A morte de oito criminosos que integravam um tribunal do PCC (Primeiro Comando da Capital) durante confronto com a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) em Várzea Paulista, na última terça-feira acendeu o sinal de alerta aos policiais civis e militares do Vale do Paraíba.
Há temores dos policiais de que ocorram retaliações da facção na região.
Oficialmente, o comando das polícias e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo descartaram esta possibilidade, porém, quem vive em patrulhamento nas ruas, afirma que a tensão no trabalho aumentou.
"Sempre que acontece alguma prisão ou mesmo eliminação de algum membro dessa facção criminosa, nos preparamos para algum tipo de reação. Nosso setor de inteligência está sempre monitorando as movimentações desse grupo e, qualquer ameaça contra policiais, nós nos mobilizamos para anular antes", disse um policial militar de São José, que pediu para não se identificar.
Para um PM de Taubaté, toda ação do PCC, gera um ‘alerta natural’ no comando.
“Não temos nenhuma informação oficialmente, mas para quem fica na rua em patrulha todo dia, a tensão dobra. Estamos preparados para combater o crime, mas é preciso redobrar a atenção.”
Estatuto. Não é à toa que a atenção dos PMs redobrou. Em agosto do ano passado, um novo estatuto, espécie de ‘bíblia’ da facção, foi divulgado.
O PCC foi fundado em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté. O item 18 da versão atualizada diz: os ‘irmãos’ estão liberados para matar.
“Quando algum ato de covardia, extermínio de vida ou extorsões que forem comprovadas estiverem ocorrendo na rua ou nas cadeias por parte dos nossos inimigos (agentes penitenciários ou policiais) daremos uma resposta à altura do crime. Se alguma vida for tirada com estes mecanismos, os integrantes que cadastrados na quebrada do ocorrido deverão se unir e dar o mesmo tratamento. Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue”, diz um trecho.
Mortes. Ao longo de 2011, foram mortos 48 PMs. Este ano, 68 ocorrências já foram registradas. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Roberval Ferreira França, a polícia está pronta para atacar. "A PM aprendeu a lição com os fatos ocorridos no passado e agora está preparada para responder a qualquer situação que venha confrontar a ordem pública. Nosso serviço de inteligência está atento e a qualquer sinal de problemas acionamos nosso plano”, disse durante entrevista à TV Record.
O maior atentado contra as forças de segurança de São Paulo, aconteceu em 2006.
Há temores dos policiais de que ocorram retaliações da facção na região.
Oficialmente, o comando das polícias e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo descartaram esta possibilidade, porém, quem vive em patrulhamento nas ruas, afirma que a tensão no trabalho aumentou.
"Sempre que acontece alguma prisão ou mesmo eliminação de algum membro dessa facção criminosa, nos preparamos para algum tipo de reação. Nosso setor de inteligência está sempre monitorando as movimentações desse grupo e, qualquer ameaça contra policiais, nós nos mobilizamos para anular antes", disse um policial militar de São José, que pediu para não se identificar.
Para um PM de Taubaté, toda ação do PCC, gera um ‘alerta natural’ no comando.
“Não temos nenhuma informação oficialmente, mas para quem fica na rua em patrulha todo dia, a tensão dobra. Estamos preparados para combater o crime, mas é preciso redobrar a atenção.”
Estatuto. Não é à toa que a atenção dos PMs redobrou. Em agosto do ano passado, um novo estatuto, espécie de ‘bíblia’ da facção, foi divulgado.
O PCC foi fundado em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté. O item 18 da versão atualizada diz: os ‘irmãos’ estão liberados para matar.
“Quando algum ato de covardia, extermínio de vida ou extorsões que forem comprovadas estiverem ocorrendo na rua ou nas cadeias por parte dos nossos inimigos (agentes penitenciários ou policiais) daremos uma resposta à altura do crime. Se alguma vida for tirada com estes mecanismos, os integrantes que cadastrados na quebrada do ocorrido deverão se unir e dar o mesmo tratamento. Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue”, diz um trecho.
Mortes. Ao longo de 2011, foram mortos 48 PMs. Este ano, 68 ocorrências já foram registradas. Segundo o comandante-geral da PM, coronel Roberval Ferreira França, a polícia está pronta para atacar. "A PM aprendeu a lição com os fatos ocorridos no passado e agora está preparada para responder a qualquer situação que venha confrontar a ordem pública. Nosso serviço de inteligência está atento e a qualquer sinal de problemas acionamos nosso plano”, disse durante entrevista à TV Record.
O maior atentado contra as forças de segurança de São Paulo, aconteceu em 2006.
Para especialista, Estado deve reconhecer o crime organizado
Taubaté
Para Leandro Piquet Carneiro, especialista em estudo do crime organizado do Instituto de Relações Internacionais da USP (Universidade de São Paulo), um ataque com as mesmas características de 2006, é difícil acontecer no Estado, porém, é preciso que a polícia do Brasil assuma que existe uma facção como o PCC e que tenta promover a desordem pública.
“Na verdade, a gente não sabe muito bem o tipo de organização contra a qual a polícia do país realmente luta. O governo ainda não fala em providências com determinadas facções, principalmente como o PCC, que age dentro e fora das penitenciárias”, disse o especialista.
Apesar do Estado não confirmar, para o especialista, a Rota matou membros do PCC na terça-feira-- um grupo de criminosos julgava um homem acusado por eles de estupro. Oito bandidos morreram durante o tiroteio. “O PCC organiza tribunais e faz justiçamento de infratores como o que estava acontecendo quando a PM chegou”, disse.
ENTENDA O CASO:
Confronto
No terça-feira, 40 homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) entraram em confronto, em Várzea Paulista, na Grande São Paulo, onde um grupo de criminosos julgava um homem acusado de estuprar uma menina de 12 anos. Segundo a PM, ao menos oito bandidos morreram durante o tiroteio. Foram aprendidas duas espingardas, sete pistolas, uma metralhadora, explosivos e 20 quilos de maconha
Alerta
Após o confronto, há temores de policiais Militares e Civis do Vale do Paraíba, de supostas retaliações da facção nas cidades da região. A organização foi fundada em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté
Retaliação
No Estatuto do PCC diz que “Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue”
No terça-feira, 40 homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) entraram em confronto, em Várzea Paulista, na Grande São Paulo, onde um grupo de criminosos julgava um homem acusado de estuprar uma menina de 12 anos. Segundo a PM, ao menos oito bandidos morreram durante o tiroteio. Foram aprendidas duas espingardas, sete pistolas, uma metralhadora, explosivos e 20 quilos de maconha
Alerta
Após o confronto, há temores de policiais Militares e Civis do Vale do Paraíba, de supostas retaliações da facção nas cidades da região. A organização foi fundada em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté
Retaliação
No Estatuto do PCC diz que “Vida se paga com vida e sangue se paga com sangue”
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