São Paulo – A Scania retomou a operação de sua fábrica em São Bernardo do Campo, SP, para dois turnos na quarta-feira, 24, após o retorno das férias coletivas em janeiro, período em que as linhas passaram por manutenção. A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Durante os últimos dez meses a fábrica operou em turno único: a queda na demanda por caminhões enxugou a estrutura e resultou também na decisão de não renovar contratos temporários que venceriam em abril passado.
Em nota a Scania informou que faz parte de um sistema de produção global que permite um rebalanceamento constante de seus volumes de produção. “Com isso, a partir de fevereiro, a empresa passa a trabalhar em dois turnos e para isso novas contratações foram feitas.”
De outubro a janeiro alguns postos de trabalho vieram sendo retomados e, hoje, são contabilizados 380 novos operários temporários na linha de produção. Agora o efetivo de São Bernardo do Campo totaliza 4,8 mil profissionais, sendo em torno de 3,5 mil no chão de fábrica.
“A perspectiva é que ainda no primeiro semestre deste ano mais contratações sejam feitas”, afirmou o coordenador do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC na Scania, Francisco Souza dos Santos, o Maicon. “E que a fábrica volte a produzir em três turnos em alguns setores.”
De acordo com Maicon a empresa trabalha com a possibilidade de alcançar um recorde de produção este ano, com a produção de mais de 28 mil unidades. O sindicalista disse que no segundo semestre do ano passado já houve um aquecimento na venda de caminhões. E, segundo ele, o cenário se deveu ao movimento de redução dos juros pois a maioria dos clientes necessita do crédito.
“A taxa de juros, alta como estava, tornava a compra inviável. A sua baixa começou a alavancar o mercado de caminhões.”
A Selic, que começou 2023 aos 13,75% ao ano chegou a dezembro em 11,75% ao ano. A próxima reunião do Copom será nos dias 30 e 31 de janeiro.
Otimismo
Em novembro do ano passado, durante o Congresso AutoData Perspectivas 2024, o presidente e CEO da Scania Latin America, Christopher Podgorski, surpreendeu com seu otimismo para este ano, para o qual projetava incremento de 25% apesar de 2023 ter sido um dos piores da história para o setor e, àquela altura, já estar amargando queda de 20%.
Sem pormenorizar Podgorski avaliou: “Do ponto de vista operacional foi um ano conturbado, que começou complexo mas que terminará bem, com um cenário em que o Euro 6 não é mais um bicho de sete cabeças”.
Informação: Autodata/Imagem/internet
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