A General Motors disse nesta terça-feira (17) que vai investir US$ 1 bilhão nos Estados Unidos. Esta foi a 3ª montadora a anunciar investimentos no país desde o início do ano. Antes, Ford e FCA já haviam declarado novos montantes para a indústria americana.
De acordo com a GM, o dinheiro será utilizado nas fábricas da empresa nos Estados Unidos e parte da produção será transferida do México.
O anúncio ocorre depois das críticas que o presidente eleito Donald Trump fez à montadora, ameaçando cobrar imposto de importação de veículos vindos do México, no caso, o Chevrolet Cruze Hatch.
A GM explicou que apenas poucas unidades do modelo eram trazidas de lá, comparando com o montante dos Cruze vendidos nos EUA. A versão sedã, que responde por mais da metade dos emplacamentos do modelo é fabricada localmente.
O novo investimento é um adicional aos US$ 2,9 bilhões que a empresa divulgou no ano passado. A medida permitirá a empresa manter ou criar 1.500 empregos nos EUA. com a abertura de 450 novos posto em Michigan.
Entre os projetos, está a produção de uma nova geração de picapes.
Trump postou ameaça à GM por importar o Cruze do México (Foto: Reprodução/Twitter)
Trump comemora
Outra empresa a anunciar novidades para os EUA nesta terça foi a Hyundai, que vai aumentar o investimento no país em 50%, gastando US$ 3,1 bilhão em 5 anos.
Outra empresa a anunciar novidades para os EUA nesta terça foi a Hyundai, que vai aumentar o investimento no país em 50%, gastando US$ 3,1 bilhão em 5 anos.
Apesar de não mencionar a GM, Trump fez um novo post no Twitter nesta terça, comemorando a geração de postos de trabalho.
"Com todos os empregos que estou trazendo de volta aos Estados Unidos (mesmo antes de assumir o cargo), com todas as novas fábricas de carros vindo de volta ao nosso país e com redução massiva dos custos que negociei em compras militares e mais, eu acredito que as pessoas estão vendo 'coisas grandes'", disse Trump.
Por ora, só ameaças
Além da GM, Ford, Toyota e BMW já foram alvos de críticas do futuro presidente, que toma posse nesta sexta (20).
Além da GM, Ford, Toyota e BMW já foram alvos de críticas do futuro presidente, que toma posse nesta sexta (20).
A Ford chegou a anunciar a desistência dos planos de abrir uma nova fábrica no México, para investir mais nos EUA.
Apesar das ameaças, Trump ainda não anunciou nenhuma medida relacionada a acordos comerciais. Ao G1, executivos de montadoras que participaram do Salão de Detroit já falaram em "adaptação".
A despeito das críticas feitas à GM no Twitter, ele escolheu a presidente-executiva da montadora, Marry Barra, para fazer parte de um grupo de executivos que discutirão medidas para a criação de empregos no país. O fundador da Tesla, Elon Musk, notório apoiador de Hillary Clinton na campanha eleitoral, também está na lista.
Presidente eleito Donald Trump se reúne com consultores do futuro governo, entre eles Elon Musk (na ponta, à dir), da Tesla (Foto: Shannon Stapleton/Reuters)
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