A segunda reunião para apresentação de propostas entre mulheres de policiais militares e governo acontece nesta quinta-feira (9), no Palácio da Fonte Grande, em Vitória. A conversa, que durou mais de 10 horas, ocorreu a portas fechadas e terminou sem acordo. O encerramento foi confirmado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Um representante do governo ainda vai se pronunciar.
O secretário de Estado de Direitos Humanos Julio Pompeu, depois de analisar a proposta das mulheres, justificou a falta de acordo dizendo que o estado já está dentro do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, sendo acionado pelo Tribunal de Contas com frequência. "Isso nos impede legalmente de darmos qualquer aumento a qualquer categoria neste momento. Nos dispomos a, quadrimestralmente - quando são avaliadas as contas do estado -, em havendo aumento da arrecadação tributária, nós darmos aumento linear a todos os servidores do estado", disse.
Ainda não há informações sobre um novo encontro entre as partes, mas o governo deixou em aberto para que as mulheres aceitem a proposta do estado, dita pelo secretário no final da reunião, e desocupem as entradas dos batalhões até as 6h da manhã desta sexta-feira (10).
No entanto, várias mulheres saíram dizendo que seguiriam nos batalhões depois das 6h. A manifestante Fernanda Silva disse que não vai ter acordo mesmo. "Eles não deram garantia de nenhum reajuste. Já foram cento e poucas mortes e a greve continua", disse a esposa de PM, após a entrevista coletiva com o secretário Júlio Pompeu.
Antes do fim
Um grupo de mulheres revoltado saiu antes do fim da reunião já dizendo que não havia mais acordo. No entando, a assessoria do governo disse que a conversa continuava e que outro grupo de mulheres seguia no palácio. Mas a a reunião terminou depois de 1h de sexta-feira, sem o acordo.
Um grupo de mulheres revoltado saiu antes do fim da reunião já dizendo que não havia mais acordo. No entando, a assessoria do governo disse que a conversa continuava e que outro grupo de mulheres seguia no palácio. Mas a a reunião terminou depois de 1h de sexta-feira, sem o acordo.
O Espírito Santo está sem a Polícia Militar nas ruas porque protestos de familiares dos policiais bloqueiam as saídas dos batalhões. As famílias pedem reajuste salarial para a categoria, que é proibida de fazer greve, e o governo nega. Desde sábado (4), o estado vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos.
Nesta quarta-feira (8), representantes da manifestação e governo já tinham se encontrado. Na ocasião, as mulheres pediram anistia para as manifestantes e os policiais militares, e reajuste salarial de 43%, que segundo elas representa as perdas salariais da categoria.
Os representantes do governo que receberam as mulheres formam o Comitê Permanente de Negociação, criado para manter diálogo com os representantes do movimento. A reunião acontece no palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória.
As famílias protestam impedindo a saída dos militares dos batalhões. Elas pedem reajuste salarial para a categoria, que é proibida de fazer greve. Sem todo o efetivo da PM nas ruas, o estado vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos. Já foram registradas 106 mortes violentas, segundo o sindicato da Polícia Civil.
Entenda a crise na segurança no ES
– Os PMs reivindicam aumento nos salários, pagamento de benefícios e adicionais e criticam as más condições de trabalho.
– Como os PMs não podem fazer greve, as famílias foram para a frente dos batalhões para impedir a saída das viaturas policiais.
– O bloqueio começou no sábado (4) e atinge a Grande Vitória e cidades como Linhares, Aracruz, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Piúma.
– Desde então, o Espírito Santo registrou 91 mortes violentas, segundo o sindicato da Polícia Civil.
– Escolas, postos de saúde e parte do comércio estão fechados desde segunda-feira (6), quando ônibus também pararam de circular. Os coletivos voltaram a rodar na manhã desta terça (7), mas foram recolhidos novamente às 19h. Nesta quarta-feira (8), não houve circulação.
– 550 militares das Forças Armadas foram autorizados pelo Ministro da Defesa Raul Jungmann para irem reforçar a segurança no Espírito Santo. Com a chegada deles, ao todo serão quase 2 mil militares atuando no estado na Operação Capixaba.
– Os PMs reivindicam aumento nos salários, pagamento de benefícios e adicionais e criticam as más condições de trabalho.
– Como os PMs não podem fazer greve, as famílias foram para a frente dos batalhões para impedir a saída das viaturas policiais.
– O bloqueio começou no sábado (4) e atinge a Grande Vitória e cidades como Linhares, Aracruz, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Piúma.
– Desde então, o Espírito Santo registrou 91 mortes violentas, segundo o sindicato da Polícia Civil.
– Escolas, postos de saúde e parte do comércio estão fechados desde segunda-feira (6), quando ônibus também pararam de circular. Os coletivos voltaram a rodar na manhã desta terça (7), mas foram recolhidos novamente às 19h. Nesta quarta-feira (8), não houve circulação.
– 550 militares das Forças Armadas foram autorizados pelo Ministro da Defesa Raul Jungmann para irem reforçar a segurança no Espírito Santo. Com a chegada deles, ao todo serão quase 2 mil militares atuando no estado na Operação Capixaba.
Comentários