Em protesto pela falta de vagas, uma mãe vestida de palhaço está acorrentada no portão de uma escola da rede municipal em São José dos Campos (SP) na tarde desta quinta-feira (9). A dona de casa Meire Ferreira diz que tenta, sem sucesso, há quatro anos fazer a matrícula de duas filhas em uma escola do bairro Bosque dos Eucaliptos.
A mulher diz que as crianças, de 11 e 6 anos, permanecem na fila de espera por vagas na escola Elza Regina Ferreira Bevilacqua desde que elas mudaram de São Paulo para a cidade, que fica no interior de São Paulo. Apenas a filha de 9 anos conseguiu fazer a matrícula.
Segundo ela, a unidade é a mais próxima da casa da família - a cinco quadras do imóvel. O trajeto ela conta que faz, a pé, em dez minutos.
Dificuldade
Enquanto a mãe não consegue a vaga, as meninas estão matriculadas em escolas estaduais no mesmo bairro, porém, segundo a mãe, mais distantes.
Enquanto a mãe não consegue a vaga, as meninas estão matriculadas em escolas estaduais no mesmo bairro, porém, segundo a mãe, mais distantes.
"São três crianças e três escolas diferentes. Eu não tenho como pagar van escolar para elas e não tenho carro. Então, levo as três meninas de bicicleta. Levo uma, busco a outra, encontro outra no meio do caminho e para pegar também, é a mesma situação. É uma luta que não está sendo fácil. Eu só quero que elas estudem juntas na mesma escola mais perto de casa", afirmou.
A filha mais nova de Meire estuda na escola estadual Ayr Picanço Barbosa de Almeida e, a outra, na Escola Estadual Nelson Ferreira da Silva. Ela conta que de bicicleta, demora cerca de 15 minutos para levar cada uma para a aula.
Para tentar solucionar o problema, ela foi para a frente da escola ao 12h desta quinta, com cartaz, vestida de palhaça e também decidida a fazer greve de fome. Ela diz que só pretende sair da frente do prédio quando conseguir as matrículas.
"Eu só estou com água e só vou sair da porta da escola depois que elas forem matriculadas. Acordei decidida a resolver esse problema porque não é certo que elas fiquem em escolas mais distantes de casa. Gente que nem é do bairro estuda aqui e, além disso, outras mães também enfrentam dificuldades em conseguir vagas", reclamou.
Outro lado
A Prefeitura de São José dos Campos informou à reportagem da TV Vanguarda, na tarde desta quinta-feira, que o critério principal para liberação das vagas é a abrangência, ou seja, quem mora mais próximo à unidade tem preferência para as matrículas.
A Prefeitura de São José dos Campos informou à reportagem da TV Vanguarda, na tarde desta quinta-feira, que o critério principal para liberação das vagas é a abrangência, ou seja, quem mora mais próximo à unidade tem preferência para as matrículas.
A administração municipal informou, ao contrário do que a mãe declarou, que as escolas estaduais são mais próximas da casa da família.
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