Global NCAP criticou duramente o hatch pela falta de equipamentos de segurança
O Citroën C3 testado foi produzido na Índia e na versão elétrica, conhecida por lá como eC3. Há diferenças básicas em relação ao modelo brasileiro, por não contar com controle de estabilidade, ancoragem ISOFIX para cadeirinhas infantis, aviso de cinto de segurança e pré-tensionador de cinto de segurança. Porém, assim como o hatch feito em Porto Real (RJ), tem somente dois airbags em todas as configurações.
Segundo o Global NCAP, o C3 recebeu 20,86 pontos do máximo de 34 para proteção para adultos na colisão frontal, o que não é um resultado ruim. A ONG diz que a estrutura é estável, mas as peças atrás do paineis são perigosas, o que levou a uma avalição ruim para a região do tórax dos dois passageiros dianteiros. Foi um pouco melhor o crash-test lateral contra uma barreira, porém a diferença entre os resultados diminuiu bastante a média. O que fez o hatch zerar foi não fazer o teste de colisão contra poste, por não ter airbags laterais e não contar com controle de estabilidade, dois requisitos para poder fazer esta prova.
Mesmo sem ISOFIX, a proteção para crianças recebeu uma estrela das cinco possíveis, marcando 10,55 pontos do máximo de 49 pontos. A entidade destaca que a cadeirinha infantil instalada no banco dianteiro não conseguiu impedir que ela se movesse e a cabeça do boneco fizesse contato com o veículo. Já o assento usado no banco traseiro ofereceu uma proteção melhor no impacto dianteiro.
Conhecido por ser bem crítico à Stellantis, Alejandro Furas, secretário-geral do Global NCAP, mostrou seu descontentamento com a fabricante: “É um resultado terrível da Stellantis. A PSA [antiga dona da Peugeot e Citroën] já foi líder em segurança, mas agora que é parte do grupo Stellantis, parece ter dado um enorme passo para trás. Esperamos que esta tendência negativa aparente seja corrigida mundialmente com urgência.”
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