Ea crise chegou ao grupo terrorista autointitulado Estado Islâmico (EI). De acordo com informações divulgadas pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, a liderança do EI decidiu cortar pela metade o salário de todos os combatentes que atuam na Síria.Em um trecho do documento divulgado, os terroristas escrevem que “devido às condições excepcionais pelas quais estamos passando, decidimos reduzir pela metade a quantia que se paga a todos os mujahedins [guerreiros santos, em tradução literal]”. Ainda não se sabe o impacto que a decisão terá nas tropas e nos líderes do EI, já que o documento explicita que não haverá exceções, mesmo entre os que ocupam postos de liderança, já que a redução afetará todos os combatentes, “independentemente da posição que ocupem”.
Não se sabe ao certo o salário pago pela liderança aos combatentes, mas o Centro de Análise de Terrorismo na França estima que a fortuna do EI chegue a R$ 7,7 bilhões, com renda proveniente da coleta de impostos nos territórios iraquianos e sírios que estão ocupados, de exportações petrolíferas e da venda de artigos históricos e culturais no mercado negro.
Há apenas alguns dias, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou que alguns combatentes sírios andavam bastante descontentes com o EI porque seus salários já haviam sido reduzidos, enquanto os ganhos de mujahedins de outras nacionalidades árabes e europeias haviam aumentado.
Os tempos não parecem ser favoráveis ao Estado Islâmico. Nos últimos meses, o grupo terrorista perdeu alguns dos territórios conquistados na Síria, em combate com tropas curdas aliadas aos Estados Unidos.
*Com supervisão de Cláudia Fusco
Comentários