaço com sete salas, que no fim dos Jogos ficará como legado de uma escola. Outros despertavam do sono da tarde e caminhavam calmamente até o refeitório para o lanche. Enquanto Thomaz Bellucci deixava o local, Gamova e suas companheiras da seleção russa de vôlei chegavam.
Bernardinho e seus pupilos não quiseram andar tanto assim. Preferiram descer as escadas do prédio, atravessar a rua e pegar frutas e sanduíches na barraquinha em frente. Atraíram olhares e nem perceberam que, logo atrás, a delegação do Egito se arrumava para participar de uma cerimônia. Giba aproveitava a salada de frutas. Aliás, tem aproveitado tudo. Em sua despedidas das Olimpíadas, Giba quer se lembrar de tudo. Quer também, se possível, dar uma passadinha na estação King's Cross para tirar foto na mesma plataforma mágica dos livros de Harry Potter, ponto de partida do Expresso de Hogwarts. Sim, ele é fã do bruxinho. A esposa, Cristina Pirv, está a caminho de Londres. Mas ele ainda não sabe se acompanhada dos filhos. Se acontecer isso, será surpresa.
- Essa barraquinha aqui embaixo é o ponto de encontro, bom para relaxar. A Vila está maravilhosa, bonita mesmo, digna de inglês. Eu admiro muito a história deles. Estar aqui é especial para mim. Por ser a última talvez bata uma nostalgia no fim, no último ponto. Mas, por enquanto, estou focado. Quero fechar com chave de ouro e só penso nisso - disse Giba.
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